William, Wallace e a torcida do Cruzeiro fizeram a diferença em Contagem
Bruno Voloch
É inegável a ascenção do Vôlei Futuro na superliga.
Após uma campanha irregular na fase de classificação, o time cresceu, passou por cima da Cimed, mas esbarrou numa equipe muito bem armada.
O Cruzeiro de Marcelo Mendez não tem estrelas, porém possui um jogo coletivo impressionante. Fora isso, o levantador William e o oposto Wallace estão fazendo a diferença. Nos 3 a 2 da primeira partida, William e Wallace foram espetaculares.
Estaria cometendo uma grande injustiça se não lembrasse dos centrais Acácio e Douglas e dos pontas Felipe e Léo Mineiro. Mas eles 4 que me desculpem, a noite em Contagem foi de William e Wallace.
A torcida do Cruzeiro teve papel decisivo na vitória do time. Exemplo a ser seguido em termos de incentivo e nesse caso faz bem ter a torcida acostumada com o futebol ao lado. Nesse caso.
Errar é humano e sinceramente não acho que Cezar Douglas seja o único culpado pelo erro de substituições no quarto set. O time ficou sem Ricardinho, mas mesmo assim venceu. Ganhou por causa da competência de Lucão. Simples.
Alex Raimundo, um dos assistentes de Cezar, deveria ter ajudado o treinador. Durante uma partida decisiva como essa, o técnico tem várias preocupações na cabeça, precisa passar orientações a todo instante e cabe aos assistentes a marcação das jogadas do adversário, a anotação do número de alterações, assim como os pedidos de tempo. Erraram todos da comissão.
Mas o vôlei é mesmo incrível.
Com o emocional todo a favor após empatar o jogo e ganhar o quarto set sem levantador em quadra, eis que o Cruzeiro entra de maneira forte e agressiva em quadra no tie-break sem dar chances ao Vôlei Futuro.
O tal do camisa 18 assume a responsabilidade e resolve retribuir todo o carinho e apoio dos torcedores. Wallace esteve impecável.
O Cruzeiro venceu com méritos e está perto da final.