Blog do Bruno Voloch

Crise no time de Eike Batista motivou denúncias de Bernardinho

Bruno Voloch

As irregularidades em contratos de patrocínios na CBV não vieram à tona por acaso.

A crise financeira do antigo RJX, do grupo, EBX, de Eike Batista, contribuiu e tem ligação direta com o escândalo envolvendo Ary Graça, atual presidente da FIVB, Federação Internacional de Vôlei.

O relacionamento entre Ary e Bernardinho nunca foi dos melhores e se arrasta desde os tempos da extinta equipe de vôlei feminino da Supergasbrás no Rio de Janeiro na década de 90 onde Ary era o responsável jurídico da empresa.

Os resultados incontestáveis e os títulos na seleção seguravam Bernardinho no cargo e obrigavam Ary a não trocar o treinador.

Após a derrota na final olímpica de 2012, Ary tentou sem sucesso mexer na comissão técnica

A crise entre os dois piorou desde a criação do RJX, de Eike Batista.

Bernardinho, como é de conhecimento geral no meio do vôlei, ajudou na formação do projeto e na montagem do time desde a fundação em abril de 2011. Jogadores como Marlon, Dante, Lucão e Théo, até então da seleção brasileira, vieram para o Rio de Janeiro.

José Inácio Salles, homem de confiança de Bernardinho na seleção, é o atual presidente do RJ Vôlei, nome usado desde a saída da empresa de Eike.

O RJ Vôlei ainda planeja entrar na justiça contra a OBX pela empresa ter abandonado o projeto sem aviso prévio.

Diante da caótica situação financeira desde agosto de 2012, Bernardinho pediu inúmeras vezes ajuda ao então presidente da CBV, Ary Graça. O dirigente negou. O técnico alertou que alguns atletas, incluindo o filho Bruno, poderiam deixar o país o que seria diretamente prejudicial para a seleção brasileira. Ainda assim, Ary não se sensibilizou.

A debandada foi inevitável.

Leandro Vissoto e Thiago Alves, jogadores campeões mundiais e prata na olimpíada de Londres, abandonaram o barco.

Bernardinho foi responsável, deu aval para a contratação e convenceu Vissoto, que estava jogando no exterior, para atuar no clube. O técnico ainda encaixou Rodrigão no projeto, mas o mesmo durou pouco no clube e desistiu sem retorno financeiro.

Pacientemente, Bernardinho agiu nos bastidores, conforme informações reveladas pelo blog do companheiro Erich Betting, e aproveitou sua influência com a antiga cúpula da CBV. Reuniu documentos, informações e usou de 'amizades' fora da quadra para não se comprometer e detonar o caso indiretamente.

O técnico, nega os fatos, não admite, o que é natural, mas teve participação decisiva no vazamento das denúncias de irregularidades na CBV.

Uma fonte ligada ao ex-mandatário do vôlei brasileiro, Ary Graça, confirmou ao blog:

'Eles nunca se cruzaram, mas eram obrigados a conviver. Um porque mandava, o outro porque ganhava. O Bernardo já estava p… com a situação e o descaso com o RJX foi o limite'.

Diante do cenário, Bernardinho foi ganhando terreno e passou a exigir mudanças. Prova disso foi a chegada de Renan, revelada pelo blog em primeira mão semanas antes e só depois confirmada pela entidade.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2013/10/22/bernardinho-indica-cbv-acata-e-renan-assume-superliga/

Depois, não parou mais e vieram Radamés Lattari, Leila e Neuri Barbieri, esse na vaga de Marcos Pina, na superintendência da entidade, antigo desafeto de Bernardinho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O RJX, que recentemente conquistou a superliga, deve diminuir o investimento e está procurando parceiros.

A empresa não admite oficialmente, mas esse é o cenário atual.

A OSX, do grupo EBX, de Eike Batista, acumulou prejuízo de R$ 32,7 milhões em 2012. Semana passada, o grupo demitiu cerca de 80 funcionários.

Ainda não se fala em crise abertamente no vôlei, mas a tendência é que os gastos sejam reduzidos em 40% e somente uma parceria com novos investidores poderia garantir a manutenção do projeto em alto nível.

os fatos que

acumulou prejuízo de R$ 32,7 milhões em 2012. Semana passada, o grupo demitiu cerca de 80 funcionários.

Ainda não se fala em crise abertamente no vôlei, mas a tendência é que os gastos sejam reduzidos em 40% e somente uma parceria com novos investidores poderia garantir a manutenção do projeto em alto nível.

Bernardinho sempre esteve ligado diretamente ao projeto do RJX

 

Bernardinho, atual treinador da Unilever e da seleção masculina, teve participação direta de irregularidades em contratos de patrocínios na CBV