Diferença que vem do banco
Bruno Voloch
Não dá simplesmente para ignorar os 27 pontos de Thaisinha.
Seria absurdo.
Muito menos o bom e surpreendente jogo da oposta Paula, grata revelação, e o aproveitamento de Mara no bloqueio.
Elas de fato foram as destaques da classificação do São Caetano para a final do campeonato paulista após 7 anos sem disputar a decisão.
O grande responsável porém foi o Haírton Cabral, técnico do time.
O treinador, com orçamento infinitamente inferior ao adversário, no caso o Sesi, de Talmo de Oliveira, fez sua equipe jogar como grande, não sentiu a responsabilidade e atuou com muita personalidade e confiança.
Haírton foi cirúrgico nas alterações e o São Caetano sempre agressivo e disciplinado taticamente.
Abriu 2 a 0 e acabou deixando a ansiedade tomar conta do time, algo natural, o que ajudou o adversário a empatar a partida.
Do outro lado Talmo dava sinais evidentes de insegurança. Era um entra e sai interminável.
Suelle, Mari e Pri Daroit se revezaram em quadra.
O Sesi parecia pouco comprometido, prova disso foram os vários erros de saque no quinto set.
Haírton foi corajoso.
Preferiu decidir o jogo no tie-break e evitar o possível golden set. Escalou a jovem Sonaly de início.
Enquanto Thaisinha seguia virando e pontuando, quem vinha do banco, casos de Joyce e Dani Suco, dava conta do recado.
Vitória de um time, contra um bando dentro de quadra.