Blog do Bruno Voloch

Arquivo : julho 2012

Seleção lembra o passado, tem atuação de ‘gente grande’ e ganha moral na Olimpíada
Comentários Comente

Bruno Voloch

O mais otimista torcedor brasileiro não poderia imaginar uma vitória de 3 a 0 sobre a Rússia.

Acho muito complicado que os jogadores ou alguém da comissão técnica pensasse em algo semelhante. Aconteceu.

Simplesmente aconteceu.

Um resultado como esse dá moral, traz de volta o prestígio e acima de tudo o respeito. Mostra que a seleção brasileira está viva.

O Brasil foi agressivo do início ao fim do jogo, esteve concentrado, não aceitou provocações e ganhou com sobras. Sobrou tanto quanto no jogo contra a Tunísia. Incrível.

É bem verdade que a Rússia abusou dos erros. Um set inteiro de graça. Desespero em tirar o passe das mãos do levantador brasileiro.

A exibição diante dos russos nos enche de esperança, mas não podemos achar que a olimpíada terminou. Falta muito, como bem disse Bernardinho. Mas foi um grande passo.

O Brasil precisa pensar um jogo por vez. Esse é o segredo.

Quando dá tudo certo, não existe espaço para as dores ou reclamações.

Se Dante tem mesmo problema no joelho, como o próprio treinador admitiu, ninguém viu. Murilo suportou bem as dores no ombro e foi o maior pontuador.

Bruno parecia ‘dopado’. Dopado de vontade de ganhar, de energia e contagiou os companheiros.

O Brasil teve postura acima de tudo.

Lucão foi fundamental no fim do terceiro set.

A realidade entre Brasil e Rússia não é essa. O segundo set talvez serve como lição e não podemos nos iludir.

O grupo é experiente e vai saber administrar tamanha euforia.

A seleção estava devendo uma atuação de ‘gente grande’ e gastou a bola. Finalmente.

 


Reserva na seleção, Fernanda Garay contraria a lógica e é destaque nas estatísticas
Comentários Comente

Bruno Voloch

As estatísticas revelam números surpreendentes após a segunda rodada dos jogos olímpicos de Londres e contrariam a lógica na seleção brasileira.

Fernanda Garay, reserva da seleção, é a jogadora que aparece como destaque do Brasil.

Garay tem a melhor recepção do torneio, superando Kryuchkova, da Rússia e Larson, dos Estados Unidos.

A atleta entrou nos dois primeiros jogos do Brasil na olimpíada. Diante da Turquia substituiu Paula Pequeno e deixou a titular no banco. Contra os Estads Unidos a história se repetiu. Jaqueline saiu e não voltou mais. Garay terminou em quadra.

A expectativa era de que Garay começasse entre as 6 na partida dos Estados Unidos, mas José Roberto Guimarães optou em manter Paula.

Nos demais fundamentos, a central Fabiana aparece como segunda melhor bloqueadora. Gioli, da Itália, lidera.

A coreana Kim é a maior pontuadora da competição, seguida de Hooker dos Estados Unidos.


Amedrontado e inseguro, Brasil mostra falhas na recepção e joga sem ponteiras; EUA beiram a perfeição
Comentários Comente

Bruno Voloch

Aconteceu o que ninguém desejava.

Aconteceu o que a gente previa.

Se mantivesse o nível da atuação diante da Turquia, a seleção seria derrotada pelos Estados Unidos.

Não deu outra.

Passiva, a seleção brasileira estava amedrontada. Jogou com medo os dois primeiros sets e foi facilmente derrotada.

Os Estados Unidos estavam impecáveis. Fizeram um jogo brilhante e taticamente as norte-americanas estiveram perfeitas nos sets iniciais.

Tirando alguns momentos do terceiro set, Brasil jamais achou o tempo de bloqueio dos Estados Unidos. Do outro lado, todas as bolas eram amortecidas.

Nossas ponteiras não são confiáveis. Paula e Jaqueline foram extremamente inconstantes. Não tivemos passe e Fernandinha foi obrigada a trabalhar com o passe fora da rede a maior parte do tempo. Por conta da péssima recepção, as centrais não foram usadas. Thaísa e Fabiana quase não jogaram.

Fernanda Garay entrou novamente muito bem e merece ser mantida.

Zé Roberto tentou de tudo, alternou Dani e Fernandinha, mas o problema estava no aproveitamento do ataque e também no passe.

Os Estados Unidos foram muito mais regulares e venceram com méritos.


Kim Yeon Koung brilha, marca 34 pontos e Coreia vence primeira em Londres
Comentários Comente

Bruno Voloch

A Olimpíada está longe do fim, aliás, está apenas no começo.

Mas dificilmente a coreana, Kim Yeon Koung, deixará Londres sem alguma premiação individual.

Mesmo na derrota para os Estados Unidos por 3 a 1, Kim já havia se destacado com 29 pontos.

No segundo jogo da Coreia nos jogos olímpicos, Kim fez melhor. A jogadora marcou 34 pontos na vitória diante da Sérvia.

Kim, considerada uma das melhores jogadoras do mundo na atualidade, acertou 28 ataques, fez 5 pontos de bloqueio e 1 ace.

Ela foi a responsável direta pelos primeiros 3 pontos das coreanas na competição.

A Sérvia, atual campeã da europa, já está em situação complicada na tabela. Essa foi a segunda derrota seguida da seleção. No primeiro jogo, as sérvias perderam de 3 a 1 para a China. A Sérvia está jogando a competição com vários desfalques, entre elas a capitã, Nikolic.

Mihajlovic e Djerisilo atuaram mal e decepcionaram. Starovic se salvou e fez 16 pontos.

A Sérvia enfrenta a Turquia na quarta-feira e a Coreia terá o Brasil como adversário


Convincente, China ‘mata’ Turquia no bloqueio e conquista segunda vitória em Londres
Comentários Comente

Bruno Voloch

Distante dos holofotes e longe de ser considerada uma das favoritas, a China vai fazendo seu papel em Londres.

Abrindo a segunda rodada, a China derrotou a Turquia e segue 100% nos jogos olímpicos.

O jogo terminou 3 a 1, mas as chinesas tiveram chance de fazer 3 a 0. As parciais foram de 25/20, 25/20, 29/31 e 25/22.

Mesmo com dificuldades para marcar as principais atacantes da Turquia, Darnel e Erdem fizeram 16 pontos cada, a China dominou completamente o jogo. O bloqueio foi o ponto alto da China e rendeu 17 pontos para as asiáticas. A Turquia fez apenas 6.

Ruoqi Hui foi a melhor em quadra com 21 pontos. Foram 14 pontos de ataque, 5 de bloqueio e 2 de saque. Wang e Yang, regulares como de hábito, também foram importantes do lado da China.

O resultado deixa a China com 6 pontos e duas vitórias. A Turquia fica com 1 ponto.

Na quarta-feira, dia 1, a Turquia encara a Sérvia e a China terá pela frente os Estados Unidos.


Bernardinho acerta, escala o time ideal e Brasil atropela Tunísia
Comentários Comente

Bruno Voloch

Ninguém esperava outro resultado que não fosse 3 a 0.

Ótimo.

O Brasil venceu com extrema facilidade na estreia dos jogos olímpicos contra a Tunísia.

Alguns pontos devem ser destacados na vitória da seleção.

Os jogadores tiveram a capacidade de manter a concentração durante os 3 sets, talvez o mais complicado quando se enfrenta adversários tão fracos tecnicamente como a Tunísia.

Vi um time mais alegre, menos tenso, mais solto em quadra e agindo com naturalidade.

Vi também 21 erros, números preocupantes diante da Tunísia.

Bernardinho escalou o que tem de melhor sem se preocupar com a força política de Giba, Ricardinho e cia.

O treinador colocou todos na ‘brincadeira’ e apresentou a olimpíada para os mais novos, caso de Wallace. 

Não tivemos nenhum destaque individual. É cedo. Murilo e Dante não podem ser julgados pelo jogo que fizeram contra a Tunísia. Também é cedo dizer que estão recuperados fisicamente. Giba ensaiou alguns ataques interessantes, mas a Tunísia não serve como referência.

Acho que a seleção pode apresentar muito mais e certamente não mostrou tudo que irá apresentar em Londres. Que bom. 

Agora, acabou a moleza.


Paula Pequeno pode ser barrada para partida contra os Estados Unidos
Comentários Comente

Bruno Voloch

A estreia contra a Turquia parece mesmo não ter agradado ao técnico da seleção feminina, José Roberto Guimarães.

Para o jogo contra os Estados Unidos, nesta segunda-feira, o treinador pode barrar Paula Pequeno.

A jogadora foi substituída contra a Turquia no segundo set e não voltou ao jogo.

Fernanda Garay entrou e não saiu mais.

Garay pode ser escalada de início.

A decisão ainda não foi tomada pela comissão técnica. Os integrantes, Paulo Coco, Claudio Pinheiro e Boni, estão divididos. Embora trabalhe em grupo, vai prevalecer a escolha de Zé Roberto.

A força do saque dos Estados Unidos preocupa o treinador. Paula e Fabi foram mal no passe contra a Turquia. Como a líbero tem lugar cativo no time, pode sobrar para Paula.

O time titular só será divulgado momentos antes do jogo.


Ótimo jogo de Mikhaylov e bom desempenho da Argentina na abertura do vôlei masculino
Comentários Comente

Bruno Voloch

Bulgária, Rússia e Argentina passaram sem sustos pela primeira rodada do torneio masculino.

Vi os 3 jogos e confesso que o desempenho da Rússia, diante da Alemanha, foi o que mais agradou.

Mikhaylov, 21 pontos, acabou com o jogo. Fez um partidaço e mostrou estar totalmente recuperado da contusão no tornozelo. Os sites russos dizem que ele não estava 100%. Não ?

Imagine então quando estiver inteiro.

A Alemanha conseguiu equilibrar apenas o primeiro set ( 31/29) e depois foi facilmente batida com 25/18 e 25/17. 

O saque e o bloqueio da Rússia foram extremamentes agressivos.

Antes, a Bulgária venceu fácil a Grã-Bretanha por 3 a 0. Jogo fraco tecnicamente e com direito a 26/24 no terceiro set. A Bulgária ganhou, mas não deve ir longe na olimpíada.

A Argentina venceu com sobras a Austrália. 3 a 0 com 25/21, 25/22 e 25/20. Os argentinos controlaram o jogo, não foram ameaçados e tiveram em Conte e Sole os destaques.


Botafogo não convence e vai de mal a pior
Comentários Comente

Bruno Voloch

Não existe limite para o sofrimento do torcedor do Botafogo.

Aquele time que deu ( falsas ) esperanças ao torcedor depois de vencer Corinthians e Bahia, voltou ao normal.

Foram 4 jogos sem conseguir vencer. Quase 1 mês …

Curiosamente, desde a estreia de Seedorf, o time não ganhava. Evidente que tratava-se de um simples, mas triste coincidência. Com Seedorf em campo, o Botafogo passava em branco. Agora, não mais.

Não existe esquema definido e Oswaldo muda do 4-5-1 para o 4-4-2. Ou seria do 4-4-2 para o 4-5-1 ?

Seja qual for o esquema, o Botafogo não tem esquema.

A torcida perde a confiança. A cada rodada que passa, menos gente vai ao Engenhão. E nem chegamos ao fim do primeiro turno.

O Botafogo de hoje não tem criativade.

Diante do limitado time do Figueirense, ficou clara a fragilidade do Botafogo. No limite, no sufoco e na base da sorte, fez 1 a 0.

Vitor Junior passou a ser esperança. E quando Vitor Junior é a esperança, é sinal de que o Botafogo está perto do desespero.

Imagino o que o torcedor sentiu quando ouvir de Seedorf no intervalo que o time tinha feito um ótimo primeiro tempo.

Quando, Seedorf ?

Que imaginação fértil do simpático Seedorf.

A realidade é que o Botafogo vai de mal a pior.

A defesa é instável, o meio de campo não cria e o ataque é absolutamente inexpressivo.

Quantas oportunidades  de gol criou o Botafogo ?

Quantas vezes Jefferson salvoo o Botafogo ?

Se não fosse o goleiro com suas defesas salvadoras, uma delas aos 44 do segundo tempo, o Botafogo teria amargado no máximo um empate dentro de casa.

Quem atualmente se salva é Marcio Azevedo. Seedor pela boa vontade e simplicidade. Bola que é bom, nada.

Quem deve ser cobrado é Oswaldo de Oliveira. O técnico não consegue dar padrão ao time. Vencer o último colocado era obrigação.

O Botafogo de hoje é feio, atua de maneira burocrática e vai de mal a pior.


Seleção tem apagão, se salva no bloqueio e sofre para vencer Turquia
Comentários Comente

Bruno Voloch

Para uma estreia em olimpíada, o saldo é preocupante.

A seleção ganhou por 3 a 2 da Turquia, mas pode e precisa evoluir na competição. Caso contrário, não deve ir longe.

Foi apenas o primeiro jogo é verdade, mas o suficiente para deixar o torcedor assustado.

O bloqueio do Brasil foi o melhor fundamento da nossa seleção. E só.

Fabiana e Thaísa se destacaram.

A linha de passe do Brasil encontrou dificuldades em determinadas passagens de rede. Paula Pequeno e Fabi não deram conta do recado.

Sheilla pode ser mais acionada por Fernandinha nas próximas partidas.

Aliás, Fernandinha atuou com tranquilidade, não inventou e fez o básico. O único erro foi não ter usado Sheilla como deveria.

A Turquia deve dar trabalho no futuro e pode roubar pontos também dos Estados Unidos e da China. Se tivesse errado menos, talvez tivesse vencido a partida contra o Brasil.

Com a entrada de Fernanda Garay, o Brasil foi mais equilibrado em quadra. A recepção cresceu e no ataque Garay rendeu mais que Paula.

Dani Lins e Tandara, que entraram em todos os sets, não mudaram o cenário do jogo quando foi preciso. Quando apareceram no quarto set, complicaram o jogo. O técnico, José Roberto Guimarães, ficou sem tempo e sem substituição.

A entrada de Natália foi inexplicável e parecia obrigação, leia-se, satisfação., após o corte de Camila. Tomara que ela ganhe ritmo para o restante da olimpíada e seja importante.

Não pode a  seleção abrir 18/10 e entregar o quarto set como aconteceu. O time sofre com apagões sem sentido para uma equipe rodada e com tanta bagagem. Parecia a seleção do Grans Prix. Ou é a seleção do Grand Prix ?

No tie-break prevaleceu a maior experiência da seleção. Mesmo no sufoco e sem convencer, fechamos o jogo em 3 a 2.