Blog do Bruno Voloch

Arquivo : abril 2011

William, Wallace e a torcida do Cruzeiro fizeram a diferença em Contagem
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Bruno Voloch

É inegável a ascenção do Vôlei Futuro na superliga.

Após uma campanha irregular na fase de classificação, o time cresceu, passou por cima da Cimed, mas esbarrou numa equipe muito bem armada.

O Cruzeiro de Marcelo Mendez não tem estrelas, porém possui um jogo coletivo impressionante. Fora isso, o levantador William e o oposto Wallace estão fazendo a diferença. Nos 3 a 2 da primeira partida, William e Wallace foram espetaculares.

Estaria cometendo uma grande injustiça se não lembrasse dos centrais Acácio e Douglas e dos pontas Felipe e Léo Mineiro. Mas eles 4 que me desculpem, a noite em Contagem foi de William e Wallace.

A torcida do Cruzeiro teve papel decisivo na vitória do time. Exemplo a ser seguido em termos de incentivo e nesse caso faz bem ter a torcida acostumada com o futebol ao lado. Nesse caso.

Errar é humano e sinceramente não acho que Cezar Douglas seja o único culpado pelo erro de substituições no quarto set. O time ficou sem Ricardinho, mas mesmo assim venceu. Ganhou por causa da competência de Lucão. Simples.

Alex Raimundo, um dos assistentes de Cezar, deveria ter ajudado o treinador. Durante uma partida decisiva como essa, o técnico tem várias preocupações na cabeça, precisa passar orientações a todo instante e cabe aos assistentes a marcação das jogadas do adversário, a anotação do número de alterações, assim como os pedidos de tempo. Erraram todos da comissão.

Mas o vôlei é mesmo incrível.

Com o emocional todo a favor após empatar o jogo e ganhar o quarto set sem levantador em quadra, eis que o Cruzeiro entra de maneira forte e agressiva em quadra no tie-break sem dar chances ao Vôlei Futuro.

O tal do camisa 18 assume a responsabilidade e resolve retribuir todo o carinho e apoio dos torcedores. Wallace esteve impecável.   

O Cruzeiro venceu com méritos e está perto da final.


Após fracasso na superliga, Cimed e Pinheiros estudam fusão e sede deve ser em São Paulo
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Bruno Voloch

As novidades não param no vôlei masculino.

Enquanto o Rio de Janeiro confirma a formação de um novo time para a temporada 2011/12, a Cimed e o Pinheiros devem anunciar no início da semana a fusão das duas equipes.

A sede deverá ser em São Paulo.

O Pinheiros vai manter o patrocínio atual da Sky e terá ainda o apoio da Cimed.

Vários jogadores do atual elenco do Pinheiros serão liberados e Mauro Grasso não será o treinador. Marcos Pacheco, atual técnico da Cimed, deve ser mantido no cargo.

Giba e Gustavo estão certos na equipe até porque o contrato deles termina apenas em maio de 2012. Bruninho, pretendido pelo Rio de Janeiro, Éder e o oposto Bob fazem parte dos planos da futura comissão técnica.

Os dirigentes e representantes das duas equipes e mais os responsáveis pelos patrocinadores, vão se reunir durante a semana que vem em São Paulo e oficializar o negócio.


Vôlei Futuro derruba exigência da TV Globo e jogará semifinal da superliga em Araçatuba
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Bruno Voloch

A torcida de Araçatuba pode comemorar.

O segundo jogo semifinal entre Vôlei Futuro e Cruzeiro será realizado no ginásio Plácido Rocha em Araçatuba no dia 9 de abril.

A TV Globo havia solicitado a mudança do local para Barueri. Sem alternativa, a CBV confirmou a alteração no início da semana.

Após a absolvição no julgamento do STJD, a diretoria do clube resolveu encarar a emissora detentora dos direitos de transmissão e iniciou uma verdadeira batalha para levar a partida de volta para Araçatuba.

A versão oficial da Globo é de que o ginásio não havia sido aprovado e que necessitava de uma nova vistoria. Vistoria foi feita e o local liberado.

Uma pessoa ligada à CBV disse ao blog que a Globo estava com receio do comportamento da torcida do Vôlei Futuro, caso o jogo fosse mantido para Barureri. Com isso, a emissora voltou atrás e sinalizou positivamente para que a partida fosse jogada em Araçatuba.

Essa foi a primeira vez na história da competição que um clube faz prevalecer seus interesses mediante interesse da TV Globo.


Eliminado, Macaé ‘morreu’ abraçado à sua filosofia e com Camila Adão em quadra
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Bruno Voloch

O confronto entre Vôlei Futuro e Macaé tinha um favorito: Vôlei Futuro.

Mas o time de Macaé poderia ter ido além na superliga. Macaé se perdeu justamente quando venceu o próprio Vôlei Futuro na reta final do returno por 3 a 2.

A vitória histórica contou com a audácia do treinador Alexandre Ferrante que mexeu com propriedade no time e foi premiado com a bela atuação da levantadora Luíza.

Barrada, Camila Adão não pensou assim. A história é conhecida e não faço a mínima questão de perder tempo falando de quem não merece mais do que uma linha.

Após esse lamentável episódio de anti-profissionalismo, curiosamente Macaé não venceu mais. Foram 4 jogfos e 4 derrotas, duas delas já nas semifinais para o Vôlei Futuro.

Culpar Camila Adão somente seria injusto, até porque ela não tem bola para ganhar jogo sozinha. Mas ajudou a perder, colaborou muito para a eliminação de Macaé, isso é óbvio.

Alexandre Ferrante, que novamente mostrou ser um bom treinador na despedida do time na superliga, também tem sua responsabilidade. Alexandre deveria simplesmente ter exigido que Camila Adão fosse dispensada após a jogadora ficar fora do jogo contra Osasco. Não fez e pagou caro pela omissão.

Alexandre perdeu Camila e por tabela Luíza.

Ele mesmo confessou ter sido pressionado pela torcida para escalar Camila. Talvez receoso com seu futuro, Alexandre aceitou a imposição e escalou Camila como titular nas duas partidas.

O esporte em pleno ano de 2011 não permite mais esse tipo de amadorismo. O preço é alto demais.

Esse triste episódio de quebra de hierarquia, não vai tirar o brilho da boa campanha de Macaé na superliga, mas deixa uma interrogação no ar quanto ao futuro de Camila e de Alexandre.

Pode ser que após a eliminação, Alexandre tenha coragem de falar, até porque não deve permanecer em Macaé para a próxima temporada. Camila deve explicações a ela mesma e as companheiras. Camila pode ficar em paz e tranquila, porque é querida na cidade e tem o apoio da torcida e do presidente.

O mais triste é que Macaé deixa a superliga jogando bem e encarando de igual para igual o Vôlei Futuro. Gabriela é uma revelação, Fernanda Ísis  cresceu nas finais e Luiza mostrou novamente seu valor quando solicitada na derrota por 3 a 1.

Dizer que Macaé perdeu para ele mesmo seria uma tremenda injustiça com o Vôlei Futuro, mas que as brigas internas e vaidades ajudaram, não tenho dúvidas em afirmar.

Por essas e outras, Macaé não pode reclamar da eliminação e não merecia sorte melhor. O time morreu abraçado a sua filosofia de trabalho.


Osasco e Vôlei Futuro não fizeram mais do que obrigação; estar entre os 4 era o mínimo
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Bruno Voloch

Osasco encarou a passagem para a semifinal da superliga como um fato normal. Da fato faz sentido. Osasco é o atual campeão brasileiro e o time foi montado para ser campeão. Se vai conseguir é uma outra questão.

Já as jogadoras do Vôlei Futuro entraram para a recente história do clube. Pela primeira vez, o time de Araçatuba é semifinalista da superliga. Classificação merecida, mas assim como Osasco, o time foi montado para também ficar com o título.

A vaga alcançada pelo Vôlei Futuro deve ser um pouco mais valorizada pois enfrentou nas quartas um adversário um pouco mais qualificado. O Vôlei Futuro segue sendo instável no passe e existem falhas no sistema defensivo. Como não tem obrigação de ser campeão, segundo a diretoria, deve jogar menos pressionado as semifinais.

A boa para o time é a ótima fase de Ana Cristina e a recuperação de Joycinha. Ana está com moral, jogando fino, sem sentir a pressão e com personalidade.

Osasco está longe do que considero o ideal. Eu e acho que Luizomar de Moura. A volta de Jaqueline dá segurança ao time em todos os sentidos, mas Jaque ainda sente claramente a falta de ritmo de jogo.

Osasco e Vôlei Futuro devem deixar a comemoração de lado. Os dois se classificaram, mas pelo elenco e investimento feito, não fizeram mais do que obrigação.