Blog do Bruno Voloch

Evolução e novos revés
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Bruno Voloch

Não tem sido nada fácil a vida da seleção feminina nos Estados Unidos.

Após duas derrotas e uma semana de treinamentos em terras norte-americanas, o time voltou a perder no terceiro amistoso entre as duas seleções.

Diferente das partidas anteriores, o jogo foi mais equilibrado e a vitória dos Estados Unidos aconteceu somente no tie-break após 25/19, 22/25, 27/25, 25/27 e 15/11.

Thaisa foi a maior pontuadora da seleção com 21 acertos. Garay fez 18.

As seleções jogam novamente no fim de semana e encerram a série de 4 amistosos.

 

 


Oportunidade única
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Bruno Voloch

Mario Jr está de partida.

É mais um jogador que deixa o vôlei brasileiro.

O líbero da seleção foi contratado pelo Piacenza, da Itália.

Será a segunda experiência do atleta no exterior.

Quem me acompanha sabe que não sou fã de Mario Jr, pelo contrário, acho que não é jogador de seleção. Mas quem escolhe e define é Bernardinho.

O blog, independente da opinião formada, deseja boa sorte ao líbero.

A cobrança será enorme e justificável.

Serginho, ex-jogador da seleção, defendeu o clube italiano por 4 anos e deixou saudades por lá.

 


Craque indiscutível
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Bruno Voloch

O vôlei está mais triste.

Taismary Aguero anunciou que está deixando o esporte.

Pude ter a honra e o prazer de entrevistar e conviver com jogadora nas olimpíadas de Atlanta em 1996, Sidney 200o, ainda por Cuba e em Pequim 2008 já vestindo a camisa da Itália.

Craque. Seja levantando, seja atacando.

Habilidosa ao extremo e diferenciada, tanto que havia sido chamada novamente para a seleção italiana.

Aguero abre mão do vôlei e da rotina de treinos e viagens para cuidar do filho Pietro Norberto.

Decisão corajosa. Decisão respeitável.

É uma pena.

Seria ainda mais prazeroso ver Aguero em ação no campeonato mundial que a Itália irá sediar em breve.

O Casalmaggiore, atual clube da atleta, também já foi comunicado.

Aos 37 anos, Aguero, como se diz na gíria, ainda tinha 'muita lenha para queimar'.


De novo a Rússia pelo caminho
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Bruno Voloch

Rússia e Irã serão os adversários da seleção masculina na fase final da Liga Mundial. Os jogos acontecerão a partir do dia 16 de julho em Florença, na Itália.

Do outro lado estarão Itália, Estados Unidos e o classificado do quadrangular formado por França, Holanda, Bélgica e Austrália.

O torneio será jogado entre os dias 11 e 13 em Sidney.

Em tese, a França é a favorita para estar na Itália e se juntar aos grandes. A Holanda corre por fora, enquanto Bélgica e Austrália são autênticas zebras.

A Rússia, que optou em poupar os titulares nas primeira rodadas, perdeu apenas uma partida a partir do momento que usou o time principal. Só ficou em segundo lugar no grupo B, atrás dos Estados Unidos, por causa dessa opção da comissão técnica.

Curiosamente, a seleção brasileira jogará a fase final sem tanta pressão. Pode parecer pouco, mas a classificação, considerada impossível pela maioria, tira um peso grande das costas dos jogadores.

Não era questão de pessimismo, mas o vôlei que a seleção apresentava há 3 semanas não permitia mesmo imaginar que a equipe pudesse se classificar e vencer os dois jogos contra a Itália fora de casa.

É bem verdade, como já foi dito aqui, que Mauro Berruto, treinador da seleção italiana, deu uma enorme colaboração. Ao escalar o time reserva contra Irã e Polônia com o objetivo claro de prejudicar o Brasil na tabela e dificultar a classificação da seleção brasileira, a Itália perdeu o ritmo de jogo, atuou sem tanta agressividade e apenas Zaytsev se salvou nos confrontos do último fim de semana. Foi pouco.

Aliás, os adversários fizeram de tudo para deixar o Brasil de fora da fase final. Não foi só a Itália.

Seria mesmo inadmissível ver o Brasil eliminado de um grupo onde apenas 1 dos 4 integrantes acabaria desclassificado. Foi na conta do chá. No limite. Na base do set average.

Importante foi que chegou.

Não dá para afirmar se a tão falada 'evolução' será suficiente para o time brigar pelo título.

Lucão, sempre sincero, chegou a dizer que o grupo estava 'quebrado' nas primeiras rodadas. Pode ser. Algo normal.

Além dele, Lucarelli cresceu de jogo.

O que dá para dizer é que o Brasil parece ter renascido.

 

 


Bom de boca
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Bruno Voloch

O líbero da seleção Mário Jr não se emenda mesmo.

Eis a declaração do jogador após a classificação da seleção para a fase final da Liga Mundial:

'A sensação nesse momento é muito boa por estarmos em mais uma fase decisiva, onde o Brasil sempre esteve, Agora vamos brigar mais uma vez e tentar o melhor resultado possível. O grupo todo está de parabéns por conseguir essa vaga. As pessoas criticaram muito, mas nós trabalhamos, nos dedicamos e conseguimos o primeiro objetivo, que era a classificação. Estou muito feliz.'

Quer dizer então que o desempenho da seleção não era passível de crítica ?

Esse rapaz é mesmo diferenciado.

Se com a bola nas mãos não passa segurança, dando entrevistas se supera a cada dia.

Nada porém que se compare a famosa declaração quando a seleção entregou o jogo para a Bulgária no mundial de 2010 na Itália.

 

 

 


Teste de verdade
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Bruno Voloch

Era sério.

Karch Kiraly tinha razão quando disse que os Estados Unidos iriam encarar os jogos contra o Brasil com muita seriedade.

Por enquanto os Estados Unidos estão sobrando nos amistosos contra a seleção brasileira.

Depois de perder por 3 a 1 a primeira partida, o Brasil voltou a ser derrotado em Los Angeles e desse vez por 3 a 0, parciais de 25/21, 25/23 e 25/20.

A seleção entrou em quadra com Dani Lins e Sheilla, Gabi e Fernanda Garay nas pontas e Fabiana e Thaísa de meio.

Zé Roberto fez algumas alterações durante o jogo, mas as modificações não deram resultado.

As duas seleções voltam a se enfrentar nos dias 11 e 12 de Julho, em Honolulu, no Havaí.


Nova geração
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Bruno Voloch

Carlos Schwanke, ex-jogador da seleção brasileira, é o novo técnico de Montes Claros.

Trata-se de uma ótima aposta dos dirigentes mineiros.

Schwanke sempre foi um cara diferenciado em quadra, estudioso, nunca foi apadrinhado e andou pelas próprias pernas, diferente de muita gente por aí.

Se tiver as condições mínimas de trabalho, aposto que a parceria será de sucesso.

No sul, outro ex-jogador da seleção, de gerações anteriores, assume a Voleisul, de Novo Hamburgo.

Paulo Roese comandará o time na temporada 2014/15. Ele ocupará a vaga deixada por Gilson quer vai trabalhar no Suntory Sunbirds, do Japão.


Superação na hora agá
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Bruno Voloch

E a seleção avançou. Quem diria. Por méritos próprios, é verdade.

O time escapou do vexame de ser eliminado ainda na primeira fase da liga mundial. As vitórias, até então improváveis, diante da Itália fora de casa salvaram o Brasil.

Mas é preciso ter uma boa dose de cautela ao analisar a classificação da seleção.

Se foi merecida ou não é uma outra questão, mas foi evidente a evolução da equipe nas 3 últimas partidas, incluindo o jogo contra a Polônia.

A equipe jogou pressionada após as vitórias dessa mesma Polônia contra o Irã e independente da Itália estar completamente fora de ritmo, responsabilidade de Mauro Berruto, mostrou personalidade e voltou a crescer nos momentos decisivos.

Tem sido assim.

Botou pressão, o Brasil reage.

A Itália armou, poupou, fez sua estratégia para o deixar o Brasil de fora das finais, mas esqueceu o mais importante que era vencer em casa e consolidar o planejamento.

Bernardinho encontrou em tese o time titular. Se é o ideal ou não é uma outra discussão. Longa por sinal.

Honestamente não vejo motivo algum para comemoração.

O Brasil não fez mais do que obrigação, terminou com a mesma pontuação da Polônia e se classificou absolutamente no limite.

O mais importante é enaltecer que os jogadores resgataram em parte o prestígio e parecem ter recuperado a confiança perdida no início do torneio.

Parecem.

A cobrança se fez necessária, afinal trata-se do time atual tricampeão do mundo e vice-campeão olímpico.

O desempenho em boa parte da competição foi vergonhoso, como disse o capitão Bruno, após perder para o Irã.

As finais devem servir para mostrar o atual estágio da seleção e com uma diferença:

O que vier será lucro.

O Brasil entra na fase final sem o favoritismo habitual e tira um enorme peso das costas.

 

 

 

 

 


Brasil respira. Pelo menos por enquanto
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Bruno Voloch

E o tiro saiu pela culatra.

O objetivo de Mauro Berruto, técnico da Itália, não saiu conforme planejado.

Pelo menos por enquanto.

A ideia de poupar os titulares nas últimas semanas e paralelamente prejudicar o Brasil com as derrotas para Polônia e Irã não deu resultado.

Pelo menos por enquanto.

O que se viu diante do Brasil em Bolonha foi uma Itália sem ritmo de jogo e muito distante do vôlei envolvente apresentado no início da liga mundial.

Se Berruto errou na estratégia, só o tempo responderá.

Pelo menos por enquanto.

Domingo, em Milão, Itália terá que responder.

A seleção italiana foi presa fácil para o Brasil. O time caiu de rendimento, sobreviveu apenas de Zaytsev e perdeu a agressividade.

É cedo para comemorar até porque a seleção brasileira vive de altos e baixos. Foi nítida porém a evolução no passe, fundamento que arrebentou com a equipe na maioria dos jogos.

Pelo menos por enquanto.

É o mesmo caso da Itália.

Só o tempo irá responder se o time voltou a ser confiável. É evidente que uma vitória diante da poderosa Itália fora de casa traz a confiança de volta. É o que se imagina.

Wallace e Lucão foram os melhores em quadra. Tudo porém funcionou através de um bom sistema de recepção que permitiu Bruno usar os centrais.

Aliás, Bruno mereceu mesmo ser chamado atenção. Mostrou imaturidade ao aceitar as provocações vindas do banco da Itália quando o Brasil era melhor, tinha vantagem e dominava o jogo.

O Brasil respira.

Pelo menos por enquanto.

 

 

 


Pensando grande
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Bruno Voloch

A chegada do novo patrocinador fez o Minas pensar grande e voltar a investir no vôlei feminino.

O clube agiu rápido, surpreendeu e anunciou a contratação da campeã olímpica Walewska.

A jogadora, desempregada desde o fim do time de Campinas, irá reforçar a equipe mineira na próxima edição da superliga.

Wal foi formada nas divisões de base do clube e no fim dos anos 90 ganharia a primeira oportunidade na seleção adulta na época dirigida por Bernardinho.

Trata-se de uma atleta exemplar e muito talentosa.

Experiente, passou pela Espanha, Rússia e Itália. Não teve a sorte de encontrar a estrutura e a segurança necessárias nos dois últimos clubes, casos de Vôlei Futuro e Campinas, que vieram a fechar as portas.

Wal será peça fundamental no Minas. Vai funcionar como uma referência dentro e fora de quadra.

Apesar da vinda de Walewska, o fanático e hoje em dia carente torcedor não deve se iludir. A simples contratação deixa o time mais forte e competitivo, porém incapaz de brigar de igual para igual com os grandes.

A base terá além de Wal, a novata levantadora Naiane, Lia, ex-Osasco de oposta, a habilidosa Ju Nogueira e a boa Carla nas pontas.

De qualquer maneira, independente do resultado, o esforço da diretoria do Minas em trazer Walewska deve ser enaltecido.

É o primeiro passo para voltar aos velhos tempos.