Blog do Bruno Voloch

Ana Tiemi dá exemplo, deixa de ser banco no Brasil e faz sucesso na Europa
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Bruno Voloch

Ana Tiemi começa a colher os frutos da mudança para o vôlei europeu.

A jogadora foi corajosa, deixou de ser banco nas principais equipes do Brasil e topou o desafio de jogar na Turquia.

A levantadora é titular do modesto Bursa Sehir. O time ocupa a sexta colocação no campeonato nacional e Ana Tiemi já desperta a atenção das equipes grandes do continente europeu.

A argentina Georgina Pinedo, a croata Mia Jerkov e a bielorrussa Ekaterina Skrabatun são as demais estrangeiras do clube.

Antes de desembarcar na Turquia, Ana teve uma passagem relâmpago pelo Igtisadchi Baku, do Azerbaijão.

Essa é primeira temporada da atleta no exterior.

Ana Tiemi tem sido convocada para a seleção de novos e jogou a última superliga pelo Vôlei Futuro de Araçatuba. Em 2012, foi vice-campeã da Copa Pan-Americana e da Yeltsin Cup.

No início de carreira, chegou a ser cotada para substituir Fernanda Venturini na seleção principal. Ana porém não se firmou com José Roberto Guimarães como treinador na seleção principal.

Vale ressaltar que Ana Tiemi tem apenas 25 anos.

A experiência que está adquirindo no exterior pode ser fundamental na retomada da carreira.

Ana Tiemi foi inteligente e abriu mão de ganhar mais dinheiro no Brasil, em troca de bagagem e reconhecimento internacional.


Dorival Júnior, time em lua de mel com torcida e a política do Flamengo
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Bruno Voloch

Nem mesmo o mais otimista torcedor do Flamengo poderia prever um início de temporada tão positivo.

O time é líder, está invicto e depende de dois empates para ser campeão da Taça Guanabara.

Pressionado e desacreditado por parte da diretoria, Dorival Júnior é um dos responsáveis pela boa fase do Flamengo. Longe de ser prioridade, o técnico não tinha segurança, seu nome era sempre questionado e ainda vive sob desconfiança.

Mas Dorival Júnior vai trabalhando e a equipe respondendo.

Medalhões como Renato Abreu aceitaram a reserva passivamente e entenderam a filosofia do técnico.

O que mais chamou atenção na vitória contra o Botafogo foi o jogo coletivo do Flamengo.

Os volantes sabem dar proteção aos laterais, Ibson reagiu e todos os jogadores se empenham na marcação. O Flamengo é agressivo, tem velocidade e começa a marcar no campo do adversário.

Jefferson foi obrigado a dar chutão inúmeras vezes.

Concordo que o Flamengo ainda não ganhou nada, faz sentido. Mas a relação com o torcedor muda a cada partida. A maneira como o time se entrega em campo conquista as arquibancadas e o resultado passa a ser secundário.

Ver jovens como Rafinha e Rodolfo em campo traz a torcida de volta ao túnel do tempo. O Flamengo era assim, formava jogadores em casa, mais um ponto para a coragem de Dorival Júnior.

Evidente que o Flamengo não está pronto. Não se sabe por exemplo até quando vai durar o momento iluminado de Hernane. Carlso Eduardo acabou de chegar e Elias ainda vai crescer durante o campeonato.

A pontaria precisa ser calibrada. Se tivesse um pouco mais de capricho, o Flamengo faria 2 ou 3 gols no segundo tempo.

No Engenhão, a torcida foi maioria absoluta.

O Flamengo vive momentos de paz, ou pelo menos deveria.

O que não dá para entender e aceitar é ver ex-diretores da gestão Patrícia Amorim, como Cacau Cotta, agredir Clement Izard, em pleno estádio. Trata-se de rixa pessoal.

Cacau escolheu o dia e a hora errada para extravasar sua ira.

A política não pode atrapalhar a lua de mel vivida por time e torcida.


Seedorf é acima da média e vira ‘problema’ no Botafogo
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Bruno Voloch

E o Botafogo não resistiu ao segundo clássico na Taça Guanabara, caiu e perdeu a invencibilidade que sustentava na competição.

Concordo em parte com o que disse o sempre lúcido Seedorf após a a partida. O time não pode e nem deve se abalar com o resultado negativo.

O Botafogo porém precisa tirar algumas lições se quiser evitar uma nova decepção nas semifinais.

A escalação de Julio Cesar como volante foi arriscada, precipitada e não deu certo. Fato. O jogador foi lento e deixou Hernane livre para fazer o gol do Flamengo. Fora isso, Julio estava perdido em campo e não encontrou sua posição em nenhum momento.

Não havia cobertura para os laterais, especialmente Marcio Azevedo. Por aquele setor o Flamengo deitou e rolou. Por sinal, Azevedo ficou devendo e voltou a jogar mal, como nos velhos tempos.

Fellype Gabriel é importante em termos táticos, mas é impressionante como não consegue jogar os 90 minutos. Quase sempre acaba a partida no banco, seja por contusão ou desgaste físico.

Oswaldo errou ao tirar Bruno Mendes e colocar Sassá. O jovem atacante, no caso Sassá, sentiu demais a partida, não rendeu e o técnico aos poucos vai minando a confiança que resta de Bruno.

Vitinho foi mal, mas tem crédito.

Lodeiro vive de altos e baixos.

Fica nítida a dependência do Botafogo por Seedorf. O camisa 10 pensa rápido demais e os companheiros não conseguem por muitas vezes acompanhar a cabeça do jogador.

Só ele é capaz de fazer algo diferente em campo. É líder, se impõe com facilidade, ajuda na marcação, vai ao ataque e faz gol. Mas nem todo jogo poderá resolver. Contra o Flamengo deixou Vitinho e Fellype Gabriel na cara do gol, mas ambos falharam na conclusão. O Botafogo precisa de um atacante de área.

O Botafogo não peças de reposição. Seedorf certamente não aguentará o ritmo e o número de jogos em 2013. Sem ele, será difícil.

Seedorf virou 'problema'.

Ele atua em um nível tão acima dos demais que o torcedor exige o mesmo de quem não pode oferecer, caso da maioria.


Mari rompe os ligamentos do joelho e não joga mais pelo Fenerbahçe
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Bruno Voloch

Chegou ao fim a temporada de Mari no Fenerbahçe.

A jogadora sofreu uma séria lesão no joelho na partida contra o Eczacibasi pelo campeonato turco.

Mari, que estava na reserva e foi escalada como titular, se contundiu ainda no primeiro set.

Os médicos do clube constataram o rompimento do ligamento cruzado e anterior do joelho esquerdo.

O prazo de recuperação é de no mínimo 6 meses.

Mari não deve renovar contrato com o Fenerbahçe.

Ainda não há previsão de quando a jogadora será operada e se a cirurgia será realizada na Turquia ou no Brasil.

Em 2010, Mari teve lesão semelhante. A atleta sofreu uma entorse no joelho direito durante uma etapa do Grand Prix e parou por 7 meses. Antes, em 2005, a atleta já havia operado o ombro.

O Fenerbahçe, onde atua Paula Pequeno, perdeu o jogo por 3 a 0 e ocupa a quarta colocação.


Jogo coletivo do Flamengo supera genialidade de Seedorf
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Bruno Voloch

Eletrizante o primeiro tempo no Engenhão.

Flamengo e Botafogo foram extremamente ofensivos, buscaram o gol e fizeram o tempo voar.

Jogo bom, disputado na bola e emocionante.

Hernane fez 1 a 0. Julio César, improvisado como volante, foi lento e deixou livre o atacante rubro-negro.

Fellype Gabriel acerta a trave em seguida. Vitinho isola em ótimo passe de Seedorf e o Botafogo abusa nos erros de finalização.

Rafinha, tímido a maior parte do tempo, poderia ter aumentado, mas Jefferson evitou.

Felipe, do outro lado, evitaria o empate em chute de Bruno Mendes e assim o Flamengo foi para o vestiário em vantagem.

Como era de se esperar o Botafogo não conseguiu manter o ritmo alucinante. Lucas e Marcio Azevedo davam espaços nas laterais e os volantes eram facilmente batidos. De hábito, Fellype Garbriel não suportou e foi substituído.

Oswaldo de Oliveira ainda tirou Bruno Mendes no intervalo prejudicando o setor ofensivo do time e o Botafogo se limitava a genialidade de Seedorf.

O Flamengo se cansou de perder gols. Rodolfo, Rafinha e Ibson perderam chances claras.

Pelo que jogou nos 90 minutos, a vitória rubro-negra foi merecida.

O jogo coletivo do Flamengo superou o Seedorf.


Só Carlos Alberto se salva em São Januário
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Bruno Voloch

O Vasco venceu, mas não convenceu. Ficou devendo.

O primeiro tempo do time foi sofrível. Apesar das bolas na trave e do domínio territorial, o Vasco teve sérios problemas com os contra-ataques do Audax.

Dieyson e Abuda foram uma negação e erraram praticamente tudo.

Nei segue tímido na lateral e Leonardo só faz número em campo.

Curioso é que Gaúcho parece ter gostado do que viu porque não alterou a equipe no intervalo.

Os gols sairam no segundo tempo muito mais em função da fragilidade do adversário do que por méritos do Vasco.

Só dá para livrar Carlos Alberto.

O camisa 10 fez toda a jogada do primeiro gol, Fabiano Eller salvou e Éder Luis só empurrou para o gol.

Já com Bernardo em campo, Wendel finalmente acertou um cruzamento e Carlos Alberto teve que chutar duas vezes para marcar. Ele ainda faria mais um, mas que foi bem anulado pelo árbitro.

O Vasco volta a vencer graças ao talento de Carlos Alberto, mas está longe de ser um time confiável.


Lesão no joelho encerra temporada de Mari na Turquia
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Bruno Voloch

Acabou a temporada de Mari na Turquia.

A jogadora sofreu uma lesão no joelho esquerdo e as primeiras notícias dão conta de que Mari rompeu os ligamentos.

A contusão aconteceu na derrota do Fenerbahçe para o Eczacibasi por 3 a 0.

Mari ficou em quadra apenas poucos minutos do primeiro set e foi escalada no lugar de Paula Pequeno.

A atleta saiu do ginásio de ambulância e foi direto ao hospital.

Os médicos do Fenerbahçe vão esperar as próximas horas, realizar novos exames e definir a data da provável cirurgia.


Fenerbahçe perde por 3 a 0 na Turquia e Mari tem suspeita de lesão no joelho
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Bruno Voloch

A fase não é das melhores para Mari.

Reserva durante toda a temporada no Fenerbahçe, a jogadora finalmente ganhou uma oportunidade no time titular.

Kamil Soz, técnico da equipe, escalou Mari na vaga de Paula Pequeno, poupada para a final da Copa Europeia, para enfrentar o Eczacibasi pelo campeonato turco.

Mas a sorte não tem acompanhado a ex-jogadora da seleção. Ainda no primeiro set, a Mari sofreu uma contusão no joelho esquerdo, caiu em quadra e não voltou mais para a partida.

Mari será submetida a exames mais detalhados nas próximas horas para avaliar a gravidade da lesão.

O Fenerbahçe, que contou com Lindsey Berg e Kim Koung, foi facilmente dominado e perdeu por 3 a 0, parciais de 25/14, 25/22 e 25/21. O resultado deixa o time com apenas 29 pontos, distante dos líderes e somente na quarta colocação.

A vitória coloca o Eczacibasi, de Sokolova, como vice-líder com 42 pontos.

O Vakifbank, de Brakocevic e Fürst, ganhou mais uma, fez 3 a 0 no Iller Bankasi e alcançou a décima quinta vitória em 15 jogos.

O Galatasaray, das italianas Lo Bianco e Gioli, aplicou 3 a 1 no Yesilyurt, foi aos 36 pontos e permanece em terceiro lugar.


Carol Albuquerque coloca Dani Lins no banco e muda cara do Sesi no melhor jogo da superliga
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Bruno Voloch

No esporte é assim e o vôlei não foge a regra.

Mas nem Sesi, nem Unilever, mereciam sair derrotados de quadra. Acontece que um tinha que vencer. Deu Unilever, mas o Sesi poderia perfeitamente ter vencido o jogo.

Sesi e Unilever protagonizaram a melhor partida da temporada. Lances disputadíssimos, equilíbrio, variações táticas e muita dramaticidade.

Bernardinho e Talmo tiveram que quebrar a cabeça e usar o que tinham de melhor para alcançar o resultado positivo.

A Unilever chegou a fazer 2 a 0 com 25/21 e 26/24. Talmo colocou em quadra Carol Albuquerque e a ex-levantadora da seleção deu um banho em Dani Lins e mudou a cara do jogo.

O Sesi empatou com 25/22 e 26/24.

Antes que o Sesi empatasse a partida, Bernardinho ainda tirou Gabi e usou Regiane. Sacou Valeskinha e fez entrar Mara. O Sesi porém seguia atrás de Natália no passe e Carol usando e abusando das jogadas com Tandara e as centrais Bia e Fabiana.

Se o ataque do Sesi rodou mais bolas, o bloqueio da Unilever foi mais eficiente e Natália supreendente do fundamento.

No tie-break, com direito a bola duvidosa de Natália e que a arbitragem fez voltar corretamente, o Sesi teve leve domínio, mas não teve a capacidade de administrar a pequena vantagem que tinha. A Unilever buscou e na camisa fechou com Juciely e 20/18.

Ninguém jogou mais bola do que Tandara e Carol Albuquerque.


Praia Clube e Campinas sem cubanas; Praia Clube e Campinas de Juliana e Priscila Heldes
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Bruno Voloch

Sem Herrera de um lado e Ramirez do outro, deu a lógica em Uberlândia.

Campinas superou o Praia Clube e venceu por 3 sets a 1.

O jogo foi equilibrado nos dois primeiros sets, rallies interessantes, mas o time paulista prevaleceu nos momentos decisivos.

As gêmeas Monique e Michelle jogaram muita bola. Dani Scott foi um paredão na rede, fez sea melhor atuação desde que voltou ao Brasil, mas faltou Herrera. Dá para afirmar que com a cubana o resultado poderia ser outro.

O que não dá para entender é a indefinição de Spencer Lee em relação as centrais. Dessa vez Angélica começou e Letícia entrou no terceiro set.

Não entendo porque o técnico não define a companheira de Dani no meio.

O Praia Clube como de hábito foi vibrante, atuou com muita disposição, segue arrumado taticamente, mas não sobrevive sem Herrera. É fato.

José Roberto Guimarães segue poupando Fernandinha para os playoffs e deu um 'gelo' em Ramirez. O time se comportou bem, ainda tem momentos de instabilidade, mas Rosamaria deu conta do recado.

Priscila Heldes ganha confiança a cada partida e passa a ser uma ótima opção. Trata-se de uma levantadora de bom nível, saque eficiente e que muda o estilo de jogo de Campinas. É um bom nome para ser testado na seleção B, assim como Juliana, do Praia.

Natasha finalmente desencantou. Vasileva teve dificuldades no passe, mas se virou bem no ataque.

Priscilla Daroit foi eficiente.

Foi bom poder ver Soninha de volta. Dificilmente ela estará 100% para as quartas de final, mas Soninha irá ajudar muito Campinas e vira uma alternativa interessante para a comissão técnica.

Praia Clube e Campinas com Herrera e Daymi seria ainda mais disputado. Praia Clube e Campinas, de Juliana e Priscila Heldes, levantadoras que deixaram de ser promessa e começam a virar realidade.