Brasil e Itália fizeram o melhor jogo da Copa do Mundo do Japão e a vitória seria merecida para qualquer um dos lados. Deu Itália, assim como poderia ter dado Brasil.

Se a seleção tivesse vencido, também seria justo.

Não me lembro de ter visto a Itália jogar tanta bola como diante do Brasil. Nos últimos anos, talvez tenha sido um dos melhores jogos dos italianos.

A Itália evoluiu, teve Lasko inspiradíssmo, bloqueou mais que a seleção brasileira e defendeu muito. Não havia bola perdida. Fazer 27 pontos contra o Brasil, como fez Lasko, é digno de elogio e não pode passar em branco. Sozinho, fez mais pontos de bloqueio que nossos centrais juntos.

Embora tenha cometidos mais erros, a Itália teve um índice de aproveitamento no saque impressionante. Esse fundamento, sem esquecer do bloqueio deles, foi um dos diferenciais.

A derrota, como muitos pensam, não significa e nem poderia, que estamos no caminho errado. Não acho. Volto a dizer que perdemos para um time que atuou taticamente muito bem e que soube anular as principais peças ofensivas da seleção.

Não mudaria nada para jogar contra a Rússia. Acho apenas que nosso saque caiu de produção se comparado ao jogo contra os Estados Unidos. Murilo ficou devendo e jogou abaixo do que poderia. Sidão fez um ótima partida e Vissoto manteve a média.

A  seleção não pode  e nem deve se apavorar. O objetivo é a classificação para a Olimpíada e o título pode ser consequência de um bom aproveitamento na competição.

Bernardinho deveria manter Marlon, Vissoto, Lucão, Sidão, Giba e Murilo. Do elenco que está no Japão, concordo que essa é a melhor formação que temos.

Sem essa de querer minar Marlon e voltar com Bruninho. Marlon, embora não me encante, precisa de segurança e ritmo de jogo. Se está melhor, dito pela comissão e provado pelas atitudes do treinador, que seja mantido no time.

Não existem culpados pela derrota. Perdemos, assim como cansamos de ganhar deles no tie-break.