Vitória no hino; vitória na bola
Bruno Voloch
Milão ( Itália ).
E a Itália chegou.
Se existia alguma dúvida, agora não existe mais.
Aqueles que insistiam em afirmar que as italianas não iriam longe no mundial, agora se renderam de vez.
A Itália não é mais uma interrogação.
Virou realidade e os Estados Unidos sentiram na pele.
Diante de aproximadamente 8 mil fanáticos torcedores, as italianas fizeram 3 a 0.
E jogaram bola.
Muita bola.
Vitória essa que começou na hora do hino nacional.
Foi de arrepiar.
Mediolanum Forum viveu o ápice.
Contagiante para quem estava de fora, assistindo, trabalhando, imagina para as jogadoras dentro de quadra.
Difícil destacar somente uma jogadora no conjunto italiano.
Del Core, Carolina Costragrande, Nadia Centoni, Arrighetti e Chirichella. Todas jogaram muito bem.
Ninguém porém jogou mais bola do que Eleonoara Lo Bianco.
Ágil, disciplinada e cirúrgica, a levantadora destoou.
Os Estados Unidos foram uma decepção. O tão badalado Kyraly idem.
O treinador foi mal.
Foi o próprio reflexo de sua seleção dentro de quadra. Sem reação , assistiu passivamente suas jogadoras serem atropeladas.
Só foi resolver alterar o time quando o jogo estava perdido com 19.14 no terceiro set. Tarde demais.
Marco Bonitta saiu com os louros da vitória. Se já era complicado aturar o técnico, agora então, Aliás, Boniita teve muita sorte. A precipitada alteração quando fez entrar Piccinini no primeiro set quase custou caro.
O treinador usou porém com inteligência Ferretti e Diouf na inversão. Foi salvo.
Kyraly terá muito trabalho.
O resultado mexe com o emocional, derruba moral e deixa claro que Larson está muito distante das condições físicas ideais.