Blog do Bruno Voloch

Contradição e ameaça em vão

Bruno Voloch

Interessante a entrevista de Sanny Bertoldo com Bernardinho publicada no último domingo no jornal O Globo.

Interessante e contraditória.

O técnico disse que não será conivente e se o sistema na CBV não mudar não irá permanecer.

A declaração parece contraditória.

As coisas na CBV já estão mudando e hoje o grupo que toca entidade é formado basicamente por gente de confiança de Bernardinho. Renan, Radamés e Neuri Barbierie estão trabalhando na CBV indicados e escolhidos pelo treinador.

Ary Graça, desafeto de Bernardinho, em tese está distante e apenas atuando como presidente da FIVB, Federação Internacional de Vôlei.

O prestígio de Ary, até provem o contrário, segue inabalável na Suíça. O dirigente continua mandando e ditando as regras e a CBV, assim como todas as confederações e federações do mundo inteiro, segue subordinada à FIVB.

A ameaça de deixar de treinar a seleção masculina não chega a ser nenhuma novidade. Não é a primeira e nem será a última vez que Bernardinho usa desse antídoto. Ameaça em vão.

O técnico, pelo menos até o fim dos jogos olímpicos do Rio em 2016, segue dirigindo a seleção, ainda mais diante do novo cenário na CBV.

Bernardinho porém tem razão quando diz que as confederações não podem ter apenas presidentes de federações elegendo seus presidentes. Essa é uma briga bem maiora e envolve gente grande e com poder dentro do COB.

Mudar o atual sistema será bem mais complicado do que tirar Ary Graça da CBV.