Blog do Bruno Voloch

Arquivo : novembro 2011

Saque e bloqueio funcionaram contra os Estados Unidos; Vissoto e Lucão foram os melhores da seleção brasileira
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Bruno Voloch

Foi uma vitória pra lá de convincente.

Ganhar dos Estados Unidos nunca foi fácil para a seleção brasileira, mas dessa vez, soubemos controlar bem a partida e ganhamos com relativa tranquilidade.

3 a 1 foi um placar justo e o mais importante foram os 3 pontos conquistados.

É preciso ter muita aplicação tática e manter a concentração o jogo inteiro para derrotar os norte-americanos. Não importa o torneio ou a circunstância, os Estados Unidos erram normalmente muito pouco. Diante do Brasil foi diferente. Foram 22 erros ao longo de 4 sets, número alto para eles, contra 30 pontos do Brasil. Isso mesmo. Demos 30 pontos para os Estados Unidos e cometemos erros demais, especialmente no terceiro set.

O saque da seleção foi mais eficiente e regular nos 4 sets. Sem passe, os norte-americanos sofreram e o bloqueio do Brasil conseguiu trabalhar bem. Lucão sozinho marcou 5, metade dos pontos dos Estados Unidos em todo o jogo. O Brasil fez 16 pontos nesse fundamento. Raramente a bola passava sem que fosse amortecida pelo bloqueio brasileiro.

Lucão foi um dos destaques da seleção também no ataque e deixou o jogo com 16 pontos no total, 5 de bloqueio, 1 de saque e 10 de ataque.

Devo ressaltar o bom jogo de Marlon. O levantador teve a sensbilidade, finalmente, de usar os centrais e colocar Lucão na partida. Mais do que colocar, Marlon teve a capacidade de manter o central como bola de segurança. O trabalho de Marlon foi facilitado pelo bom rendimento da linha de passe com Murilo e Serginho, principalmente.

Só que ninguém foi mais efetivo que Leandro Vissoto. 18 pontos e o nome da partida.

Vissoto se convence a cada partida da sua importância para a seleção brasileira e vice-versa. O Brasil não poderia abrir mão do talento de Vissoto e Bernardinho, como se esperava, trouxe Vissoto de volta em tempo.

A seleção agradece.


Time que derrotou os Estados Unidos é considerado o ideal pelos internautas
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Bruno Voloch

Marlon e Vissoto, Lucão e Sidão e Murilo e Giba. Serginho de líbero.

É esse o time que os leitores do blog querem ver de titular na Copa do Mundo.

Curiosamente, foi essa a escalão da seleção brasileira contra os Estados Unidos.

A pergunta feita pelo blog tinha como objetivo saber a preferência do internauta e leitor do UOL.

Murilo e Serginho foram unanimidades.

Lucão e Sidão foram muito votados e incrível foi a restrição feita ao campeão olímpico, Rodrigão. Se o jogador perdeu espaço com Bernardinho, que dirá com o leitor. Rodrigão quase não foi citado. Gustavo é outro que não tem bola para ser titular, segundo os leitores.

Giba foi bem votado, não mais que a dupla Murilo e Serginho, mas superou com sobras o companheiro Dante.

Aliás, Dante brigou mais na saída de rede com Vissoto, Théo e com os dois Wallaces.

Vissoto porém, foi o mais citado na curta e interessante pesquisa.

No caso do levantador, uma curiosidade. Rapha, levantador do Trentino e que não está entre os convocados, foi lembrado por vários internautas. Bruno foi bem citado, mas Marlon, isso mesmo, Marlon, foi o mais votado.

Até mesmo o campeão olímpico, Ricardinho, apareceu na lista.

 


Qual deveria ser a escalação da seleção brasileira masculina ?
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Bruno Voloch

Você saberia dizer qual é a escalação da seleção feminina ?

Improvável, ainda mais depois da Copa do Mundo do Japão.

A seleção masculina começa a mesma competição inovando no time titular.

Rodrigão e Giba barrados, Bruno e Théo, no banco e Vissoto de volta ao time titular. Thiago Alves, acabou cortado.

Você acredita mesmo que Bernardinho irá manter esse time até o fim ou é mais um estratégia para ser usada na competição ?

É justo Bruninho deixar a equipe após o ótimo desempenho no Pan-Americano ?

E Rodrigão ?

Como explicar Vissoto, até então dispensável, como titular de novo ?

São perguntas que talvez nem a própria comissão técnica saiba responder.

Murilo e Serginho, aparentemente são intocáveis, o que faz algum sentido.

Lucão e Sidão ganharam a posição em quadra, mas não são fortes politicamente.

E Giba ?

Independente da contusão de Dante, o craque Giba, ainda tem bola para ser titular ?

Afinal, o blog quer saber:

Qual é sua a escalação ideal para a seleção brasileira masculina ?

Você concorda com os métodos atuais de escolha ?

Nada mais justo do que ouvir a opinião dos leitores que encheram a caixa postal com milhares de comentários durante a Copa do Mundo feminina.

No fim do dia, o blog divulga a seleção dos leitores.

Boa sorte.


Escalação contra o Egito mostra controvérsias na seleção masculina
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Bruno Voloch

Diferente da seleção feminina que enfrentou de cara uma das melhores seleções do mundo, Estados Unidos, o time masculino do Brasil não teve advsersário e passeou em quadra diante do ‘poderoso’ Egito.

Resultado: 3 a 0 em pouco mais de de uma hora. Obrigação feita. Foi bom para todo mundo ‘brincar’ e entrar em quadra.

Num jogo fraco tecnicamente, Murilo foi o melhor jogador da seleção. É o máximo que dá para falar.

Em tese, a partir da segunda rodada, tirando China e Japão, a coisa é séria. Vamos aguardar.

Mas foi um dia de decisões surpreendentes e reveladoras.

Quer dizer então que Leandro Vissoto, deixado de lado após a Liga Mundial, virou titular na vaga de Théo ?

E Bernardinho barrou Bruninho para escalar Marlon ?

Tenho lá minhas dúvidas e não devo ser o único.

Assim como fez com Sidão, que deixou o ‘senador’ Rodrigão no banco, seria maravilhoso Bernardinho deixar de fato os melhores jogarem. Mas o jogo contra o Egito não serve como garantia de rigorosamente nada.

Se Marlon iniciar a partida contra os Estados Unidos e Vissoto começar como oposto, realmente é um sinal claro de que a derrota para a Rússia serviu de lição para Bernardinho.

Não que Marlon seja a solução dos problemas da seleção, longe disso, até porque a solução está longe do Japão e mais precisamente na Itália. A solução chama-se Rapha, do Trentino. Ver Marlon de titular significa dizer que ainda existe lealdade e que Bernardinho ainda ouve os mais experientes do time. É de fato um alívio.

Mas só o tempo dirá e cá entre nós, não era hora de sentir a panturrilha, Marlon …

Vissoto, descartado injustamente após a Liga Mundial, é novamente titular na saída de rede. Bem, foi o que vimos contra o ‘grande’ Egito. E Théo, como fica ?

Ou será que Théo volta contra os Estados Unidos ?

Leandro Vissoto calou muita gente nos poucos jogos que fez na Itália pelo Cuneo. Bernardinho ser rendou e chamou Vissoto de volta. Não só chamou como escalou Vissoto de titular contra o Egito. Quanta evolução.

Justiça seja feita. Nem Vissoto sabe se é titular na seleção. Quando entra em quadra, joga com profissionalismo e faz o melhor. Vissoto cansou de esperar por coerência.

O Egito não serve de parâmetro e a estratégia usada diante deles, muito menos. Não é garantia de rigorosamente nada, nem de que o time ‘titular’ será mantido.

Dante, como antecipamos, começou mas teve a infelicidade de se contundir. Cedo não ?

Giba terá chance de provar que de fato está 100%. Boa sorte.

 

 


Precavido, Bernardinho muda estilo e barra ‘medalhões’ para estreia do Brasil na Copa do Mundo
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Bruno Voloch

A filosofia mudou na seleção masculina. Não por completa, mas mudou, o que é um bom sinal.

Antiguidade parece não ser posto

O desempenho ruim da seleção feminina serviu de alerta para Bernardinho.

O treinador não quer saber do passado, agradece os serviços prestados por Rodrigão, mas o jogador será banco na estreia do Brasil na Copa do Mundo do Japão.

Rodrigão é hoje apenas a quarta opção entre os centrais. Lucão e Sidão deverão ser os titulares e Gustavo, também campeão olimpico,  a primeira opção.

Giba é outro que será reserva no início da Copa do Mundo. Mas o caso dele é diferente e o jogador estará na reserva não por deficiência técnica e sim por causa de problemas físicos. Giba teve uma séria lesão na canela e quase não foi liberado para estar no Japão. Giba era dúvida para o campeonato, mas superou as expectativas e vai dar dor de cabeça ao técnico Bernardinho.

Por sinal, o treinador vai começar a Copa do Mundo com Murilo e Dante nas pontas.

A  seleção estreia no domingo contra o Egito.

O regulamento é o mesmo do torneio feminino. As 12 seleções se enfrentam e os 3 primeiros se classificam para a Olimpíada de Londres em 2012.

Além de Brasil e Egito, disputarão a Copa do Mundo as seleções da Itália, Rússia, Polônia, Sérvia, EUA, Argentina, Irã, China, Cuba e Japão.


O sobe e desce na seleção feminina após o fracasso na Copa do Mundo; mudanças à vista
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Bruno Voloch

Terminou. Finalmente acabou a Copa do Mundo para a seleção feminina e o Brasil termina a competição com um quinto lugar decepcionante.

Vale antes de tudo ressaltar as ausências de Natália e Jaqueline e a contusão de Fernanda Garay.

Não dá para afirmar que Natália e Jaqueline estariam entre as 14, quase certo que sim, mas admitir que o resultado final seria outro, a diferença é grande. Garay também mostrou bola para ser relacionada.

Nesse caso sobrariam Camila Brait, Sassá e mais uma central ?

Pode ser.

Sassá, por sinal, só jogou a Copa do Mundo por causa da ausência de Jaqueline. Não fosse ela, Sassá, a coisa teria sido pior.

E o futuro ?

Zé Roberto precisa agir rápido, dar segurança para a levantadora, arrumar o passe, uma outra líbero, repensar a programação de 2012 e minimizar os problemas internos.

Paula Pequeno foi a melhor jogadora do Brasil na competição. Fato. Parece querer voltar aos tempos de Pequim 2008. Está longe, no caminho certo e seria muito bom se voltasse a sacar viagem. Não entendi a mudança nesse aspecto.

Mari tem um talento extraordinário, fora do comum, mas pareceu estar visivelmente deslocada. Jogou mal, sofreu com passe, mas não pode ser descartada para o futuro. Parte do grupo e Mari precisam se acertar, caso contrário, não tem ambiente que resista.

Garay fez falta. Ainda gostaria de ver mais essa jogadora em ação. Passa e ataca com eficiência, mas não sei como se comportaria atuando de titular. Precisa, assim como várias jogadoras, jogar.

Sassá é questionada por todos. Mas executou muito bem sua função e resolveu. Acho complicado Zé Roberto abrir mão dela, ainda mais depois da péssima linha de passe da seleção na Copa do Mundo. De qualquer forma, não é uma jogadora que me encanta, só que resolve.

Thaísa caiu de jogo, o saque então nem se fale e levou vários bloqueios. Foi inconstante para que tem quase 2 metros de altura. O mesmo não posso dizer de Fabiana. Digo pior. Fabizona não amortece mais as bolas no bloqueio, também perdeu força no saque e caiu assustadoramente de rendimento no ataque.

Isso não quer dizer que não possam se recuperar. É rezar para que a fase seja passageira.

Juciely é boa de grupo, companheira, mas é jogadora de time. Na seleção, não terá muito futuro.

Adenízia ganhou pontos com a comissão. Quando foi usada, mostrou determinação, empenho e coragem quando substituiu Fabiana contra a Itália. É longe a terceira melhor opção no meio e pode até, dependendo da superliga que fizer, brigar para ser titular.

Tandara aprovou. Defende, ataca, tem força no saque e deveria ter sido mais aproveitada. Uma pena. Tomara que possa ter mais chances, independente da concorrência.

Sheilla esteve muito abaixo e sobrecarregada como de hábito. A jogadora parecia cansada e muito prejudicada pelo passe ruim da seleção. É intocável, mas ficou devendo.

Fabi tem moral com a comissão técnica. Foi irregular e nem de longe lembra a Fabi de anos atrás. Passou da hora deixar Camila Brait jogar. Líbero assume o fundo e comanda o time. Fabi já fez isso, hoje não faz mais. Pena, deveria sair com dignidade. Será uma incoerência da comissão insistir com a jogadora.

Aliás, não seria justo deixar passar em branco o prêmio de melhor recepção do campeonato oferecido pelos japoneses. Deve ter sido gratificamente para Fabi.

Lembram da Marcelle ??

Pois é. Marcele também um dia foi eleita a melhor levantadora de uma competição como a Copa do Mundo. Recentemente., Dani Lins, a tão massacrada Dani Lins, recebeu o prêmio no Grand Prix.

Política não se discute e nada tenho contra a ex-jogadora, Marcelle, devo ressaltar.

Fabi está para melhor passe na Copa do Mundo,  assim como Dani foi a eleita a melhor levantadora no Grand Prix.

Camila fez de tudo e até de ponta atuou. Fica evidente que Camila, política como sempre, não quer criar problemas, mas sabe que chegou sua hora de assumir a posição.

Dani Lins sofreu com o passe da seleção, mas é imprecisa e muito previsível. A indefinição do treinador ‘mata’ Dani Lins. Dani precisa ter segurança e recuperar a confiança do grupo.

Fabíola é uma boa menina, dizem, mas não convence ninguém. Fabíola jogou razoavelmente bem o mundial de 2010 e definitivamente não consegue se firmar na seleção. Quando pode engrenar, erra e não tem perfil de levantadora de seleção. Será muito útil na temporada 2012, mas no time de Osasco. Na seleção, não dá.

O que a comissão técnica irá fazer, eu não sei. Certamente, pela inteligência de sobra que tem, Zé Roberto sabe que errou em parte da estratégia e algumas peças. Consegue pela capacidade e conhecimento de treinador, ajustar as coisas.

Único técnico campeão olímpico nas duas categorias, o que Zé não pode tolerar é indisciplina, grupinhos e jogadoras atuando apenas pelo nome. Isso não.

Não acredito em mudanças radicais, ao menos nesse ciclo, mas que alguns conceitos precisam ser revistos, precisam. O resultado da Copa do Mundo provou e por mais que existam problemas, jogadoras atuando abaixo da média e divisão de grupo, a quinta colocação é anormal.

Não será a primeira e talvez não seja a última vez que o Brasil se classifique através da América do Sul. Tomara que tenha ficado o aprendizado.


Japão derrota Estados Unidos e entrega título da Copa do Mundo para Itália; Brasil termina em quinto lugar
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Bruno Voloch

A Itália é bicampeã da Copa do Mundo.

O segundo titulo consecutivo foi conquistado com a ajuda do Japão. A seleção dos Estados Unidos precisava de uma simples vitória diante das japonesas para ficar com o título. As norte-americanas decepcionaram, foram surpreendidas pelo Japão e perderam por 3 sets a 0.

Com o resultado, a Itália terminou a Copa do Mundo com 28 pontos e apenas uma derrota, justamente para os Estados Unidos.

As norte-americanas acabaram em segundo com 26 pontos e também classificadas para Londres-2012.

A China, que venceu a Alemanha por 3 a 0, terminou em terceiro com os mesmos 26 e carimbou o passaporte olímpico.

A vitória do Japão diante dos Estados Unidos deixou a seleção brasilera apenas na quinta posição com 21 pontos. O Japão foi quarto com 24 e terá que jogar o pré-olímpico asiático em maio de 2012. O mesmo acontecerá com a Alemanha, sexta colocada, na Europa no mesmo período.

A Sérvia, atual campeã européia, não superou os desfalques e terá que brigar também no pré-olímpico europeu.

República Dominicana, Coreia, Argentina, Argelia e Quênia terão nova oportunidade de jogar a Olimpíada de Londres em seus respectivos torneios continentais.

 


Botafogo quer Paulo Autuori como treinador para 2012; técnico é unanimidade no clube
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Bruno Voloch

Paulo Autuori, treinador campeão brasileiro pelo clube em 1995, é o nome de consenso para assumir o Botafogo em 2012.

O técnico é unanimidade dentro de General Severiano, tem forte ligação afetiva com o Botafogo e muito prestígio com os dirigentes. O Botafogo já trabalha para tentar trazer o técnico.

Autuori comandava o Al-Rayyan e no meio do ano aceitou o convite para dirigir a seleção olímpica do Qatar.

No Pré-Olímpico da Ásia, o Qatar, de Paulo Autuori, está disputando a fase final da competição. O Qatar está no mesmo grupo de Omã, Arábia Saudita e Coreia do Sul e na estreia empatou em 1 a 1 com a Arábia. Dia 23 de novembro, semana que vem, o Qatar joga contra a Coreia, em Doha.

O grande empecilho poderia ser a multa rescisória. Em julho, o São Paulo tentou contratar Autuori e o Al-Rayyan exigiu cerca de R$ 3 milhões. Mas o acerto com a Federação do Qatar não seria tão complicado, acontece que o Pré-Olímpico termina apenas em 14 de março.

Paulo Autuori está com 55 anos e comandou o Botafogo em 3 oportunidades: 1995, 1998 e 2001. O último clube de Autuori no Brasil foi o Grêmio em 2009.

 

 

 

 


Botafogo: Crônica de uma tragédia anunciada
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Bruno Voloch

Caio Jr foi contratado no fim de março e nunca foi unanimidade no Botafogo.

Por sinal, acho que um dos erros da atual diretoria foi demitir Joel Santana. O atual treinador do Bahia estava fazendo um ótimo trabalho e por causa do desgaste na relação com Loco Abreu, deixou o clube. Uma pena, comentei na época, e um precedente perigoso foi aberto na ocasião.

Joel passou, Loco Abreu ficou e Caio assumiu batendo em Joel. Atitude anti-ética e de desrespeito ao antecessor. Caio prometeu um Botafogo ofensivo, jogando sempre para cima e conquistando títulos.

Ficou na promessa.

Caio Jr perdeu o campeonato carioca ( conquistado por Joel em 2010 ), foi eliminado da Copa do Brasil, saiu prematuramente da Sul-Americana e deixou o Botafogo muito ameaçado de perder a vaga na Libertadores 2012.

O treinador não deu padrão tático ao time e por causa de um jogo, se sentiu acima do bem e do mal. A vitória em cima do Corinthians por 2 a 0 no Pacaembu teve o dedo do treinador que tinha barrado Herrera e escalado o polivalente, Felipe Menezes. A partir de então, Caio Jr achou que era dono do time. Errou, se perdeu, não teve mais a confiança dos jogadores e meteu os pés pelas mãos.

Até mesmo o presidente, Maurício Assumpção, fez duras críticas ao time e treinador após a derrota de 2 a 0 para o Atlético-GO. ‘Não é possível que o Botafogo não tenha aprendido a jogar fora de casa’. Foi uma aviso.

Nem dentro e nem fora, presidente.

Caio Jr foi demitido também por suas famosas invenções. Colocou um time para jogar contra o America-MG que jamais havia treinado junto.

Como pode ? Não Pode.

Admitiu, mesmo que indiretamente, após a derrota para o Figueirense, que o primeiro objetivo era fazer 44 pontos e livrar o Botafogo de qualquer risco de rebaixamento. O Botafogo na sua grandeza tem que brigar por títulos e não fugir do rebaixamento.

Declaração pra lá de infeliz.

Caio sugeriu o zagueiro Gustavo, o meia Felipe Menezes e o atacante Alexandre Oliveira. Nenhum deles aprovou e pior, Felipe e Alexandre não eram mais escalados por Caio Jr. O técnico brigou com Marcio Azevedo, Everton e Herrera. Não tinha bom relacionamento com os jogadores citados.

A falta de critério derrubou Caio Jr. Jamais se viu na história do futebol, revezamento de laterais. Caio revezou Lucas e Alessandro na posição, alegando que um tinha poder ofensivo e o outro defensivo, ou seja, dependendo das circunstâncias do jogo, escalaria Alessandro ou Lucas. Perdeu a confiança dos dois.

O limite foi a explicação, ou a não explicação de Loco Abreu, após o resultado negativo em Sete Lagoas.

Loco disse que não sabe o que acontece com o Botafogo nessas horas e que o mesmo tinha acontecido em 2010.

Então o culpado não era Joel Santana ?

Os dirigentes deram poder demais para Loco Abreu. Nas redes sociais, os fanáticos torcedores pediam Loco Abreu de treinador. Era só o que faltava.

Caio Jr não é o único culpado, embora tenha que assumir a responsabilidade pelo fracasso do time. A diretoria errou ao não priorizar a Sul-Americana, competição que classifica o campeão para a Libertadores. Caio, que foi consultado, aceitou passivamente, como se o clube pudesse abrir mão dos dólares oferecidos pelos organizadores.

Alguém porém, precisa controlar Loco Abreu, dono do time. É inegável sua importância dentro das quatro linhas, sua personalidade forte e a identificação que tem com a torcida. Ponto. Joel caiu também por causa de Loco Abreu.

Caio e Loco Abreu tinham aparentemente um bom relacionamento.

Mas o futuro treinador do Botafogo, seja lá quem for, só deve assumir se tiver plenos poderes para escalar e jogar no esquema que desejar, sem interferência de jogador, conselheiro ou diretor.

O Botafogo demorou para demitir Caio Jr. Talvez, se tivesse demitido Caio Jr antes, o clube pudesse sonhar com o título. Ainda existe tempo de salvar a Libertadores, algo pouco provável, dependendo de quem for o escolhido para comandar o time nesses 3 jogos.

A política de não querer mudar de treinador e prestigiar o comandante, ‘matou’ o Botafogo nessa reta final. Era visível a necessidade de mudança, mas por vaidade, os dirigentes resolveram manter Caio Jr.

Pagaram para ver e o preço pode ser caro.

A falta de atitude, tirou o Botafogo da luta pelo título e pode ter custado a vaga na Libertadores.

 

 

 

 


Caio Jr não é mais o técnico do Botafogo
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Bruno Voloch

Caio Jr não é mais o técnico do Botafogo.

A diretoria demitiu o treinador na manhã desta quinta-feira.

O clube pretende anunciar o nome do novo técnico nas próximas horas.

Empresários estão procurando o presidente, Maurício Assumpção, e oferecendo nomes.

Assim que foi comunicado da demissão, Caio Jr aceitou e apenas agradeceu a oportunidade de ter trabalhado no Botafogo.