Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2012

Cruzeiro e Vôlei Futuro disputam primeiro lugar; Sesi tenta ser terceiro e Cimed é uma incógnita
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Bruno Voloch

A superliga sofre com problemas de infraestrutura nos ginásios, a péssima qualidade da arbitragem e a  baixa presença de público na maioria dos jogos.

Se fora de quadra, os dirigentes fazem de tudo para estragar a festa, dentro de quadra, os jogadores procuram garantir o espetáculo.

Restando duas rodadas para o encerramento da fase de classificação, 4 times ainda podem terminar na liderança: Cruzeiro, Vôlei Futro, Sesi e Cimed.

O nível técnico de algumas partidas pode ser discutido, mas não tem faltado emoção.

Foi assim na vitória do Cruzeiro em cima do Vôlei Futuro por 3 a 1. Maurício e Filipe jogaram ótima partida e o levantador Daniel mudou o jogo a partir do terceiro set. O oposto Lorena marcou 28 pontos, mas não conseguiu evitar a sexta derrota do time no campeonato.

Em São Paulo, o Minas poderia ter vencido o Sesi. Mas sem bloqueio, complica. O time teve bom desempenho no ataque, no saque, mas não conseguiu parar os principais atacantes do Sesi. De qualquer maneira, o Minas segue forte, crescendo na competição e deve dar muito trabalho nos palyoffs. O Sesi, de Giovane Gávio, precisa contar com Wallace para sonhar com o bicampeonato.

Rio, com o time quebrado fisicamente, Campinas e São Bernardo estão classificados, mas estarão de férias em pouco tempo.

O Cruzeiro é o único que depende dos próprios resultados para ser primeiro. Basta vencer o Rio em casa, tarefa fácil, e conquistar dois sets contra o Sesi em São Paulo.

O Vôlei Futuro não está tão distante assim. Se derrotar o Sesi em casa, vai passear em Volta Redonda e torcer para o mesmo Sesi aprontar contra o Cruzeiro na última rodada.

Atual campeão, o Sesi terá dois jogos complicadíssimos pela frente: Vôlei Futuro em Araçatuba e Cruzeiro em casa. Se conseguir permanecer em terceiro lugar e evitar o Minas nas quartas de final, já será um grande negócio.

Enquanto isso, a Cimed é uma incógnita. Na teoria deve somar 6 pontos contra São Bernardo e Juiz de Fora, mas a equipe costuma se enrolar quando enfrenta adversários do mesmo nível.


Sem propostas e buscando valorizar ‘produto’, Vasco pode dar nova chance para Carlos Alberto
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Bruno Voloch

A situação de Carlos Alberto segue indefinida no Vasco.

O presidente do clube, Roberto Dinamite, já deixou claro que não admite ver o atleta vestindo a camisa do Vasco novamente. Jogador e dirigente brigaram há mais de uma ano. Carlos Alberto ofendeu Roberto e foi dispensado.

Ainda em 2012, o meia teve passagens apagadas por Grêmio e Bahia e foi liberado.

Acontece que Carlos Alberto tem contrato com o Vasco até maio de 2013 e o clube é obrigado a pagar os salários do jogador, cerca de R$ 300 mil. Está pagando e onerando a folha mensal.

O caso é mais complicado porque o Vasco não recebeu nenhuma proposta oficial por Carlos Alberto.

Já são quase 2 meses de indefinição e o Vasco teme que o ‘produto’ esteja sendo desvalorizado. O clube não consegue usar Carlos Alberto nem como moeda de troca.

O diretor-executivo, Daniel Freitas, tenta convencer os conselheiros do Vasco e o presidente, que Carlos Alberto deveria ser aproveitado pelo menos em algumas partidas da Taça Rio, especialmente diante dos times pequenos.

Com resistência, o assunto vem sendo discutido internamente.

Daniel Freitas tem informações de que parte da torcida apoia uma nova oportunidade e que não seria obstáculo para Carlos Alberto ser reintegrado.


Cenário no Botafogo é animador; evolução tática da equipe é nítida nas mãos de Oswaldo de Oliveira
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Bruno Voloch

Enfim, o trabalho de Oswaldo de Oliveira começa a aparecer no Botafogo.

O time venceu e convenceu diante do Americano na abertura da Taça Rio.

Seria muito injusto o Botafogo deixar a cidade de Campos sem os 3 pontos. É bem verdade, que a vitória só começou a ser construída nos últimos 20 minutos de partida, mas isso não tira os méritos do Botafogo.

O garoto Willian sentiu a responsabilidade e não rendeu o esperado.

Mas o Botafogo taticamente apresenta melhoras. É nitído que existe a participação do treinador. O time tem jogadas ensaiadas, de linha de fundo e usa com eficiência o lado esquerdo através de Márcio Azevedo.

Fellype Gabriel me surpreendeu. O meia teva ótima participação e foi um dos melhores em campo. Herrera, apesar do gol, rendeu pouco. Caio segue sendo individualista demais, mas mostrou oportunismo.

O cenário é animador.

O Botafogo começa a ganhar corpo e com o elenco todo à disposição, Oswaldo de Oliveira pode colocar o Botafogo novamente na disputa por títulos.


Vítima de racismo, Wallace, jogador do Cruzeiro, desabafa: “Quase perdi a cabeça”.
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Bruno Voloch

Wallace, jogador do Sada/Cruzeiro, é mais uma vítima de racismo no esporte.

Durante o jogo entre Minas e Cruzeiro, pela oitava rodada do returno da superliga masculina, o atleta alega ter sido xingado de ‘macaco’.

Ao site do clube mineiro, Wallace confirmou o fato e declarou que por pouco não perdeu a cabeça:

“É muito revoltante escutar uma coisas dessas. não dá para aceitar. Foi até melhor eu não ter conseguido ver a pessoa, pois eu podia ter perdido a cabeça na hora. Isso me tirou um pouco do jogo”.

O Minas venceu de virada por 3 sets a 2.

A diretoria do Cruzeiro, inconformada com o acontecimento, exigiu que o delegado informasse o ocorrido na súmula da partida.

O Cruzeiro vai esperar o pronuciamento oficial da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei. O relatório deverá chegar ao Rio de Janeiro nos próximos dias e o Minas pode ser punido.

Independente da posição da entidade, o Cruzeiro já colocou o departamento jurídico à disposição de Wallace.