Blog do Bruno Voloch

A dois passos do paraíso
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Bruno Voloch

O Japão segue 100% no Grand Prix.

Diante da fanática torcida, as japonesas ganharam o terceiro jogo consecutivo na fase final.

Dessa vez a vítima foi o time reserva da China que não resistiu e caiu com 3 a 0, parciais de 25/21, 25/17 e 25/21.

Saori Kimura, sempre ela, foi o destaque e maior pontuadora em quadra.

O Japão soma 9 pontos, dois a mais que o Brasil e encara a fraca Bélgica no sábado.

Se vencer, o que é a lógica e por 3 a 0, e a seleção brasileira não somar 3 pontos contra a Rússia na preliminar, as japonesas poderão entrar em quadra contra o Brasil já campeãs do Grand Prix.

Será ?


A volta de Thaísa
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Bruno Voloch

Ela voltou.

Thaísa, enfim, reapareceu. Que bom.

Tudo bem que enfrentamos o adversário mais fraco das finais e que o resultado era conhecido de véspera, mas a volta de Thaísa foi o que de melhor poderia ter acontecido na partida contra a Bélgica.

Não pelos números, muito embora os 7 pontos de saque não possam ser ignorados, pelo contrário, mas pela atitude da jogadora.

Sorrindo, liderando, pedindo bola e recebendo, o mais importante.

Dani assim entendeu e botou Thaísa pra rodar, diferente do que aconteceu por exemplo no jogo contra a China e principalmente diante da Turquia.

O jogo também marcou o reaparecimento de Adenízia após um 'castigo' inexplicável. A jogadora de Osasco fez lá seus pontinhos de bloqueio no terceiro set e conseguiu sentir o gostinho do Grand Prix.

Outra que voltou foi Fabíola.

Aparentemente sem o mesmo entusiasmo de sempre, mas mostrando muito profissionalismo após a 'cara amarrada', justificável diga-se de passagem, do pós jogo contra a China.

Dessa vez ela aqueceu sem maiores problemas e entrou.

 


Final domingo ?
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Bruno Voloch

O Brasil só depende de seus próprios resultados para ser campeão do Grand Prix pela décima vez.

O Japão, que havia derrotado a Rússia na estreia por 3 a 1, ganhou da Turquia por 3 a 0 na segunda rodada e assumiu a liderança com 6 pontos.

Ishii e Kimura fizeram ótimo jogo e o saque, trunfo das turcas contra o Brasil, acabou sendo decisivo só que do lado contrário.

A seleção brasileira está em segundo lugar com 4.

Como ainda enfrentará as japonesas, o Brasil fica com a obrigação de vencer Bélgica e a Rússia por pelo menos 3 a 1, próximos adversários, e com uma vitória simples no confronto direto com o Japão, ficaria com o título.

A Turquia tem apenas dois e está na penúltima colocação.

Se vencer o clássico contra a China na sexta-feira, o Japão terá Bélgica no sábado e decidirá o título do Grand Prix no domingo contra o Brasil.

Rússia, com 3 pontos, e a Turquia, como já jogaram com o Japão, passam a depender de outros resultados.

A China, atrás do Brasil com 3, vive mesma situação.

 


Passaporte carimbado
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Bruno Voloch

Nos dois primeiros jogos do Brasil no Japão a comissão técnica da seleção não relacionou Natália.

Foi assim na estreia contra a Turquia e também contra a China.

Se engana porém quem acha a jogadora corre algum risco de não jogar o mundial. É quase zero.

Natália está com problema muscular na coxa e ainda tem total confiança de José Roberto Guimarães.

Mas a jogadora não é a primeira opção de ataque e hoje em dia tem se limitado a entrar para sacar, muito pouco para uma atleta de tamanho potencial.

Se Tandara ganhou a disputa com Monique, Gabi é a alternativa número 1 para as pontas. Fato.

É improvável, para não dizer quase impossível que Zé abra mão de Natália, considerada também um amuleto, para a Itália.

A ausência dela no banco, mesmo que por contusão, significa pouco ou quase nada para o treinador.

 


Dúvida dissipada ?
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Bruno Voloch

O resultado já era esperado.

A vitória por 3 a 0 diante do time praticamente reserva da China soava como obrigação.

E foi assim.

A dúvida era saber como se comportaria o time e algumas jogadoras após a primeira derrota na competição e o fraco rendimento contra a Turquia na estreia.

Não foram mal. A maioria fez um jogo no mínimo razoável. Longe, muito longe de ter sido uma grande partida, mas o Brasil fez o suficiente para vencer por 3 a 0.

Era o que importava.

Vitória que em tese devolveria a confiança ao grupo.

Mas será ?

O Brasil mostrou certa insegurança ainda no inicio do primeiro set, quase se complicou no fim, mas fechou. A China também equilibrou o jogo no segundo set e a seleção só conseguiu certa folga depois da segunda parada técnica. O terceiro foi o menos complicado.

José Roberto Guimarães agiu bem. Fez certo.

Manteve em quadra o time titular que havia sido derrotado na véspera e quase não mexeu no time, exceção feita a entrada de Monique em alguma passagens no primeiro e terceiro sets.

O Brasil foi bem superior no ataque e bloqueio, mas exagerou nos erros, quase 20 no total.

Jaqueline e Fernanda Garay foram as maiores pontuadoras, Thaísa a que menos fez pontos, esse sim motivo de preocupação.

Não vejo e não vi Thaísa sorrindo. Não foi só ela.

Teve mais gente após o aquecimento de rede …

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A carta na manga na Polônia
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Bruno Voloch

O foco é a seleção feminina.

Não dá para esquecer porém que o mundial masculino começa no fim do mês na Polônia.

Aliás, estarei em Varsóvia assistindo a cerimônia de abertura a convite da FIVB.

E não é que Bernardinho 'inovou'.

O técnico optou por Renan e cortou Isac do mundial. Nesse caso terá Lucão, Sidão e Éder para o meio.

Só ele mesmo pode explicar os motivos, afinal convive 24 hs com o grupo e analisa detalhadamente o desempenho de cada um deles nos treinos.

A sua pergunta é a mesma que eu faço:

Se Renan não fez parte do grupo que jogou a Liga Mundial, como agora pode estar relacionado para o mundial ?

Não só pode, como está.

Nada contra, pelo contrário.

Renan tem talento, futuro e certamente irá crescer muito atuando no vôlei da Europa.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/06/03/mudanca-em-boa-hora

O texto foi escrito há mais de dois meses e Renan, como ressaltei, só ficou fora das convocações em 2014, justamente ano do mundial. Agora reaparece.

A presença de Renan no banco é mais uma alternativa para Bernardinho na rede e com boa vontade no saque, até porque titular como oposto ele não será.

Guardadas as devidas proporções, Muserskiy saiu do meio para a saída e virou o jogo para a Rússia na inesquecível final olímpica de 2012.

Bernardinho não esquece.

Honestamente, não vejo essa versatilidade toda no jogador, mas quem sabe Renan não seria uma carta na manga do técnico.

O tal 'elemento surpresa'.

 

 

 

 


12 a 1 é inaceitável
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Bruno Voloch

E não é que Zé Roberto tinha razão.

Na véspera das finais do Grand Prix, o técnico, sempre cautelos0, dizia 'desconhecer' o favoritismo da seleção brasileira para a conquista do torneio.

Um certo exagero, convenhamos, se levarmos em conta a campanha do Brasil na primeira fase da competição.

Mas logo na estreia a seleção caiu, acabou perdendo de 3 a 2 para a Turquia e de quebra viu uma longa invencibilidade ir embora.

Desde o começo do jogo a seleção sofreu no passe. Foi assim do início ao fim da partida.

A Turquia simplesmente arriscou tudo no saque e destruiu a recepção do Brasil.

Garay e Jaqueline, exímia passadora, também não resistiram.

Sem passe, a seleção se iguala as demais.

Sem  passe, Fabiana e principalmente Thaísa não participam e nosso jogo fica óbvio demais. Marcado e de bolas nas pontas.

Sem esse diferencial, a seleção foi facilmente dominada no primeiro set com 25/18.

A Turquia surpreendia com um bom sistema defensivo. O Brasil seguia inseguro no passe, mas mesmo assim o segundo set foi mais equilibrado. A seleção teve a chance de vencer, mas errou quando não podia e a Turquia fez 25/23 colocando mais pressão.

Com 6 a 1 contra, Zé Roberto resolveu arriscar tudo ou quase tudo. Colocou Tandara, Gabi e Carol nos lugares de Sheilla, Fernanda Garay e Thaísa. As alterações mudaram a cara do jogo a partir do terceiro set e recolocaram o Brasil na partida.

A vitória devolveu a confiança ao time que ainda precisou da volta de Sheilla para empatar o jogo no quarto set.

Quando se esperava uma repetição da virada contra os Estados Unidos, a Turquia se superou e comandada por Sonsirma e Ozsoy fechou com 15/12.

Jogo decidido no saque (Toksoy deitou e rolou) e no péssimo rendimento do sistema de recepção da seleção.

Foram 12 pontos de saque da Turquia, contra apenas 1 do Brasil. Números inaceitáveis para uma seleção de ponta.

Jogo equilibrado nos ataques e bloqueios.

Partida em que Tandara brilhou vindo do banco e as 'ausências' de Thaísa e Garay acabaram sendo determinantes para a primeira derrota do Brasil no Grand Prix.

Competição de 'tiro curto' é assim e não existe tempo para lamentações. A China, que passou pela Bélgica com time reserva por 3 a 1, nos espera.

Teoricamente o Brasil não deve ter dificuldades, ainda mais se contar com Thaísa de volta.

Acontece que a Rússia também esperava o mesmo contra o Japão e perdeu por 3 a 1, portanto todo cuidado é pouco.

 

 

 

 

 


Mexendo em vespeiro – parte 2
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Bruno Voloch

A russa Ekaterina Gamova continua inconformada com as recentes declarações de José Roberto Guimarães, técnico da seleção.

O treinador afirmou há algumas semanas que a jogadora só teria aceitado voltar a jogar pela Rússia por questões financeiras. Zé chegou a usar o termo 'caminhão de dinheiro'.

Irônica, Gamova se defendeu pelas redes sociais respondendo que teriam sido 'dois caminhões e não apenas 1'. Ela foi além, avisando que a federação havia comprado uma casa no Rio e que os dois poderiam beber juntos e falar sobre vôlei na olimpíada de 2016.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/08/12/mexendo-em-vespeiro/

Não satisfeita, Gamova voltou a falar hoje sobre o tema.

'Eu me senti muito ofendida por ele por causa dessa afirmação. Sempre joguei por amor ao meu país e sou conhecida também pelo enorme patriotismo'.

Por fim provocou:

'Voltei para conquistar novamente a medalha de ouro no mundial e não por dinheiro'.

A Rússia é a atual bicampeã do mundo e irá lutar pelo tricampeonato na Itália em setembro.


Thaísa é pule de 10
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Bruno Voloch

Não dá para cravar quem será eleita a melhor jogadora do Grand Prix.

Mas se o Brasil é o grande favorito para conquistar pela décima vez o Grand Prix, me arrisco a dizer que com Thaísa não é diferente.

Quem me acompanha sabe o quanto sou crítico em determinadas escolhas da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, muitas vezes não só baseadas em critérios técnicos e sim políticos. Esse é o problema, ou era.

A chegada de Ary Graça mudou esse sistema. Ainda bem.

Thaísa, por tudo que apresentou até agora na competição, é a maior candidata a ganhar pela segunda vez consecutiva o prêmio de MVP do torneio.

Justíssimo por sinal.

A ausência da coreana Kim deixa o caminho ainda mais aberto para Thaísa.

Só mesmo a russa Kosheleva poderia ameaçar a central brasileira e mesmo assim a Rússia teria que jogar o fino da bola e disputar no mínimo a decisão.

Como a China jogará basicamente com o time reserva e a Turquia não tem tradição, não seria tão absurdo ver as russas brigando pelo título.

O Japão é sempre imprevisível.

Thaísa não.

É disparada a melhor jogadora do Brasil no Grand Prix. A mais regular.

Bicampeã olímpica e aos 27 anos de idade, Thaísa vive o ápice da carreira.

Madura, experiente e fundamental para a seleção brasileira.

Ninguém merece mais do que ela o título de MVP em 2014.

 

 


Menos um na lista
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Bruno Voloch

Embora tenha se classificado para as finais do Grand Prix, a competição não é prioridade para a China. Longe disso.

A técnica Lang Ping optou em poupar 4 titulares justamente no momento mais importante do torneio.

A levantadora Wei, a central Xu, a ponteira Hui e a oposta Zhu não foram relacionadas para os jogos em Tóquio, no Japão.

Lang Ping prioriza o campeonato mundial que será jogado em setembro na Itália.