“Gigantes”, Gabi e Thais dão lição de humildade na vitória do Mackenzie; arbitragem nota 10
Bruno Voloch
Desespero em Araçatuba, desespero em Belo Horizonte.
Quarto set caminhando a favor do Mackenzie, derrota de 3 a 1 praticamente consumada e uma cena rara chama a atenção no banco do Rio de Janeiro.
Atônito, um membro da comissão técnica de Bernardinho, conhecido pelo destempero, se levanta e pede aos berros que o time tenha humildade. Isso mesmo. Inacreditável.
O recado serve de lição. O time acorda, reverte a situação e leva o jogo para o quinto set. A derrota porém acaba sendo inevitável.
Incrível.
O até então imbatível Rio de Janeiro estava caindo diante do Mackenzie, sétimo colocado na classificação geral. 3 derrotas nos 3 últimos jogos.
O Mackenzie foi corajoso. Corajoso e humilde, diga-se de passagem.
A jovem Gabi de 17 anos não se impressionou com as presenças de Sheilla e Fernanda Venturini do outro lado da rede e da pressão de Bernardinho do lado de fora. Letícia superou Valeskinha e a Juciely. Como não citar a ousadia da levantadora Priscila Heldes.
E a pequena Thais ?
Fez a festa na saída, na entrada, no fundo e ignorou o bloqueio do Rio. Como é alegre esse time do Mackenzie. Alegria contagiante.
O time pode não se classificar e o Rio ainda é favorito, afinal jogará duas partidas em casa. Mas o Mackenzie fez seu papel e com diginidade.
O Rio precisar buscar o foco perdido na certeza do primeiro lugar garantido antecipamente. O time é forte e montado para ser campeão, mas não se encontra. Mari não fala a mesma língua de Bernardinho.
O que se viu foi um festival de erros. Regiane no passe é uma tragédia, Fabi ainda demonstra insegurança, Amanda não resolve e Sheilla não é mágica. Nem ela e nem Fernanda, que não jogou mal, porém não suportou, com toda razão, ver seu time ser detonado por uma menina de 17 anos.
Mas é a realidade do esporte. Não se ganha nada de véspera, nem no vôlei.
A arbitragem finalmente teve uma atuação digna de elogios.
Jediel de Carvalho esteve muito bem, seguro e aplicou corretamente a regra. Deu cartão amarelo para Bernardinho que tinha acabado de xingar de filho da p… um dos fiscais. Perfeito e ficou barato. E mais. Bola dentro no saque de Letícia.
Bernardinho aprendeu e deu entrevista ao fim do jogo. Que ótimo. Mas se precipitou. Não houve arbitragem tendenciosa. Apenas não foi permitido ‘apitar’ o jogo como ele e muitos outros gostam de fazer. Simples.