Ainda é cedo, mas se a primeira impressão é a que fica, o Sesi não deve ir longe na temporada 2013/14, repetindo o fracasso a superliga passada.

Na estreia na competição, o time comandado por Talmo de Oliveira decepcionou e cai diante do modesto São Caetano fora de casa por 3 sets a 2.

Contrariando as previsões e com os sets sendo jogados em 21 pontos, o jogo teve mais de duas horas de duração, assim como havia acontecido na partida entre Brasília e Uniara na véspera.

O Sesi fez 1 a 0 com 21/18, foi arrasado no set seguinte com 21/12, deu o troco em seguida com 21/13, perdeu o quarto por 21/15 e no tie-break o São Caetano marcou 15/12.

Sabrina Floriano, ex-Pinheiros, foi o destaque do jogo. Corajosa e com incrível personalidade, a oposta do São Caetano marcou com 18 pontos.

Roberta não ficou atrás. Foram 9 pontos de bloqueio em 5 sets, desempenho espetacular.

O saque de São Caetano fez estragos na frágil recepção do Sesi e só nesse fundamento foram 8 pontos, números assustadores.

Mal escalado e desarrumado, o Sesi, das estrelas Fabiana e Dani Lins, essa inexplicavelmente no banco, ficou devendo. Pri Daroit e Ju Costa se salvaram diante de tanta mediocridade.

Nesse caso ainda é cedo também, mas Hairton Cabral, técnico do São Caetano, se conseguir manter o nível da atuação da estreia, pode fazer o time sonhar com a algo a mais nessa temporada.

A nova regra dos 21 pontos por set segue causando polêmica.

A emissora de televisão, detentora dos direitos da superliga, acabou sendo prejudicada. A mudança foi feita justamente por exigência da TV, mas a coisa na prática não funcionou.

Logo no primeiro teste, o pré-jogo de Vasco e Internacional acabou caindo.

Previsto para ir ao ar às 20:30h, o evento foi prejudicado por causa do jogo entre Brasília e Uniara pela superliga feminina.

A partida durou cerca de duas horas e atrapalhou os planos da emissora.

A chegada da nova regra dos 21 pontos tinha como objetivo principal diminuir o tempo de jogo e já na segunda rodada da competição a grade acabou sendo quebrada.

Ainda não foi dessa vez que Brasília ganhou na Superliga.

Mesmo jogando em casa, o time amargou o segundo resultado negativo na competição e continua sem saber o que é vencer. Se o resultado de estreia já tinha sido decepcionante, derrota de 3 a 0 para Barueri, o time voltou a fracassar e caiu dessa vez diante da Uniara de Araraquara.

Apesar da derrota por 3 a 2, Brasília somou seu primeiro ponto na competição.

O jogo foi uma autêntica pelada e fraco em termos técnicos. Quase 5o erros se somados os dois lados. Elisangela foi a única que se salvou no time de Brasília.

O trio formado por Sol, Paula e Pully foi determinante para a histórica vitória da Uniara. A levantadora Ana foi uma grata surpresa.

Mas o maior destaque de Araraquara estava do lado de fora da quadra. A técnica Sandra Leão ganhou o primeiro set quando fez a inversão do 5-1 e reverteu a situação.

Mesmo com a equipe em desvantagem no segundo e quarto sets e boa parte do tie-break, Sandra passou confiança para as jogadoras e jamais deixou de acreditar na vitória. Foi além. Quase no fim do quinto set, cantou o resultado antes da hora e disse que o time não perderia mais.

A única mulher entre os técnicos da superliga acabou merecidamente premiada.

O Vakifbank, adversário da Unilever no mundial de clubes, conquistou o primeiro título da temporada 2013/14.

O time comandado por Giovanni Guidetti derrotou o Eczacibasi por 3 a 2 e foi campeão da Supercopa da Turquia.

O Vakifbank venceu o quarto campeonato em sequência. Atual campeão da Champions League, o time ganhou a Copa da Turquia e o torneio nacional.

Brakocevic, Carolina Costragrande e Christiane Fürst são as principais estrelas da equipe turca.

O mundial de clubes começa no dia 9 na Suíça. Unilever e Vakifbank fazem parte do grupo B e se enfrentam no dia 10. A chave ainda tem o Iowa Ice, dos Estados Unidos, jogo de estreia das brasileiras no dia 9.

Volero Zurich, da Suíça, Kenya Prisions, do Quênia e Evergrande, da China, integram o grupo A.

E pode sobrar para o Vasco.

Eis que o Flamengo conseguiu diante do Coritiba a segunda vitória seguida no campeonato, algo raro até então. Ganhou por 2 a 0, fora de casa, mesmo sem empolgar o torcedor.

Como a maré é ruim, todo e qualquer resultado deve ser comemorado, algo natural. O torcedor se contenta com pouco, basta que consiga ver dedicação, empenho e entrega dentro de campo. E o Flamengo teve de tudo um pouco em Curitiba. Sorte também.

Minutos antes de fazer o gol, João Paulo salvou em cima da linha e no lance seguinte André Santos colocaria o time em vantagem.

Quando se esperava uma pressão do adversário no início do segundo tempo, Wallace fez 2 a 0. Por sinal, o zagueiro fez um belo jogo. Seguro, o jogador vem ganhando personalidade e se tornando incrivelmente útil ao time. Todo cuidado porém é pouco.

O Flamengo vive seu melhor momento no campeonato, o que não significa muita coisa. Existem claras deficiências no meio, uma insistência irritante com Carlos Eduardo e carências em várias posições. O Flamengo tem hoje no máximo um time esforçado. Esforçado e motivado.

Encontrar o Vasco pelo caminho era tudo que o time precisava, mas não em Brasília. Era jogo para o Maracanã.

7 pontos separam o Fluminense da zona de classificação para a libertadores.

Hoje o cenário poderia ser ainda melhor. Se tivesse aproveitado metade das chances que criou no clássico contra o Botafogo, o tricolor teria vencido até com relativa facilidade a partida e encerrado o incômodo jejum de vitórias em clássicos.

A diferença para o Atlético-PR cairia para 5 pontos e o Fluminense ganharia mais uma posição. Vitória e Santos são instáveis e vivem de altos e baixos.

A campanha do Fluminense no returno é muito boa. Se mantiver o aproveitamento conquistado nas últimas rodadas, o que era um sonho até dois meses atrás, pode sim virar realidade.

No fim de julho, o Fluminense estava na zona de rebaixamento após cair em Porto Alegre para o Grêmio e Abel deixava o clube com 5 derrotas seguidas.

Por essas e outras, não se pode deixar de enaltecer o trabalho de Vanderlei Luxemburgo. Sem contar com Fred, principal jogador do elenco, o treinador teve a coragem de barrar alguns medalhões que jogavam com o nome e investiu nos jogadores formados no clube. Ganhou a confiança dos dirigentes e moral com a torcida, desconfiada do que Luxemburgo faria no Fluminense.

O treinador raramente consegue repetir a equipe, seja por contusão ou questão disciplinar, mas deu padrão de jogo ao time. Inegável. O sistema defensivo talvez seja hoje o grande problema do Fluminense. Os zagueiros não são confiáveis e passam insegurança.

A classificação para a libertadores parece distante, mas já é possível sonhar, algo inimaginável meses atrás.

O jogo contra o Internacional, adversário direto, virou decisão para o Fluminense.

Oswaldo de Oliveira viu outro jogo no Maracanã.

Sinceramente, dizer que o resultado foi justo e que o Botafogo voltou a jogar bem é querer se enganar e iludir o torcedor.

O Botafogo esteve muito distante de 'jogar bem'. Foi dominado praticamente o jogo inteiro, achou o gol e os principais jogadores ficaram devendo novamente, casos específicos de Lodeiro e Seedorf.

Aliás, o holandês é outro jogador desde o pênalti desperdiçado diante do Cruzeiro no Mineirão. Ele e todo o Botafogo.

É absurda e incompreensível a queda de produção da equipe. Isso sem falar na quantidade de passes errados durante os jogos.

Não dá par jogar a responsabilidade nas negociações de Fellype Gabriel, Andrezinho e Vitinho. O Botafogo, até então, sobrevivia e dava retorno dentro de campo mesmo com o entra e sai inevitável.

Sem chances de título, o Botafogo tem obrigação de se classificar para a liberadores, mas se mantiver o aproveitamento do último mês, dificilmente alcançará esse objetivo. Será frustrante.

De qualquer forma, o torcedor, acostumado e conhecedor da história do clube, deve se preparar para o pior.

A CBV não irá mudar o regulamento da Superliga.

Apesar das recentes críticas de José Roberto Guimarães e Bernardinho, o sistema de jogo com sets sendo disputados em 21 pontos será mantido. O técnico da seleção masculina disse indiretamente que a mudança foi uma exigência da televisão, no caso a Globo detentora dos direitos, notícia que já havia sido divulgada pelo blog em agosto.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2013/08/15/globo-determina-e-clubes-acatam-simples/

José Roberto Guimarães se limitou a falar do provável prejuízo técnico com a seleção feminina no futuro.

Ary Graça, presidente da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, não irá contra as exigências da TV e já determinou que a disputa dos sets em 21 pontos seja mantida na superliga.

O Brasil porém é exceção.

Na Itália e na Rússia, onde são disputados dois dos principais campeonatos do mundo, a solicitação da FIVB não foi atendida e os sets são jogados em 25 pontos.

Era o jogo ideal para a televisão. De um lado o atual campeão brasileiro, do outro um dos estreantes na competição.

Unilever e Uniara se enfrentaram no Gigantão em Araraquara e apesar de toda a força política de Bernardinho, o jogo foi ignorado pela televisão, algo raro em se tratando das partidas do time carioca.

Ainda assim, a Unilever cumpriu o ritual e em menos de uma hora fez 3 a 0 com incríveis 21/5 no primeiro set e 21/16 e 21/8 na sequência. Como diziam os antigos, a torcida local  'não teve nem como torcer'.

O atropelo anunciado foi consumado com um ótimo aproveitamento no saque, 8 pontos, e muita superioridade no ataque.

A Unilever não precisou usar Fofão e Regiane, isso mesmo, terminou como maior pontuadora da partida.

Kim Yeon-Koung, uma das mais completas jogadoras da atualidade, não disputará o campeonato mundial da Itália em 2014.

Sem poder contar com sua principal estrela, a Coreia do Sul fracassou nas eliminatórias asiáticas e ficou de fora da competição. O time coreano acabou sendo derrotado pela China por 3 a 0 e viu o Cazaquistão conseguir a classificação.

Essa é a primeira vez que a Coreia fica fora do mundial desde 1970. As coreanas venceram o Brasil nos jogos olímpicos de Londres por 3 a 0.

China, Japão, Tailândia e Cazaquistão serão os representantes do continente asiático no mundial da Itália.

Brasil, campeão sul-americano, Rússia, campeã da Europa, e a Alemanha, segunda colocada, já estão classificados.