Blog do Bruno Voloch

Uma lenda do esporte se foi
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Bruno Voloch

Aos 81 anos, morreu Eugenio George.

O esporte mundial está de luto.

Cuba fez história sob comando dele. Conquistou o ouro olímpico em Barcelona 1992, Atlanta 1996 e Sidney 2000.

Seleção inesquecível e de amargas lembranças para o Brasil. Time que desfilava o talento de Mireya, Regla Torres, Regla Bell, Carvajal, Costa, Izquierdo, entre tantas outras.

Yumilka Ruiz surgiria mais tarde ao lado de Aguero, Francia e Zoila Barros.

Foi ainda bicampeão do mundo em 1994, dentro do Brasil, e no Japão, em 1998.

Convivi e tive a honra de entrevistá-lo em várias oportunidades na carreira em eventos pelo mundo afora. Sujeito calmo, sereno, educado e extremamente competente.

Eugenio George entrou merecidamente para o Hall da Fama em 2005 e foi eleito melhor técnico do século XX pela FIVB, Federação Internacional de Vôlei.

Vai deixar saudades …


Fabíola oficializada
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Bruno Voloch

Ainda em abril o blog divulgava a notícia em primeira mão.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/04/25/fabiola-pode-trocar-brasil-pela-russia-dani-lins-vira-prioridade-em-osasco/

Mais de 1 mês depois, a imprensa russa confirma oficialmente a transação.

Fabíola assina por 1 ano e será jogadora do Dinamo Krasnodar, da craque Sokolova, até maio de 2015.

A levantadora terá como companheira de clube Fernanda Garay, ex-Fenerbahçe.

Aos 31 anos, essa será a primeira experiência fora do Brasil da jogadora.

 

 

 


Muita calma nessa hora
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Bruno Voloch

Muita calma nessa hora.

A Alemanha, com time A, derrotou os Estados Unidos por 3 a 1 e conquistou pela primeira vez a Montreux Volley Masters. Título inédito.

O resultado em si é surpreendente.

Na Suíça tivemos Dani Lins, Adenizia, Natalia, Tandara, Jaqueline, Gabi, Fabiola, Camila Brait, todas consideradas seleção A.

Os EUA desfilaram Kristin, Harmotto e Nicole Davis somente. A China apresentou a capitã Rui e forte Zhou.

Apesar de Brasil, Rússia, China, Japão e Estados Unidos jogarem o torneio sem suas principais jogadoras, ou seja, seleção B, ninguém apostava no sucesso das alemãs, nem mesmo elas.

Na decisão, a Alemanha quase não errou, mostrou um forte conjunto e contou com Kozuch inspiradíssima.

O primeiro lugar em Montreux pode aumentar a confiança e motivação da Alemanha, mas não assusta.

Não se trata de desvalorizar o resultado conquistado dentro de quadra, pelo contrário, apenas retrata o crescimento da Alemanha, o ótimo trabalho de Guidetti e ótima fase de Kozuch, acompanhada da experiente Fürst.

As alemãs estão muito distantes do pelotão da frente e somente conseguiram êxito na Suíça em função das demais seleções não estarem com a força máxima.

Simples assim.


Conclusões de Montreux
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Bruno Voloch

O quinto lugar na Montreux Volley Masters serve como prêmio de consolação para a seleção brasileira.

Derrotar o Japão era mais do que obrigação. Era o mínimo.

A fragilidade do time japonês não nos permite prender aos números da partida. Jogar contra o Japão nessas condições e sem pressão, não serve como parâmetro algum.

O Brasil se impôs fácil.

Interessante foi ver a reação moral do time após a derrota para a Rússia e a consequente eliminação da competição.

A Montreux Volley Masters foi apenas o primeiro torneio do ano e portanto existe ainda um longo caminho a ser percorrido.

Importante para a comissão técnica e efetivamente usar o Grand Prix em breve para definir quem vai e quem fica.

A passagem pela Suíça deixa claro que Ana Tiemi não foi testada, que o nosso sistema de recepção ainda é falho, Natália alterna altos e baixos, Gabi se supera e que algumas outras peças dificilmente serão aproveitadas.

Serviu para mostrar que Jaqueline será útil e terá que lutar muito para recuperar seus espaço entre as titulares. Apesar do bom rendimento, Monique perde na luta direta com Tandara, hoje reserva imediata de Sheilla na saída.

Natália, Angélica e Andreia não sobreviveram.

Camila Brait pode, tem bola e deve jogar mais.

Sobre Carol, eleita com méritos a melhor bloqueadora, é preciso ter cautela e não se impressionar com duas ou 3 partidinhas boas. Assim como ela, outras surgiram e não foram longe. Outras vingaram.

 

 

 


Alívio e reação moral
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Bruno Voloch

O Brasil amenizou em parte a frustração.

Era o mínimo.

Eliminada das semifinais da Montreux Volley Masters, a seleção irá lutar pelo quinto lugar.

O direito foi assegurado após a vitória por 3 a 0 diante da República Dominicana, com parciais de 27/25, 25/16 e 27/25.

A novidade na escalação do time titular foi a presença de Monique na saída de rede. A atacante não decepcionou e acabou como a maior pontuadora em quadra com 21 acertos.

Quem também finalmente teve a chance de jogar foi Jaqueline. A jogadora participou do segundo e terceiro sets. Ainda muito distante do condicionamento físico ideal, Jaque melhorou o sistema de recepção da seleção e fez 12 pontos, todos de ataque. Desempenho satisfatório.

Gabi, por exemplo, atuou os 3 sets e marcou 11.

Atendendo a pedidos, Ana Tiemi foi usada, mas apenas nas inversões. A levantadora segue esperando um oportunidade de verdade. Justa por sinal.

A seleção, verdade seja dita, venceu principalmente pelo aproveitamento no ataque. A República Dominicana fez jogo duro boa parte da partida, sacou e bloqueou mais que o Brasil.

Adenízia e Carol foram idênticas.

Brasil e Japão decidem o quinto lugar e República Dominicana será sétima colocada, com a Suíça em último.

 

 

 


Troco na mesma moeda
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Bruno Voloch

Muita gente se iludiu.

A gente alertava e escrevia após o primeiro jogo entre Brasil e Polônia que o resultado tinha sido mentiroso. Os 3 a 0 não mostraram a realidade vista em quadra.

Eis que no segundo encontro entre as duas seleções, a Polônia trouxe a verdade dos fatos de volta. Os poloneses não só venceram, como devolveram os 3 a 0.

Bernardinho se viu 'obrigado' a manter Chupita entre os titulares, manteve Theo de oposto e inovou escalando Gustavão na vaga de Sidão no meio. Murilo, estranhamente, foi poupado.

Diferente do que se imaginava, a Polônia não se abateu com a derrota no dia anterior e foi extremamente agressiva. O saque fez a diferença e foi o fundamento determinante. Enquanto o Brasil abusava dos erros e sacava apenas taticamente, os adversários 'sentavam a mão' no saque e destruíam nosso passe. O Brasil saiu de quadra zerado, contra 6 pontos da Polônia.

Lipe não brilhou como na véspera, mas não dá para jogar na conta do atacante a derrota. Muito menos de Gustavão que fazia sua estreia na seleção adulta.

Lucarelli e Lucão foram os mais equilibrados, mas nossos opostos não vingaram. Nem Theo, nem Vissoto.

Buszek do outro lado fazia 16 pontos na mesma função.

É um período de testes ?

Sim.

3 derrotas em 4 jogos e apenas 3 pontos somados dentro de casa refletem a mediocridade da campanha brasileira.

E assim caminha o Brasil em ano de mundial.

Haja paciência de Bernardinho.

O Brasil não evoluiu e voltou a ser a mesmo das derrotas para a Itália há uma semana.

A esperança é que a seleção masculina sempre se caracterizou em responder nos momentos mais adversos e de dificuldades sob comando de Bernardinho.

Verdade. Boa época.

Saudades dos tempos em que a seleção tinha padrão de jogo, confiança e era respeitada.

Saudades dos tempos em que a seleção tinha um time titular definido e jogadores no banco capazes de mudar o resultado de um jogo.

Saudades dos tempos em que jogavam os melhores …

Aliás, Rapha ficou novamente no banco, fez seu papel tradicional e cansativo de entrar nas inversões e ganhou oportunidade quando o time perdia por 2 a 0, ou seja, sempre no sufoco.

 


Peças de reposição
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Bruno Voloch

Deu a lógica.

A Rússia não levou 52 pontos, venceu a Suíça por 3 a 0 e confirmou a classificação para as semifinais da Montreux Volley Masters.

O resultado elimina e deixa a seleção brasileira de fora da segunda fase do torneio pela primeira vez na história.

China e Rússia avançam.

Se o torneio era teste, o Brasil não aprovou e se não aprovou algumas peças não funcionaram.

José Roberto Guimarães fez poucas experiências na prática e talvez o convívio no dia a dia de treinamentos tenha sido mais conclusivo para a comissão técnica.

O fato de não contar com 4 titulares absolutas, Sheilla, Thaísa, Fabiana e Garay, tem um relativo peso, mas não serve como desculpa, afinal ganhamos no ano passado com a seleção B a mesma competição.

A cobrança por resultados e títulos é natural e não existe exagero. O que existe é uma diferença muito grande em se destacar na superliga e jogar internacionalmente, casos de Carol, Andreia e Monique, por exemplo.

Evidente que a eliminação precoce não estava nos planos e o técnico perdeu no mínimo 2 jogos para observação

A expectativa era ver Jaqueline em ação. O ideal seria ver Ana Tiemi em quadra, mas ambas quase não jogaram.

O desempenho da seleção na Suíça foi ruim, abaixo da média e muita coisa precisa ser trabalhada. Muita coisa porém irá mudar em breve com a chegada das 'intocáveis'.

Além do fracasso individual de algumas peças, chamou atenção a fragilidade do sistema de recepção da seleção e os altos e baixos de Natália e Gabi, ponteiras titulares na Suíça, e nomes certos para o mundial da Itália.

O Brasil B dessa vez naufragou e ficou devendo.

 

 


Peso da camisa e frustração
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Bruno Voloch

A derrota para a Rússia por 3 a  2, deve deixar o Brasil pelo caminho na Montreux Volley Masters.

Embora participe da competição sem 4 titulares, a seleção tinha obrigação de estar entre os semifinalistas, especialmente pelo nível técnico dos adversários.

Peso e frustração.

Jogar em clube é diferente de atuar pela seleção. No vôlei não é diferente.

Carol decepcionou e foi a bola da vez. Se foi bem contra a 'poderosa' Suíça e mostrou qualidades diante da boa China, a Rússia mostrou a realidade para Carol.

A expectativa criada foi acima da média e a atleta, baixa para a posição e os padrões internacionais, não rendeu o esperado.

Era natural, assim como as cobranças, afinal, para quem tem o discurso ensaiado e se considera no ponto, sair de quadra com 5 míseros pontos em 5 sets e apenas 2 de bloqueio, é frustrante.

A Rússia não é a Suíça.

Natália, ainda vivendo de altos e baixos, fez seu melhor jogo na Montreux. Ninguém na seleção colocou mais bolas no chão do que Gabi, outra que oscila demais no passe.

A líbero Camila Brait fica sobrecarregada, mas poderia ter ido melhor na Suíça.

A ausência de Tandara no quinto set pode ter dito um peso considerável na derrota, mas não daria para cravar que com a jogadora em quadra o Brasil ganharia o tie-break.

Quem veio do banco pouco pode fazer, caso de Monique que entrou fria na vaga de Tandara contundida e ainda assim somou 3 pontos.

Aliás, e a japa Zé ?

Por que Ana Tiemi não jogou a competição ?

Se a Montreux era para testes, faltou ver a japa em ação.

 

 

 

 


50% de coragem
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Bruno Voloch

Bernardinho reagiu. Enfim.

O filme parecia o mesmo daquela da semana passada. O início da seleção brasileira contra a Polônia foi desastroso e a derrota no primeiro set parecia inevitável.

O técnico agiu rápido.

Colocou Chupita em quadra no lugar de Murilo, até então zerado. O jogador não só mudou o set como a cara do jogo.

Chupita tem suas limitações técnicas, está voando fisicamente e contagiou os companheiros em quadra.

Murilo se viu obrigado a assistir o Brasil vencer por 3 a 0 do banco de reservas. E não dá mesmo para reclamar.

O que se viu foi um enorme avanço em se tratando da 'família' Bernardinho.

Seria um absurdo e uma gigantesca injustiça não ver Chupita como titular na segunda partida.

Rapha novamente entrou muito bem e foi aproveitado nos 3 sets. O ideal seria ganhar uma oportunidade de saída e não só entrar para entrar na inversão e apagar 'incêndio' muitas das vezes deixado pelo atual titular.

O caso porém é delicado e dificilmente será revertido

Apesar do resultado de 3 a 0, o placar foi mentiroso e não deve trazer ilusões. Deve sim é trazer tranquilidade e um certo alívio.

Lucarelli e Lucão melhoraram consideravelmente em relação aos confrontos contra a Itália. Ao lado de Chupita, os 3 foram os melhores da seleção.


Troca de levantadoras
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Bruno Voloch

Confirmados para a próxima edição da superliga, Rio do Sul e Maranhão seguem contratando.

O fim do time de Campinas deixou o mercado aberto e com opções relativamente interessantes.

Chicão, técnico do Maranhão, liberou a levantadora argentina Castiglione e trouxe a habilidosa Ana Maria, ex-Osasco.

A estrela maior do time será Mari Paraíba. Uma aposta bem interessante é Eli Paulino, que veio de Brasília. Se bem aproveitada, Larissa, outra ex-Osasco, pode dar bons frutos no meio.

Castiglione deixa o Maranhão mas segue no país. E de casa nova. Castiglione defenderá o Rio do Sul, de Spencer Lee.

Com orçamento enxuto, o treinador contará no elenco com Renata e Duda, que jogaram no extinto Barueri. Neneca volta ao clube após passagem apagada pelo Sesi e Elis chega de São Bernardo.