Renovação de José Roberto Guimarães é a resposta da CBV para Sheilla, Fabiana e Mari
Bruno Voloch
O presidente Ary Graça agiu corretamente e acertou, como já era previsto, a renovação do contrato de José Roberto Guimarães.
A notícia foi antecipada aqui no blog logo após a conquista do ouro em Londres.
A responsabilidade do vôlei feminino do Brasil ficará nas mãos do técnico até 2016. Muito bem entregue por sinal.
Não passou de uma simples ameaça e muito marketing essa história de que o treinador não poderia trabalhar em clube e seleção ao mesmo tempo. Se Bernardinho tem direito, vale o mesmo para Zé Roberto. Nada mais justo e coerente.
Por falar em Bernardinho, o comandante da Unilever também já acertou seu compromisso até 2016.
Pode se discutir, e faz todo sentido, nomes novos para dirigir nossas seleções, mas penso que nesse ciclo o ideal mesmo seria manter os dois.
O masculino tropeçou, caiu de produção, mas Rodrigão, Giba e Ricardinho fazem parte do passado. Finalmente. São inúmeros serviços prestados, muitas conquistas, partidas espetaculares, mas a fila precisa andar. Nesse caso, demorou e pagamos com a prata em Londres. Não tivemos um time 100% fisicamente e a política prevaleceu. Lição aprendida.
É hora de dar espaço para Renan, Lucarelli e tantos outros que podem ajudar a seleção brasileira com potencial de sobra.
Bruno, Murilo, Sidão, Wallace e Lucão serão fundamentais nessa transição.
No feminino a situação é semelhante.
José Roberto Guimarães precisa renovar. Não é pelo fato de termos ganho, que significa que tudo está certo. Algumas jogadoras não terão fôlego para suportar tamanho desgaste até 2016. Casos de Paula Pequeno, Fernandinha e Fabi.
Aliás, será que as ‘viúvas’ de Mari tinham alguma esperança na troca de comando na seleção feminina ?
Não acredito.
Sheilla, Mari e Fabiana podem não ser tão habilidosas com as palavras, certamente não são, mas sabem, se essa era a intenção, que o tiro saiu pela culatra.
Prevaleceu o bom senso e não poderia ser diferente. Derrota para a vaidade e a suposta’ solidariedade’.
Sheilla e Fabiana terão que mudar de estratégia se realmente quiserem chegar até 2016. Políticas, irão rezar a cartilha do treinador. As duas são novas e não vão jogar fora a possibilidade de jogar uma olimpíada em casa.
Manda quem pode, obedece quem tem juízo.