Quem te viu, quem te vê
Bruno Voloch
Seria cômico, se não fosse trágico.
Mal elaborada, a Superliga começa absolutamente esvaziada, com regulamento ultrapassado e sob olhar de desconfiança dos clubes contra a 'nova CBV'.
A simples troca de comando com a chegada de Radamés Lattari não muda o cenário até porque Renato D' Ávila, coitado, não era o único culpado.
Pobre Superliga.
Bons tempos em que o campeonato era comparado aos tops da Europa. Hoje não.
A desistência do Volta Redonda 15 dias antes do início do torneio foi ridícula. Puro amadorismo.
O Sada/Cruzeiro, que vetou a inclusão do Voleisul, foi obrigado a aceitar a participação do clube gaúcho para não 'quebrar' a tabela.
Por sinal, o time mineiro, atual campeão, divide o favoritismo com Taubaté e Sesi.
São em tese as três equipes mais credenciadas.
O Cruzeiro ganha no entrosamento, camisa e aspecto físico, normalmente com jogadores sempre mais inteiros.
O Sesi conta com Lucão, melhor jogador do Brasil, mas sofre novamente e para variar com a ausência de Murilo, mesmo caso de Sidão em Taubaté.
Campinas pode se beneficiar dos constantes problemas de Sesi e Taubaté e beliscar. Mas está em segundo plano.
Os 4 times porém dificilmente deixarão de estar nas semifinais.
Maringá pode aprontar. Tem um técnico inteligente e o levantador mais credenciado de todos. Disparado. Ricardinho, se ainda estiver disposto, faz a diferença.
A equipe de Canoas costuma sempre fazer um bom papel e ganhou como fator motivacional a presença do rival Voleisul.
Do Minas, quem diria, se pode esperar muito pouco.
Para Montes Claros, São Bernardo, Juiz de Fora e o novato São José, que figuram no pelotão de baixo, conseguir a classificação para os playoffs será um grande resultado.