Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2012

Walewska, Carol Gattaz e coragem de Ana Tiemi classificam Vôlei Futuro
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Bruno Voloch

Uberlândia ficou por uma bola. Foi quase.

Quem podia ter vencido por 3 a 0, sentiu o gosto amargo da eliminação após sofrer 3 a 2 de virada.

Não se pode dizer que tenha faltado experiência ao time mineiro, mas que sobrou categoria no Vôlei Futuro, isso sobrou.

Walewska foi o nome da partida e a responsável pela virada histórica. Wal estava inspiradíssima.

Jogou muita bola, assumiu a responsabilidade e virou bola se segurança. Atuação soberba. Nota 10.

25 pontos, mais pontos do que Paula e Garay juntas. Incrível.

Há quem ainda insista em discutir se Walewska deveria estar na seleção. Não só deveria, como seria titular. Walewska é infinitamente mais jogadora que Thaísa, Fabiana e Adenízia. Se ó esporte vive de momento, Zé Roberto não pode abrir mão de Walewska.

Paulo Coco foi feliz em Uberlândia. Sacou Stacy quando deveria, lançou Ana Tiemi e Carol Gattaz. Verê deu segurança no fundo, embora esteja abaixo da média na posição. Hoje, é a melhor alternativa.

O Vôlei Futuro sobreviveu na partida em função do talento individual. Jogo coletivo que é bom não existe.

Paula Pequeno e Fernanda Garay jogaram para o gasto e isso com muita boa vontade. Joycinha esteve regular e Ana Cristina, sem passe, não pode fazer milagre.

Ana Tiemi, a japa, foi corajosa. Mudou o jogo e teve a sensibilidade de usar as centrais.

Não dá para esquecer dos 13 pontos de Gattaz. Partidaço.

Dayse, Monique e Suelle devem se orgulhar. Uberlândia sai do campeonato, mas deixará saudades.

 


Fluminense, medíocre, foi presa fácil para o Macaé
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Bruno Voloch

Objetivo concluído.

O Fluminense enfim pode se dedicar exclusivamente a Taça Libertadores.

A derrota por 3 a 0 para o Macaé deixou o time praticamente sem chances de conquistar a Taça Rio, segundo turno do campeonato carioca.

É bem verdade que na Taça Guanabara o Fluminense passou por uma situação semelhante, mas ainda tinha a possibilidade de enfrentar os concorrentes dentro do próprio grupo. Agora não, o Fluminense não dependerá mais dele para seguir com chances na Taça Rio.

O Macaé mereceu a vitória. Foi melhor do início ao fim do jogo.

O time misto do Fluminense foi horroroso. Sem comprometimento, sem vontade e longe de honrar as tradições do clube.

Ainda existiam aqueles que defendiam a tese de que o time B era tão forte quanto o time titular. Deco, Fred, Thiago Neves fazem falta, mas a postura de Rafael Moura, Souza, Wagner e cia foi irritante, passiva ao extremo.

Nem Wellington Nem escapou da medíocridade.

O Fluminense aceitou perdeu com uma naturalidade absurda.

O gol no fim de Mathes Carvalho quase não foi comemorado.

Esse defintivamente não é o Fluminense.

Mas o que fica escrito, lamentavelmente, é a primeira derrota do clube para o Macaé na história.

O Macaé atuou como time grande, o Fluminense jogou como pequeno.


Estrela de Mari prevalece, jogadora brilha como de costume e salva o Rio
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Bruno Voloch

Nem o próprio Rio de Janeiro espera tamanha facilidade.

O Mackenzie, que encantou a todos na primeira partida das quartas de final, ficou em Belo Horizonte. Não esteve no Maracanãzinho, exceção feita ao terceiro set.

O time mineiro sentiu demais a responsabilidade e não conseguiu jogar. Era de se esperar muito mais. Foi decepcionante. A única jogadora que manteve a média foi Thais. As demais, incluindo Letícia, Luciana e Priscila foram muito mal. Gabi ainda respirou no terceito set. Mas faltou Ingrid e ela não apareceu. Se esteve em quadra, não foi notada.

É claro que a experiência pode e deve ter contado a favor do Rio, mas nada que justifique o rendimento ruim do Mackenzie.

O time do Rio jogou solto, sem estar pressionado e com o passe nas mãos de Fernanda. Tudo isso em função da falta de agressividade do adversário. Esse foi o retrato do jogo nos dois primeiros sets.

O Mackenzie chegou ao absurdo de entregar 14 pontos para o Rio no segundo set.

Relaxada e contando com a vitória antes da hora, a equipe carioca devolveu os erros no set seguinte, não mesma quantidade. Os pontos conquistados foram dando moral para o Mackenzie, praticamente entregue no jogo.

Gabi apareceu, mas prevaleceu a estrela de Mari. Sempre ela. O set estava complicado, equilibrado, mas Mari resolveu.

Uma derrota naquele momento colocaria o Mackenzie literalmente no jogo e o Rio ficaria no limite, correndo sério risco de deixar a competição.

Mari não deixou. Fez duas defesas incríveis, colocou bolas decisivas no chão e garantiu a vitória por 27/25.

Mari fez 10 pontos, sendo que 3 de bloqueio e isso sem contar com a ajuda de Fernanda. A levantadora do Rio tentou, mas não conseguiu acertar o tempo de bola da camisa 7.

A arbitragem, assim como em Belo Horizonte, esteve perfeita e não teve influência no resultado do jogo.

Bernardinho se comportou e não deu trabalho.

O Rio segue sendo favorito e o Mackenzie volta a condição de franco-atirador.


São Bernardo se despede no feminino e está com os dias contados na superliga masculina
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Bruno Voloch

Osasco, como era previsto, é o primeiro semifinalista da superliga feminina.

Contra São Bernardo, Osasco não teve dificuldades e ganhou com facilidade por 3 a 1. Perdeu o terceiro set por falta de concentração, mas em nenhum momento teve a vitória ameaçada.

Adenízia foi a melhor jogadora do Osasco. Essa jogadora cresce a cada temporada e tenho certeza que irá brigar para ser titular da seleção brasileira. O bloqueio de Osasco foi o ponto forte do time de Luizomar. Foram 17 pontos, contra 5 do adversário.

São Bernardo deixa a competição de forma digna. Cumpriu a meta que era estar entre os 8 primeiros. Osasco ainda não. Para o investimento que foi feito, estar na decisão é obrigação. Se mantiver o desempenho do segundo turno, é favorito independente de Sesi ou Minas.

Em Contagem, pela superliga masculina, o Cruzeiro passeou diante de São Bernardo. Com um ataque arrasador, o time fez 3 a 0 em pouco mais de uma hora. Primeiro colocado na fase de classificação, o Cruzeiro estará na semifinal.

Wallace e Maurício jogaram muito bem e William distribuiu as bolas com a eficiência habitual.

Sexta, dia 23, o Cruzeiro repetirá a dose e será semifinalista.


Osasco tem tudo para ser o primeiro semifinalista da superliga
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Bruno Voloch

Após a surpreendente vitória do Mackenzie diante do Rio de Janeiro, fica difícil fazer previsões nas quartas de final da superliga feminina.

Vôlei Futuro passou sufoco contra Uberlândia e o Minas ganhou apertado do Sesi.

Osasco foi exceção. Ganhou fácil de São Bernardo em casa por 3 a 0.

Logo mais, tem tudo para confirmar a vaga e ser o primeiro semifinalista do campeonato.

Acho improvável que São Bernardo consiga reverter a situação. Osasco tem mais time, vive seu melhor momento na competição e a vitória contra o Rio de Janeiro deu moral para as jogadoras.

Luizomar de Moura deve citar o exemplo do tropeço do Rio como lição. A dificuldade encontrada pelo Vôlei Futuro também deve ser lembrada.

A zebra andou solta na primeira rodada das quartas de final, mas não deve resistir.


Bernardo pode ser emprestado para o Grêmio; Vasco ficaria com argentino Miralles
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Bruno Voloch

O destino de Bernardo pode ser o Grêmio.

O jogador, sem ambiente para continuar em São Januário, não pode ser negociado com nenhum clube do Rio de Janeiro.

O Grêmio, através de Vanderlei Luxemburgo, já teria sinalizado positivamente para o início das negociações.

O Vasco tem interesse na transação até porque Bernardo precisa jogar, estaria na vitrine e valorizado.

Miralles, atacante argentino, poderia ser envolvido no negócio. O atleta está na Argentina, liberado pela diretoria, e aparentemente disponível. Miralles joga no clube desde 2011, mas nunca repetiu as atuações da época em que vestia a camisa do Colo-Colo.

Como perdeu o equatoriano, Carlos Tenório, o Vasco carioca precisa de mais opções para a posição.

Ricardo Gomes e Cristóvão Borges estão analisando o caso.


Botafogo tem um leque de opções ofensivas, mas ainda não encontrou a escalação ideal
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Bruno Voloch

O Vasco, concentrado na libertadores, pode até escalar alguns reservas no clássico de domingo.

O Botafogo não. Definitivamente, o Botafogo tem que jogar com a força máxima.

Mas qual é a escalação do time titular ?

Será que o mais fánatico torcedor do Botafogo saberia dizer os 11 titulares ?

A defesa não tem muito mistério e conta com Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fabio Ferreira e Marcio Azevedo. Mas daí para a frente …

Renato é regular, mas confesso que não me lembro de nenhuma grande partida dele com a camisa do Botafogo. Marcelo Mattos está distante de ser um volante moderno. Limita-se a desarmar e tem dificuldades em sair para o jogo. Mas para o Botafogo, serve.

Desde a série de contusões que atingiu o elenco, é um entra e sai que não acaba mais.

Andrezinho está fora por causa de problemas musculares e Loco Abreu, barrado por deficiência técnica, dizem estar trabalhando forte fisicamente. Que seja.

Herrera parece ser o único inquestionável. Tem feito gols e executa uma função tática importante no time.

Caio e Cidinho vivem de lampejos, Fellype Gabriel estava bem até ficar de fora e o garoto William não vingou.

Felipe Menezes parece ter sempre a preferência de Oswaldo. Trata-se de um jogador lento, mas de bom passe e que cumpre as funções determinadas pela comissão técnica.

Jobson ainda não suporta os 90 minutos.

Elkeson voltou contra o Treze e teve atuação discreta. Foi responsável direto pelo gol de empate dos paraibanos.

Maicosuel vive seu drama pessoal e não consegue sair do departamento médico. Impressionante.

E agora, Oswaldo ?

Quem escalar para domingo ?

Independente da escalação, o Botafogo precisa vencer.

As últimas apresentações foram ruins e o time decepcionou nos empates contra o Bangu e o Treze.

A diretoria cobra e com inteira razão.

Jobson criticou abertamente Elkeson após o resultado negativo na paraíba. Depois recuou. Mas a crítica foi correta, tanto que Elkeson se desculpou pelo erro.

Esse Botafogo curiosamente ainda não perdeu em 2012, mas também não ganhou nenhum clássico.

Após os 4 a 2 contra o Americano em Campos, tive a sensação, equivocada, de que o Botafogo tinha encontrado seu caminho.

Estranho. Foi justamente após aquele ótimo jogo que o Botafogo não se encontrou mais.

A diretoria tem toda razão em exigir bons resultados.

O perigoso é achar que empatar com Bangu e o Treze são resultados normais.

Os próximos dois jogos, Vasco e Treze, pela Copa do Brasil, são decisivos para o futuro do Botafogo.

 


Flamengo foi do céu ao inferno em 15 minutos; Joel Santana não pode ser culpado pelo vexame
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Bruno Voloch

Inacreditável.

O Flamengo até jogava uma boa partida, vencia com autoridade até os 30 minutos do segundo tempo, quando levou um gol e sofreu uma pane absolutamente inexplicável.

Tão inexplicável como vergonhosa a forma como o time cedeu o empate.

Ronaldinho Gaúcho teve alguns lampejos e não fez um jogo dos piores. Bateu com categoria o pênalti que originou o segundo gol e deu um lindo passe para Luiz Antônio fazer o terceiro.

O resultado pelo que o Flamengo jogou foi injusto. O time merecia vencer e com folga.

Não adianta tentar encontrar culpados.

Quando vencia por 3 a 0, a torcida aplaudia, incentivava e delirava com a exibição do time, uma das melhores do ano.

Injusto também é criticar Joel Santana. O técnico não errou nas alterações e foi xingado de burro pelos torcedores.

Mas a cultura do futebol faz o torcedor sempre eleger o treinador como o responsável. Nã0 nesse caso. Acho difícil com toda experiência que Joel tem no esporte, que o treinador já tenha passado por uma situação como essas.

Para a torcida, o que era espetáculo, virou vexame.

A realidade é que o empate me parece ter sido acidental.

 


CBV mostra rigor, deixa política com Bernardinho de lado e adverte Unilever
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Bruno Voloch

As críticas de Bernardinho não foram bem recebidas na CBV, Confederação Brasileira de Vôlei.

Após a derrota para o Mackenzie na abertura das quartas de final da superliga, terceiro resultado consecutivo negativo do time, o técnico da seleção masculina, disse que a arbitragem prejudicou o Rio agindo de maneira tendenciosa.

A CBV enviou comunicado ao clube alertando que Bernardinho estaria infringindo o regulamento.

A entidade está se baseando no anexo VIII, artigo 6, que diz:

DECLARAÇÕES PÚBLICAS COM CRÍTICAS DEPRECIATIVAS OU QUE DENIGRAM OS ÁRBITROS E DELEGADOS, A IMAGEM DA SUPERLIGA, DA CBV (ENTIDADE, DIRETORES

E FUNCIONÁRIOS), RESSALVADAS AQUELAS DE NATUREZA EXCLUSIVAMENTE TÉCNICA.

Sanção:              Advertência

Reincidência:     Multa no valor de R$ 1.000,00

Reincidência II:  Multa no valor de R$ 2.000,00

Bernardinho é técnico da seleção masculina desde 2001. O treinador tem muito pretígio na CBV e já conquistou inúmeras vezes a superliga.

Apesar da situação aparente ser confortável, os árbitros sofrem grande pressão. Companheiros de profissão de Bernardinho e rivais diretos, alegam que os árbitros protegem o técnico da Unilever pelo fato do mesmo dirigir a seleção.

No jogo contra o Mackenzie, o paulista, Jediel de Carvalho, deu cartão amarelo para Bernardinho no tie-break. O time foi punido com a perda de 1 ponto.

Unilever e Mackenize voltam a jogar no sábado no Rio de Janeiro. Se não vencer, termina o campeonato para o time carioca ainda nas quartas de final.


A irresponsabilidade de Diego Souza
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Bruno Voloch

Não foi a primeira e certamente não será a última vez.

Na carreira, marcada por altos e baixos, Diego Souza convive com a fama de jogador indisciplinado.

É verdade que no Vasco tinha ficha limpa até pouco tempo atrás. Tinha.

Diego Souza foi um dos grandes nomes do time na conquista da Copa do Brasil em 2011 e na campanha do vice-campeonato brasileiro do ano pasado.

Elogiado e com atuações acima da média, Diego Souza foi convocado para a seleção brasileira de Mano Menezes.

2012 tem sido diferente. Diego ainda não acordou. O camisa 10 está devendo e o débito dele com a torcida aumenta.

Contra o Libertad, fez o gol, mas contribuiu diretamente para a reação dos paraguaios.

Não estamos falando de um garoto de 17 anos e sim de um jogador experiente, rodado e acostumado com pressão. Diego foi infantil, individulista e irresponsável.