Renovar é o caminho e as mais jovens precisam ganhar experiência
Bruno Voloch
Com a seleção eliminada, está corretíssima a postura assumida por José Roberto Guimarães nessa reta final de Copa do Mundo.
É interessante e muito importante colocar as jogadoras mais novas em quadra. A experiência só será adquirida com o tempo e os jogos, sendo assim, a hora é essa.
A mudança tem que acontecer de maneira gradativa e sem muitas cobranças. Errar faz parte e é preciso ter uma dose acima da média de paciência.
Isso não significa dizer que as mais rodadas e campeãs olímpicas devam deixar o time. Negativo. A verdade é que muitas delas jogaram abaixo da média nessa Copa do Mundo e ficaram devendo.
Tudo bem que a Argélia não serve como parâmetro para absolutamente nada. Porém, só o fato de estar em quadra numa competição tão importante, conta ponto para as atletas mais jovens.
Dani Lins atuou novamente como titular. Zé Roberto agiu certo. Paula e Sassá foram mantidas nas pontas, sinal claro de que Mari foi mesmo barrada por deficiência técnica na Copa do Mundo. Tandara se saiu bem e fez um jogo razoável e Adenízia e Juciely deram conta do recado.
Thaísa fez um 2011 muito melhor do que Fabiana e Zé precisará optar por Juciely ou Adenízia. Acho Adenízia infinitamente superior, mas hoje, qualquer uma delas ainda seria banco. Ainda.
Camila Brait finalmente teve uma chance de jogar. Claro que não vai vingar como ponteira passadora e sim de líbero.
Tenho curiosidade em saber como a seleção será escalada para enfrentar a República Dominicana. Dirigida pelo brasileiro Marcos Kwiek, a República Dominicana tem um time muito superior aos dois últimos adversários do Brasil. Como estamos fora da Copa do Mundo e sem a vaga para a Olimpíada, por enquanto, seria de bom senso deixar as mais jovens atuarem, até porque o resultador não vai fazer a menor diferença.