Blog do Bruno Voloch

Postura de Jaqueline deveria ser regra, mas ainda é exceção
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Bruno Voloch

Há 4 anos, em Pequim 2008, Jaqueline assistia do banco de reservas, a conquista do título olímpico.

O Brasil vencia os Estados Unidos por 3 a 1 e conquistava o inédito ouro.

Quem convive e conhece os bastidores do vôlei sabe que Jaqueline tinha bola para ser titular. Uma contusão 'misteriosa' no joelho meses antes, deixou Jaque fora de combate. Paula e Mari assumiram e foram as ponteiras da seleção na China.

Em 2012, Jaqueline deu a volta por cima, e foi campeã como titular. Foi a jogadora mais importante do Brasil na final quando enfrentamos novamente as norte-americanas.

Aliás, Jaque mudou de postura a partir de 2009, quando começou o novo cilco olímpico.

A jogadora de Osasco pode não ser unamimidade, talvez mesmo não seja, mas hoje é peça fundamental na seleção.

Amadurecida, Jaqueline aprendeu a ser política, está bem orientada, evita entrar em polêmica e administra com cautela a carreira sem se expor desnecessariamente.

Na partida contra o Sesi, Jaqueline não jogou bem, rendeu abaixo da média e foi substituída pela jovem Gabi. Osasco virou o jogo e Jaque viu do banco o time fazer 3 a  2 e sair com mais 2 pontos.

Nem caras, muito menos bocas.

De fora, Jaqueline deu exemplo de profissionalismo.

Incentivou as mais novas, vibrava a cada ponto com naturalidade e comemorou a liderança no fim do jogo.

Seria uma demagogia dizer que todos os atletas agem assim. Óbvio que não. Aliás, normalmente saem chateados, cara amarrada e sem olhar para o treinador.

A postura de Jaqueline deveria ser regra, mas é ainda exceção.


Enquanto CBV se omite, ex-árbitros se defendem e não compactuam com ‘teatro’ do microfone
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Bruno Voloch

Semana passada escrevi sobre os erros de arbitragem na superliga e a situação constrangendora do uso de microfones nas partidas que são transmitidas.

O quadro não mudou.

Não mudou e não vai mudar. O máximo que eles fazem é advertir.

Falta competência e personalidade.

Enquanto isso, o Sesi passou por maus bocados em Contagem com Anderson Caçaador no apito. Apesar das dificuldades, fez 3 a 0 diante do Cruzeiro.

Se a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, não se pronuncia, ex-árbitros fazem questão de 'tirar o deles literalmente da reta'.

Recebi durante a semana esse e-mail do competente e educado Eduardo Russo, ex-árbitro internacional. Faço questão de reproduzir na íntegra:

''Ao Sr. Bruno Voloch

Sou Ex Arbitro internacional de voleibol, iniciei a carreira e encerrei com meu grande amigo Josebel Palmerin, foram 45 anos de volley. Gostaria de esclarecer que o Prof. Sr. Josebel Guimarães Palmerin não é mais o responsável pelas escalas da superliga e também presidente da COBRAV (comissão Brasileira de arbitragem), ele pediu demissão em Agosto logo após os jogos Olímpicos de Londres. Sei que o senhor não citou nomes, mas gostaria de esclarecer que ele não esta mais como responsável pela arbitragem Brasileira e a arbitragem esta iniciando um novo trabalho, bem ou mau veremos futuramente.

Agradeço por sua atenção, um grande abraço.

Prof. Eduardo Russo Ex Arbitro internacional''.

É mesmo um alívio saber que Russo e Josebel não fazem parte dessa farsa e do verdadeiro teatro que virou assitir a participação dos árbitros nos jogos da superliga.

Sudades dos tempos em que ninguém precisava do microfone para impor respeito.


Osasco tinha Fernanda Garay e ganhou Sheilla; Sesi precisaria de duas Tandaras e só uma jogou
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Bruno Voloch

O Sesi continua freguês de Osasco.

Ainda não foi dessa vez que o time conseguiu vencer o atual campeão brasileiro. Faltou paciência e bola.

Abriu 2 a 0 com méritos, apresentou bom volume de jogo, mas só tinha uma Tandara em quadra. Se tivesse duas, poderia ter vencido. Tandara marcou 31 pontos, arrebentou no ataque, se destacou no bloqueio e sacou com extrema eficiência. Uma pena que Sassá, outra ponteira, não tenha correspondido. O Sesi dá sinas de evolução, mas não tem peças de reposição. É fato. A líbero Juliana é esforçada, mas não me parece que tenha bola suficiente para ser titular de um time de ponta ainda.

Bia surpreende a cada jogo, tem futuro na posição e foi novamente mais eficiente do que Fabizona. Pena que Dani Lins não tenha lido dessa maneira.

A virada de Osasco passou obviamente por Fernanda Garay. O que chamou atenção, fora os 36 pontos em 5 sets, foi a maneira como Garay se comportou em quadra. Pediu bola, assumiu a responsabilidade na ponta e simplesmente ignorou o bloqueio do Sesi.

Fabíola insistiu desnecessariamente com Thaísa em algumas bolas, mas teve o discernimento de usar Garay nos momentos decisivos e poupar Gabi na hora da decisão.

Gabi e Larissa são boas promessas, mas é preciso ter cautela e conter a empolgação. No caso de Larissa então nem se fale. Dani, titular até então, é fraca demais, portanto qualquer uma poderia se sair bem na função.

A realidade é que Sheilla mudou a cara do jogo no terceiro set. Fabíola ganhou confiança e Sheilla, mesmo aparentando estar longe da forma ideal, virou bolas importantes, deu segurança ao time e Osasco contou com mais uma opção na rede.

Com as vitórias do Rio e de Campinas na rodada, os 3 principais times da superliga estão empatados com 17 pontos e uma derrota.

 


Jogadores da seleção desafiam os limites do corpo e jogam à base de analgésico
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Bruno Voloch

Joelhos e ombros não estão resistindo.

Não tem sido fácil suportar o calendário que praticamente emenda seleção brasileira, campeonatos estaduais e superliga. O tempo de descanso é mínimo.

Para variar, quem sofre cada vez mais com as consequências são os jogadores.

O uso de Voltaren 75 mg é constante e quase obrigatório entre a maioria dos atletas.

''Os veteranos não resistem, mas o que me chama atenção é o fato da molecada chegar no clube 'estragada'da seleção e virar refém do Voltaren''.

O alerta é de um ex-jogador da seleção brasileira e que convive com o vôlei.

''Os treinos ainda podem ser administrados, mas sem o uso do medicamento não seria possível os caras jogarem na mesma intensidade''.

Murilo é um dos exemplos.

O jogador do Sesi sofre com dores no ombro, evita operar e não entra em quadra sem o uso de Voltaren.

Wallace, ex-jogador do Sesi, operou o ombro e voltou normalmente. Giba tem problema semelhante ao de Murilo e resistiu.

Eleito melhor jogador do mundo em 2010, Murilo sabe que precisa operar, mas teme perder rendimento no futuro.

Sidão necessita dos mesmos cuidados no antebraço.

No RJX, Dante faz reforço nos joelhos, mas é outro que depende do remédio. Ficou 4 meses afsatado das quadras e precisa de um trabalho diferenciado.

Lucão essa semana fez importante exame para saber a gravidade da contusão na canela. Thiago Sens não está 100%.

Leandro Vissoto, no Ural Ufa da Rússia, e Henrique, no Minas, também precisam em momentos críticos de dor.

''Em dia de jogos eles tomam um comprimido a cada 8 horas. Sei disso porque pude conviver com isso durante anos da minha vida'', confirma o ex-atleta.

Wallace, revelação do vôlei brasileiro, está com 25 anos. Mas se quiser jogar por mais 10 anos terá que se cuidar:

''O Wallace é jovem, tem saúde, mas sofre muito com o ritmo dos treinos no clube e especialmente na seleção. É um crime treinar em aeroporto. Não existe limite e esse menino pode acabar estourando por dentro'', desabafa um profissional ligado ao Cruzeiro.

Embora o analgésico preencha todos os requisitos de uma substância dopante, a Wada, Agência Mundial Antidoping, diz que o Voltaren ainda não é condiserado doping.

A Fifa é contra esse procedimento para jogadores e médicos que não respeitam limites para mascarar a dor. Apesar do alerta, quase 40% dos jogadores que disputaram a Copa da África do Sul jogaram sob efeito de analgésicos.

''A prática não é ilegal, apenas acho que o uso regular de analgésicos é ruim e prejudicial aos atletas. A dor é sempre um sinal do corpo de que algo está errado. O risco de aumentar a lesão é enorme'', afirma o médico de um dos times favoritos ao título da superliga masculina.

Marcelo Negrão, campeão olímpico em 1992, sofreu com cirurgias ao longo dos 21 anos de carreira. O esgotamento do corpo alcançou Ronaldo Fenômeno.

Murilo, Vissoto, Lucão, Dante, entre tantos outros, demonstram profissionalismo, mas desafiam diariamente os limites do corpo.

A relação dos clubes com a seleção segue rigorsamente a mesma. Cada um protege seu lado e o atleta, aquele que decide e paga a conta, fica em segundo plano.

 


Interesse do Fluminense em Marcio Azevedo faz Botafogo sonhar com Rafael Sóbis
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Bruno Voloch

O Botafogo aceita negociar Marcio Azevedo.

Não existe jogador inegociável no elenco.

Os dirigentes sabem da necessidade de reforçar o elenco. Como o caixa anda baixo, o Botafogo quer usar alguns jogadores como moeda de troca.

Marcio Azevedo poderia ir para o Fluminense. Para que isso aconteça, Rafael Sóbis teria que ser incluído na negociação.

O goleiro Renan chegou a ser cogitado no Vasco para substituit Fernando Prass.

Os dirigentes aceitam emprestar Renan, mas gostariam de ver Eder Luis envolvido na transação.

Não existe verba para pagar quase R$ 600 mil por mês para trazer Grafite dos Emirados Árabes.

Dois laterais, um zagueiro e um atacante serão contratados.

O Botafogo ainda quer se desfazer de Fábio Ferreira, Brinner, Lima, Lennon, Vitor Júnior e Jobson.

O futuro de Loco Abreu está indefinido.

A justiça irá determinar os próximos passos de Bruno Mendes.

Outro Bruno, o Mineiro, da Portuguesa, é visto com bons olhos em General Severiano.

O novo Botafogo se reformulou fora de campo. Detonou sem muitas explicações vários profissionais do departamento de futebol e só.


Torcida organizada do Vasco ataca Romário e exige retirada da estátua de São Januário
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Bruno Voloch

A Força Jovem, maior torcida organizada do Vasco, se revoltou com as críticas de Romário ao clube e exigiu, através de uma carta, que a estátua do jogador seja retirada imediatamente de São Januário.

Eis o conteúdo da carta entregue ao presidente:

''O G.R.T.O. FORÇA JOVEM DO VASCO vem por meio de seu Presidente Fet e do seu Vice-Presidente Robinho e toda a sua DIRETORIA , solicitar ao Presidente do C.R.Vasco da Gama, em caráter de urgência, uma data para a retirada da estátua do ex-jogador Romário.
Pedimos ao Presidente e a toda sua Diretoria, que nós mesmos retiraremos a estátua do ex-jogador, que nunca foi digno de tamanha homenagem, visto que, no nosso entender, o mesmo, deveria responder judicialmente pelas recentes declarações aos veículos de comunicação, de forma pejorativa ao clube que lhe revelou para o futebol e lhe deu tudo o que ele tem hoje em dia, e se alguém conhece Romário, foi por que o C.R.Vasco da Gama lhe deu uma oportunidade única de ser alguém na vida, senão o próprio hoje seria uma pessoa normal.
A DIRETORIA do G.R.T.O FORÇA JOVEM DO VASCO, fará a retirada da estátua do anão, sem danifica-la, visto que a mesma é de bronze e poderá ser revertida para melhorias em outras áreas da nossa casa.
Romário, você além de ser extremamente arrogante e soberbo, não aprendeu com Deus, e talvez mereça passar por mais provações, para deixar de ser marrento e uma pessoa desagradável.
Qualquer ataque ao Club de Regatas Vasco da Gama, será passível de processos,pelo nosso Departamento Jurídico, visto que, estaremos de olho e fiscalizando as suas próximas declarações''.

O espaço é democrático, tentamos ouvir Romário, que sempre tive bom relacionamento e cansei de entrevistar no gramado, mas ainda não tivemos retorno.

 


Escolha ‘Mandrake’, regra quebrada e o desabafo de Dante. E aí, Fronckowiak ?
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Bruno Voloch

O Rio venceu mais uma e segue invicto.

Jogou mal é verdade, errou demais, mas alacançou o objetivo que era conseguir mais 3 pontos.

A fragilidade do adversário, Vôlei Futuro, contribiuiu para que os cariocas ganhassem a sexta seguida mesmo atuando abaixo da média.

Independente do que acontecer entre Sada/Cruzeiro e Sesi, o Rio continuará líder da superliga.

Honestamente, gostaria de saber o que fez Riad em quadra para ser o escolhido o melhor do jogo. Não estou afirmando que Riad fez uma partida ruim, mas longe de ter sido superior aos comanheiros Théo e Lucão, esse sim, o destaque para variar.

Lucão é a bola de segurança do Rio de Janeiro.

Mas como essa eleição 'mandrake' nunca é baseada no aspecto técnico e sim na base da política, vida que segue.

O Rio abusou dos erros de saque e atuou sem a concentração necessária.

Nada contra o ginásio da Hebraica, mas é insuportável acompanhar o jogo com animadores de torcida e músicas inapropriadas para o evento. Feriram a regra diversas vezes. Lamentável.

Se existe pouca coisa que possa ser dita do jogo, a declaração de Dante no fim da partida foi em tom de brincadeira, mas tem um fundo de verdade.

Dante estava visivelmente chateado por ter entrado somente no último set e disputado 5 pontos. Disse vários palavrões em direção ao banco e usou o termo ' puto' para se referir a situação. Garantiu estar 100% dos joelhos e contestou a condição de reserva.

Ele tem razão no aspecto 'bola'.

Thiago Sens é regular, não dá prejuízo, se vira relativamente bem, mas não é mais jogador que Dante. Pode brigar, se tanto, com Thiago Alves.

Essa bomba já está nas mãos do treinador Marcelo Fronckowiak, devidamente alfinetado.

Que Dante não pode ser banco, isso não é fato.

Dizem que em time que está ganhando, não se mexe.

E aí Fronckowiak ?

Cadê o Dante ?


Vitória do alívio contra a ansiedade
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Bruno Voloch

Foi sofrida a vitória do Cortinthians na estreia do mundial.

O time esteve longe de apresentar um futebol convincente, mas superou a ansiedade e a falta de qualidade técnica com muita aplicação.

Se Cássio quase não trabalhou, o mesmo se pode dizer do goleiro egípcio Ekramy enquanto esteve em campo. Elseoud seguiu a mesmo linha.

Uma partida de poucas oportunidades de gol, mas disputada na bola e sem violência. Pobre tecnicamente falando.

O Corinthians jogou para o gasto e teve a competência de aproveitar uma das raras chances nos 90 minutos.

Quem esperava jogo fácil, goleada ou algo nesse sentido, estava enganado. A maioria se enganou.

O Cortinhians levou sufoco no segundo tempo e só respirou quando o mexicano Marco Rodriguez encerrou o jogo.

A bola terminou curiosamente com quem menos trabalhou: Cássio.

Vibração contida em campo dos jogadores. Sinal de consciência que o time poderia ter rendido muito mais.

 


Stacy Sykora tem sequelas, não supera problema de visão e decide abandonar o esporte
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Bruno Voloch

Stacy Sykora, aos 35 anos, está deixando o vôlei.

A norte-americana foi obrigada a tomar essa decisão porque não consegue enxergar direito, está sem reflexo e sofre até hoje com problemas de visão.

Stacy sofreu acidente em Osasco quando jogava pelo Vôlei Futuro em abril de 2011.

A jogadora defendia o Urbino, da Itália. Stacy passou pela Rússia, Espanha e Itália.

Eleita melhor líbero do mundo em 2010, Stacy coleciona vários titulos pela seleção dos Estados Unidos. A líbero foi medalha de prata na olimpíada de Pequim em 2008.

Há dois meses, em entrevista ao site pallavoliamo.it, a jogadora afirmou que é homossexual e fotografou ao lado da namorada Shivonn.


José Roberto Guimarães admite mudanças na seleção e sai em defesa de Natália
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Bruno Voloch

“É um processo natural. A gente precisa colocar algumas meninas para jogar, só dessa maneira poderemos testá-las. Ao mesmo tempo, se for necessário, poupamos as mais experientes. Cada caso será analisado individualmente''.

Foi dessa maneira simples e objetiva que o treinador da seleção feminina, José Roberto Guimarães, confirmou que pretende dar oportunidades para as mais jovens em 2013.

O técnico se recusou a falar sobre Mari, para ele assunto morto.

Se Mari é passado, Natália é presente.

Por causa da ausência de Mari, a participação de Natália na olimpíada de Londres foi alvo de críticas. O treinador fez questão de defender a jogadora do Rio de Janeiro:

“Algumas pessoas maldosas disseram que a Natália foi para Londres para passear. É mentira. A Natália foi leal, honesta, correu atrás, nos ajudou muito nos treinamentos e foi importantíssima contra a China e na final contra os Estados Unidos”.

Inconformado, José Roberto Guimarães lembrou:

“Ela jogou todo o tie-break contra a China e a Jaqueline foi para o banco. Se a gente tivesse perdido aquele jogo, ganharíamos um ponto e estaríamos eliminados da olimpíada. Isso as pessoas não lembram”.

Mari foi preterida como ponteira. Natália, Jaqueline, Paula Pequeno e Fernanda Garay foram as escolhidas. A líbero Camila Brait acabou sendo cortada na ocasião da confirmação de Natália.