Blog do Bruno Voloch

Arquivo : dezembro 2012

Escolha ‘Mandrake’, regra quebrada e o desabafo de Dante. E aí, Fronckowiak ?
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Bruno Voloch

O Rio venceu mais uma e segue invicto.

Jogou mal é verdade, errou demais, mas alacançou o objetivo que era conseguir mais 3 pontos.

A fragilidade do adversário, Vôlei Futuro, contribiuiu para que os cariocas ganhassem a sexta seguida mesmo atuando abaixo da média.

Independente do que acontecer entre Sada/Cruzeiro e Sesi, o Rio continuará líder da superliga.

Honestamente, gostaria de saber o que fez Riad em quadra para ser o escolhido o melhor do jogo. Não estou afirmando que Riad fez uma partida ruim, mas longe de ter sido superior aos comanheiros Théo e Lucão, esse sim, o destaque para variar.

Lucão é a bola de segurança do Rio de Janeiro.

Mas como essa eleição ‘mandrake’ nunca é baseada no aspecto técnico e sim na base da política, vida que segue.

O Rio abusou dos erros de saque e atuou sem a concentração necessária.

Nada contra o ginásio da Hebraica, mas é insuportável acompanhar o jogo com animadores de torcida e músicas inapropriadas para o evento. Feriram a regra diversas vezes. Lamentável.

Se existe pouca coisa que possa ser dita do jogo, a declaração de Dante no fim da partida foi em tom de brincadeira, mas tem um fundo de verdade.

Dante estava visivelmente chateado por ter entrado somente no último set e disputado 5 pontos. Disse vários palavrões em direção ao banco e usou o termo ‘ puto’ para se referir a situação. Garantiu estar 100% dos joelhos e contestou a condição de reserva.

Ele tem razão no aspecto ‘bola’.

Thiago Sens é regular, não dá prejuízo, se vira relativamente bem, mas não é mais jogador que Dante. Pode brigar, se tanto, com Thiago Alves.

Essa bomba já está nas mãos do treinador Marcelo Fronckowiak, devidamente alfinetado.

Que Dante não pode ser banco, isso não é fato.

Dizem que em time que está ganhando, não se mexe.

E aí Fronckowiak ?

Cadê o Dante ?


Vitória do alívio contra a ansiedade
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Bruno Voloch

Foi sofrida a vitória do Cortinthians na estreia do mundial.

O time esteve longe de apresentar um futebol convincente, mas superou a ansiedade e a falta de qualidade técnica com muita aplicação.

Se Cássio quase não trabalhou, o mesmo se pode dizer do goleiro egípcio Ekramy enquanto esteve em campo. Elseoud seguiu a mesmo linha.

Uma partida de poucas oportunidades de gol, mas disputada na bola e sem violência. Pobre tecnicamente falando.

O Corinthians jogou para o gasto e teve a competência de aproveitar uma das raras chances nos 90 minutos.

Quem esperava jogo fácil, goleada ou algo nesse sentido, estava enganado. A maioria se enganou.

O Cortinhians levou sufoco no segundo tempo e só respirou quando o mexicano Marco Rodriguez encerrou o jogo.

A bola terminou curiosamente com quem menos trabalhou: Cássio.

Vibração contida em campo dos jogadores. Sinal de consciência que o time poderia ter rendido muito mais.

 


Stacy Sykora tem sequelas, não supera problema de visão e decide abandonar o esporte
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Bruno Voloch

Stacy Sykora, aos 35 anos, está deixando o vôlei.

A norte-americana foi obrigada a tomar essa decisão porque não consegue enxergar direito, está sem reflexo e sofre até hoje com problemas de visão.

Stacy sofreu acidente em Osasco quando jogava pelo Vôlei Futuro em abril de 2011.

A jogadora defendia o Urbino, da Itália. Stacy passou pela Rússia, Espanha e Itália.

Eleita melhor líbero do mundo em 2010, Stacy coleciona vários titulos pela seleção dos Estados Unidos. A líbero foi medalha de prata na olimpíada de Pequim em 2008.

Há dois meses, em entrevista ao site pallavoliamo.it, a jogadora afirmou que é homossexual e fotografou ao lado da namorada Shivonn.


José Roberto Guimarães admite mudanças na seleção e sai em defesa de Natália
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Bruno Voloch

“É um processo natural. A gente precisa colocar algumas meninas para jogar, só dessa maneira poderemos testá-las. Ao mesmo tempo, se for necessário, poupamos as mais experientes. Cada caso será analisado individualmente”.

Foi dessa maneira simples e objetiva que o treinador da seleção feminina, José Roberto Guimarães, confirmou que pretende dar oportunidades para as mais jovens em 2013.

O técnico se recusou a falar sobre Mari, para ele assunto morto.

Se Mari é passado, Natália é presente.

Por causa da ausência de Mari, a participação de Natália na olimpíada de Londres foi alvo de críticas. O treinador fez questão de defender a jogadora do Rio de Janeiro:

“Algumas pessoas maldosas disseram que a Natália foi para Londres para passear. É mentira. A Natália foi leal, honesta, correu atrás, nos ajudou muito nos treinamentos e foi importantíssima contra a China e na final contra os Estados Unidos”.

Inconformado, José Roberto Guimarães lembrou:

“Ela jogou todo o tie-break contra a China e a Jaqueline foi para o banco. Se a gente tivesse perdido aquele jogo, ganharíamos um ponto e estaríamos eliminados da olimpíada. Isso as pessoas não lembram”.

Mari foi preterida como ponteira. Natália, Jaqueline, Paula Pequeno e Fernanda Garay foram as escolhidas. A líbero Camila Brait acabou sendo cortada na ocasião da confirmação de Natália.

 

 


Sesi irá representar o Brasil no tradicional Top Volley na Suíça
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Bruno Voloch

A equipe feminina do Sesi vai representar o Brasil no tradicional Top Volley na Suíça.

A competição é disputada desde 1989 e sempre acontece no fim do ano.

Os jogos serão entre os dias 27 e 29 de dezembro.

O Sesi, de Dani Lins, Fabiana e Tandara, campeãs olímpicas em Londres, enfrentará na primeira fase o Dinamo Bucaresti, da Romênia e Voléro Zurich, da Suíça.

Do outro lado estarão o Galatasaray (Turquia), Muszyna (Polônia) e RC Cannes (França).

Em 2011, o título ficou com o Rabita Baku (Azerbaijão) e a Unilever acabou apenas em terceiro lugar.

Osasco ganhou o título em 2004 e o Rio de Janeiro em 2006 e 2009.


Primeiro set, Jaqueline e Ivna ‘matam’ Uberlândia; Osasco é líder com méritos
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Bruno Voloch

O início do jogo entre Osasco e Uberlândia deu a falsa impressão de que teríamos uma partida disputada e talvez decidida em 5 sets.

Uberlândia mostrou de cara personalidade e coragem de enfrentar de igual para igual o campeão brasileiro. As mineiras foram melhores boa parte do set, abriram 4 pontos, mas pararam quando Jaqueline foi para o saque. A atacante da seleção conseguiu uma incrível sequência de bons saques, a recepção caiu, o bloqueio paulista funcionou e Uberlândia simplesmente parou.

Parou no set e no jogo. Naquele momento terminava o jogo. Emocionalmente, Uberlândia estava entregue.

A partir do segundo set, Osasco tomou conta da partida e não encontrou resistência do outro lado da rede. Se Jaqueline foi a responsável pela virada no primeiro set, Ivna foi o destaque do segundo. A oposta de Osasco fez 4 pontos de bloqueio e comandou uma tranquila e surpreendente vitória por 25/16.

Spencer Lee quebrou qualquer chance de reação do time ao escalar Camila Adão como titular no terceiro set. Do outro lado, Fabíola, que fez ótimo jogo, leu as melhores opções e as atacantes rodaram com tranquilidade. Sheilla foi usada em algumas passagens, mas teve o brilho ofuscado por Fabíola, Jaqueline e Ivna.

Para Uberlândia, deve ter ficado a sensação de que o time poderia ter rendido mais. Mas a equipe não deve se desmotivar por causa das duas derrotas seguidas. O trabalho de Spencer é elogiável e Herrera e cia devem ir longe na competição.

Além dos destaques individuais, Osasco mostrou equilíbrio nos fundamentos e um bloqueio irresistível.

A liderança está em ótimas mãos.


Bicampeã olímpica, seleção será renovada em 2013 e novatas assumem papel principal
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Bruno Voloch

A seleção feminina deve ter cara nova a partir em 2013.

José Roberto Guimarães vai conversar pessoalmente com Sheilla, Thaísa, Jaqueline e Fabiana. O treinador pretende saber até onde vai a motivação e a disposição de cada uma delas para o início do novo ciclo olímpico.

A superliga terminará em abril e o Grand Prix começa apenas em agosto. Algumas jogadoras, se for o caso, poderão ter um tempo maior de descanso.

Após a disputa do Grand Prix, a seleção terá o Sul-Americano e a Copa dos Campeões em novembro no Japão.

A idéia inicial da comissão técnica é disputar parte do Grand Prix e o Sul-Americano sem a base campeã olímpica em Londres.

A renovação faz parte dos planos do treinador visando os jogos olímpicos do Rio em 2016.

Natália, Fernanda Garay, Adenízia e Camila Brait vão assumir o papel principal e são nomes certos na lista de convocadas.

A tendência é que atletas como Paula Pequeno e Fabi sejam naturalmente substituídas.

A levantadora Dani Lins irá ajudar no processo de transição na posição. Claudinha, Priscilla Heldes e Juliana Carrijo estão sendo observadas.

Fabíola, cortada dos jogos de Londres, terá nova chance. Ana Tiemi ainda tem portas abertas.

As centrais Andressa e Natasha, de Campinas e Angélica, de Uberlânida, estão em alta e se mantiverem o bom rendimento podem fazer parte do grupo em 2013.

Jú Nogueira e Tandara, opostas, e Priscila Daroit e Gabi, ponteiras, são nomes em evidência.

Suelen e Tássia são cotadas para a seleção na função de líbero. As duas no caso defenderiam a seleção B, de novos. Bia, central do Sesi e Bárbara, do Minas, seguiriam o mesmo caminho.

Assim como em 2012, José Roberto Guimarães irá formar a seleção B.

O calendário da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, marca para 2013 a primeira edição do campeonato mundial sub-23.


Botafogo ignora retorno de Loco Abreu e investe na contratação de Grafite
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Bruno Voloch

O futuro de jogadores como Caio, Alex e Loco Abreu ainda não foi definido pela diretoria do Botafogo.

Bruno Mendes ficará à disposição da seleção sub-20.

Oswaldo de Oliveira está apalavrado, mas não está assinado para ser o técnico em 2013.

Mesmo diante de tantas indefinições, o clube já se movimenta atrás de reforços e não espera o aval do treinador.

O nome de Grafite voltou a ganhar força em General Severiano.

O atacante do Al-Ahli dos Emirados Árabes tem contrato até o meio do ano que vem, mas demonstrou interesse em voltar ao Brasil.

As negociações entre o empresário do jogador e o Botafogo devem evoluir essa semana.

Grafite, de 33 anos,  foi convocado por Dunga para a disputa da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.


Sob pressão, Fenerbahçe, de Paula Pequeno, volta a vencer na Turquia e assume quarto lugar
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Bruno Voloch

O Fenerbahçe parece ter dado um tempo na má fase e finalmente voltou a vencer no campeonato turco.

Em crise e pressionado pela diretoria, o time rendeu melhor fora de casa e derrotou o Sariyer Bld por 3 a 0, com parciais de 25/15, 25/7 e 25/19.

Paula Pequeno fez 8 pontos e a coreana Y.K.Kim foi a maior pontuadora com 13. Mari segue fora da equipe.

O resultado deixa o Fenerbahçe com 14 pontos e na quarta colocação.

O novo líder do campeonato é o VakifBank.

No clássico da rodada, o VakifBank venceu o Eczacibasi por 3 a 1 e alcançou os 23 pontos. Brakocevic e Furst brilharam com 17 pontos cada canhota. O Eczacibasi, de Sokolova e Darnel, soma 21 pontos e é o segundo colocado.

O Galatasaray passou pelo Eregli Bld com 3 a 0 e se manteve em terceiro.


Uso do microfone mostra fragilidade e expõe árbitros ao ridículo na superliga
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Bruno Voloch

A arbitragem no vôlei brasileiro está se desmoralizando.

O uso do microfone no primeiro árbitro durante os jogos transmitidos pela televisão está detonando a imagem da classe.

A ‘tal inovação’ do SPORTV vem expondo os árbitros ao ridículo e mostrando total falta de autoridade.

Jogadores e treinadores abusam das reclamações, xingamentos e o árbitro faz vista grossa. Nenhum deles escapa. Seja jogo masculino ou feminino.

Ser segundo árbitro é menos ruim e evita o constrangimento de ter a autoridade sendo contestada.

Aqueles que são escalados como segundo deveriam ter pelo menos coragem de dizer o que escutam do lado dos treinadores nas partidas. Mas falta atitude para todos eles. Uma pena. Não escapa ninguém.

Os fiscais também se livraram desse peso.

A arbitragem no Brasil fala demais, usa de política, dá papo para quem não deve, joga conversa fora com os capitães e no máximo manda recados.

Será que eles se iludem e acham que estão se impondo agindo assim ?

Ninguém se sente amedrontado. Nem jogadores, nem treinadores.

Os cartões são usados raramente.

Se fosse para seguir a regra, teríamos no mínimo 5 ou 6 cartões amarelos por jogo e 2 vermelhos. Isso com boa vontade.

Os atletas em quadra já sentiram que os árbitros são facilmente manipulados e pintam e bordam.

A malandragem de esfriar o jogo perguntando a posição em quadra é usada com freqência.

Filho da p… para um lado, seu mer.. para o outro, ou seja, tem de tudo. É gritante e inaceitável.

Os diálogos entre o primeiro árbitro e alguns jogadores são as vezes inacreditáves de tão absurdos. O segundo árbitro é chacota colado aos treinadores e faz papel de bobo sem autonomia alguma.

O que era para ser positivo, acabou sendo negativo e se virou contra os próprios árbitros.

Isso sem falar nos erros grotescos de bola fora, quando é dentro, bola tocando no bloqueio, marcada fora, e falta de critério em determinadas decisões.

O uso do microfone está servindo principalmente para mostrar a fragilidade, falta de comando, coragem, critério e personalidade da arbitragem brasileira.