Blog do Bruno Voloch

Arquivo : julho 2012

José Roberto Guimarães: ‘Não penso no individual. Trabalho pensando no grupo e no melhor para a seleção’
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Bruno Voloch

O blog acaba de conversar com José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina.

Atencioso, como de hábito, o treinador evitou falar do passado. Disse que precisa se concentrar nos últimos dias de preparação para os jogos olímpicos e afirmou que o momento de cortar os atletas é o mais doloroso:

‘Sinto muito mais do que as pessoas possam imaginar. Quem me conhece, sabe o que estou dizendo. Mas não posso pensar no individual, tenho que pensar sempre no coletivo e no melhor para a seleção brasileira. Será sempre assim. Fiz o que considero ideal para a seleção’.

Perguntado sobre a reação de algumas atletas, tristes com as recentes baixas, o técnico foi objetivo:

‘Sou um cara de diálogo. Quem trabalha comigo vai entender. Se o atlela tem algum problema, basta me procurar. Simples.’

José Roberto Guimarães disse que a semana de treinamentos em Saquarema foi excelente e que o grupo está evoluindo. O treinador confirmou que vai esperar por Natália:

‘Considero a Natália fundamental. Vamos fazer de tudo para que ela possa estar em condições de disputar a Olimpíada. Não abro mão dela’.


Natália é a esperança de José Roberto Guimarães
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Bruno Voloch

Está corretíssima a postura do treinador, José Roberto Guimarães.

O técnico tem sido absolutamente coerente em suas decisões.

Ele sempre deixou claro que iria esperar por Natália até a data limite. Então, se o COI permite ‘empurrar’ a situação até o dia 26, nada mais justo do que levar 13 jogadoras.

Concordo que será frustrante para a escolhida. Estar em Londres, sentir o gosto da Olimpíada e retornar ao país é desagradável. Mas são ossos do ofício. Ninguém tem lugar cativo na seleção.

A situação acaba gerando ansiedade e coloca pressão nas envolvidas.

Concordo com o treinador em todos os sentidos. Natália pode sim fazer a diferença em Londres.

Curinga, atua como ponteira ou oposta.

Acho apenas que o atleta para disputar uma olimpíada precisa estar 100% fisicamente, caso contrário, representaria prejuízo técnico ao time. Não sei honestamente quais são as condições atuais de Natália. É improvável que esteja 100%, até porque náo jogou partidas oficiais e nem esteve no Grand Prix.

O ritmo de treino é completamente diferente. As situações de jogo exigem muito mais do atleta. A comissão técnica está ciente do riscos que representaria levar uma jogadora nessas circunstâncias, mas mesmo assim, resolveu apostar.

Só nos resta torcer pela recuperação da jogadora.

Sassá, Fabi, Camila Brait e Tandara ainda passarão algumas noites sem dormir.

 


Mari se defende, mas não convence; jogadora já foi solução e hoje representa problema
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Bruno Voloch

Sábias palavras.

Eis que Mari decide inovar. Desiste do silêncio e resolve falar.

Logo ela, tão ‘aparentemente’ tímida.

Logo ela, que ‘aparentemente’ não gostava de camêras, flashes e holofotes.

Como as coisas mudam de um dia para outro. Incrível.

Mas assim é a vida de uma maneira geral e no esporte não seria diferente.

Mari falou e não disse nada.

Apenas atacou o treinador, se defendeu do corte e desmentiu que tivesse problemas de relacionamento no grupo.

Era essa sinceramente a intenção da coletiva ?

Ninguém poderia esperar algo diferente.

Realmente estão todos errados e Mari está com a razão.

Curioso.

Juciely e Fabíola, que também foram preteridas, agiram com a razão e optaram por deixar as portas abertas.

Mari, como de hábito, foi mal orientada e se mostra perdida. Não aceita a derrota. Pena. Por sinal, Mari agindo dessa forma, está também desrespeitando as ‘amigas’ que representarão o Brasil em Londres.

A jogadora se contradiz. Ela diz ter sido injusta a alegação de que foi cortada por questões técnicas. Não concorda.

Mas se não foi por questão técnica, fica claro que a justificativa oficial não é a verdadeira. Evidente que Mari deixou de treinar com a seleção porque existem problemas internos e ela sabe disso. Difícil é admitir.

Será mesmo que Mari achou que alguém acreditou nas suas declarações perdidas e desencontradas ?

Amigos, parentes e assessores. Esses sim.

Onde está a coragem ?

Qual o problema em assumir que o desgaste no relacionamento com Sheilla contagiou o grupo ?

A prepotência foi ao extremo quando Mari, inspiradíssima, afirma que o ‘Brasil está meio revoltado com meu corte’.

Brasil ?

Será que José Roberto Guimarães não tem crédito ?

É duvidar demais da inteligência das pessoas.

O técnico simplesmente ignorou a ‘coletiva’ de Mari.

Só falta Mari achar que Sheilla, Fabizona e Fabi irão pedir dispensa em solidariedade. Fabi não pode brincar, pois nem garantida está entre as 12.

Mari já foi solução, mas hoje é sinônimo de problema. Aliás, era.


Sem ‘medalhões’, Botafogo cresce e devolve confiança ao torcedor
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Bruno Voloch

O torcedor do Botafogo tem todos os motivos para estar eufórico.

O time que derrotou o Corínthians no Pacaembu teve uma atuação muito convincente e mereceu a vitória.

Se não fosse a péssima arbitragem de Heber Roberto Lopes, o resultado teria sido ainda mais tranquilo.

É curioso, mas nítido, que o Botafogo está mais leve sem a presença principalmente de Loco Abreu.

Não existe mais aquela obrigação de se jogar em função de um jogador e cruzar ‘quinhentas’ bolas na área do adversário. O futebol de vários jogadores cresceu sem Loco em campo.

Herrera e Maicosuel não fazem falta alguma.

Esse novo Botafogo parece maduro, apesar da presença de meninos como Lucas Zen e Cidinho e joga sem responsabilidade. Deu certo.

Os mais fanáticos, não diria tanto, já não sabem se Seedorf será titular.

É claro que sim. O jogador terá seu espaço entre os 11.

O mais importante é constatar que o Botafogo evoluiu como equipe e no conjunto.

Oswaldo de Oliveira tem novamente o grupo nas mãos. Após a perda do estadual para o Fluminense, cheguei a duvidar do futuro do Botafogo. Hoje a realidade é outra.

Aliás, após a saída de alguns medalhões, o time se encontrou. 

Elkeson. Lembram dele ?

Jogador crticado e perseguido pela torcida achou sua posição em campo e fez 3 gols em dois jogos. Virou solução ?

Talvez. Mas é inegável que Elkeson está mais motivado e feliz em campo. Mérito da comissão técnica. 

Quem diria e poderia imaginar.

Mas as saídas de Loco, Herrera e Maicosuel só fizeram bem ao elenco do Botafogo.


Corte de Mari não é apenas por questão técnica; jogadora tem problemas de relacionamento com o grupo
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Bruno Voloch

O aspecto técnico pode ter tido peso, mas não foi decisivo no corte de Mari.

Quem acompanha o dia a dia da seleção, sabe que o relacionamento da jogadora com Sheilla não é dos melhores. A relação estava desgastada desde a Copa do Mundo do Japão no ano passado. Na ocasião, a seleção fracassou e precisou do classificatório da América do Sul para garantir a vaga nos jogos olímpicos.

Resumo.

Mari está fora da olimpíada.

Não dá para discutir o talento de Mari, campeã olímpica em 2008.

É preciso respeitar o ser humano e suas predileções.

Fato é que o ambiente estava pesado entre as jogadoras. Grupo dividido.

José Roberto Guimarães agiu com a razão e não com a emoção. Perfeito.

Quem vive no meio do esporte, sabe do carinho do treinador pela jogadora. Mas o técnico optou em ter ou tentar manter o grupo nas mãos. É o caminho.

A decisão de jogar no Rio de Janeiro também contribuiu para o declínio técnico da atleta.

Mari e Bernardinho não se entenderam. Mari ‘não jogou’ e rendeu abaixo do esperado.

Os envolvidos, até por questões pessoais, podem não admitir abertamente, mas o corte de Mari aconteceu especialmente pela relação ruim com Sheilla.

Vale ressaltar que os aproveitadores de plantão não devem e não podem ser covardes com Sheilla, profissional íntegra dentro e fora de quadra. A decisão foi exclusivamente do treinador. Sheilla tem executado com brilhantismo seu trabalho.

Quem me acompanha sabe que defendo faz tempo o vôlei de Mari. Mas agora não tem defesa. Mari está mal em todos os sentidos. Zé Roberto tinha inteira razão quando disse aqui mesmo ao blog que a jogadora precisava de ajuda. Aliás, precisava não, precisa e muito.

Sem Mari e possivelmente sem Natália, crescem as possibilidades de Zé Roberto levar Sassá.

A hipótese de levar duas líberos, Camila e Fabi, não está descartada. Tandara parece ser o ‘azarão’ entre as envolvidas.


Rússia confirma Sokolova e Kosheleva e vai estar 100% em Londres
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Bruno Voloch

Segundo o Comitê Olímpico Russo, o vôlei feminino do país estará completo na olimpíada de Londres.

Sokolova e Kosheleva estão na lista oficial do treinador, Ovchinnikov.

Kosheleva, que operou o joelho, está recuperada após a cirurgia. A jogadora já está treinando com bola.

Sokolova se colocou à disposição da comissão técnica. A atleta, uma das líderes do time, disputará a última olimpíada pela Rússia. Sokolova se envolveu numa pequena polêmica com o atual grupo. A jogadora pediu dispensa do classificatório mundial do Japão alegando problemas particulares. Após a Rússia confirmar a classificação, Sokolova mudou de idéia e pediu para voltar ao time.

A delegação da Rússia está na Itália. Entre os dias 13 e 15, a seleção disputará a Edison Cup. As russas enfrentarão Itália e Turquia. Serão os últimos jogos oficiais antes da olimpíada.


Murilo e Dante serão operados e jogarão Olimpíada de Londres no sacrifício
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Bruno Voloch

O que é ruim, pode piorar.

É grave o quadro da seleção masculina.

Além da crise técnica, o elenco sofre com problemas físicos menos de 20 dias dos jogos olímpicos de Londres.

Giba, Murilo, Dante e Lucão, 4 dos principais jogadores da seleção, estão distantes da condição física ideal. Mesmo assim, por decisão da comissão técnica, todos disputarão a competição.

Dante sofre com dores no joelho desde que voltou ao vôlei brasileiro. A temporada passada no RJX foi desgastante e assim que desembarcar, o jogador será operado. O clube carioca já foi informado.

O caso de Murilo é semelhante. O atleta tem jogado no sacrifício e não vai escapar da cirurgia no ombro. O local passará por uma raspagem e Murilo irá desfalcar o Sesi por um bom período após os jogos de Londres.

Giba, apesar do esforço e da dedicação, é outro que não chegará inteiro na olimpíada.

Quem ganha espaço é Thiago Alves. Com João Paulo fora da briga, Thiago, único ponteiro inteiro, é presença praticamente certa em Londres.

 


Polônia faz história, derrota Estados Unidos e conquista Liga Mundial; Kurek é MVP
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Bruno Voloch

A Polônia conquistou pela primeira vez o título da Liga Mundial.

Jogando em Sófia, na Bulgária, os poloneses derrotaram na decisão os Estados Unidos por 3 sets a 0. As parciais foram de 25/17, 26/24 e 25/20.

Cuba ficou com o broze após vencer a Bulgária por 3 a 2.

É a primeira vez na história da competição que a Polônia conquista o campeonato.

Regular ao extremo, a Polônia disputou 5 jogos contra o Brasil e venceu 4 vezes.

Andrea Anastasi, competente treinador italiano, ganhou o primeiro título dirigindo a Polônia.

Kurek, craque do time, foi escolhido o MVP da liga mundial.

A Polônia dominou a premiação e teve Bartman, melhor atacante, Mozdzonek, principal bloqueador e Ignaczak, líbero.

O norte-americano, Stanley, ganhou como melhor saque. Aleksiev, da Bulgária, passe e maior pontuador.  

Bratoev, da Bulgária, acabou sendo escolhido o principal levantador da liga mundial.


Brilha a estrela de Fred e falta futebol no Fla-Flu do centenário
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Bruno Voloch

A estrela de Fred brihou. Logo no início, aos 11, Fred marcou com o oportunismo habitual.

Em jogo fraco de poucas emoções, o artilheiro tricolor quebrou o tabu e marcou finalmente num Fla-Flu.

7 cartões, muita luta de lado a lado e disposição marcaram o clássico. 

O Flamengo teve mais posse de bola, mas sofreu novamente com a falta de criatividade no meio. O goleiro do Fluminense, Diego Cavalieri, quase não foi exigido.

Improvisado, Luis Antônio não rendeu na lateral.

Wellington Nem foi o destaque trocolor.

Joel Santana ainda tentou mudar a cara do Flamengo no segundo tempo com as entradas de Adryan e Mattheus. O time continuou com o domínio da partida, mas sem força no ataque. Foram 12 chutes, contra 7 do Flu.

Abel Braga segurou o resultado com a presença de Valencia na vaga de Deco.

Os 40 mil torcedores que lotaram o Engenhão mereciam coisa melhor.

O Fla-Flu do centenário ficou devendo.


Rússia conquista Yeltsin Cup; Brasil B fica em terceiro lugar
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Bruno Voloch

Deu a lógica.

Jogando em casa e com o time principal, a Rússia conquistou com tranquilidade Yeltsin Cup 2012. A China era a atual campeã.

Na última rodada, a Rússia fez 3 a 0 na Itália com 25/23, 25/18 e 25/22.

Goncharova foi a maior pontuadora com 18 pontos.

O Brasil, representado pela seleção B, terminou em terceiro lugar. Foram 4 jogos, com duas vitórias, Polônia e Itália, e duas derrotas, Cuba e Rússia.

Cuba, que venceu a Polônia por 3 a 1, foi quarta colocada.

Gamova foi escolhida a MVP da competição. Gabi, promessa do vôlei brasieiro, ganhou o prêmio de melhor recepção do torneio.