Sesi ignora passado e admite parceria entre Mari e Sheilla
Bruno Voloch
Mari e Sheilla podem jogar juntas novamente.
Fabiana, central da seleção brasileira, é amiga pessoal de Sheilla e o grande trunfo do Sesi para convencer a oposta a trocar de time para a temporada 2013/14.
Como era de se esperar, o novo ranking estabelecido pela CBV fechou as portas e deixou Sheilla distante de Osasco. A renovação da jogadora não foi cogitada e está longe de ser prioridade.
A possível contratação de Sheilla seria fundamental para o Sesi acertar a permanência de Dani Lins. A levantadora, acostumada a conquistar títulos, não disputa uma decisão de superliga desde que optou em deixar o Rio de Janeiro, se transferir para São Paulo e defender o Sesi. Para ficar, Dani exige entre outras coisas um time competitivo. Sheilla é um caminho.
A novidade maior pode ficar por conta de Mari.
A atleta, que se recupera de uma cirurgia no joelho, seria repatriada. Os dirigentes e Talmo, técnico do time, sabem que só poderão contar efetivamente com Mari nas finais do campeonato paulista e na próxima superliga. Mesmo assim, a idéia de contar com ela é bem aceita.
A contusão e a fraca temporada na Turquia impedem Mari de exigir cifras exorbitantes no contrato o que facilita as negociações com o Sesi. O assunto ainda é tratado com cautela e discutido internamente no clube.
A parceria entre Mari e Sheilla fez sucesso no Pesaro, da Itália, mas deu certo pela última vez há quase 3 anos. Após fracassar no extinto São Caetano, a Unilever juntou as jogadoras na temporada 2010/11 e conquistou a superliga. Desde então, as duas não vingaram juntas.
Na seleção brasileira, a dupla deu certo apenas no ciclo olímpico até Pequim. 4 anos mais tarde a história foi diferente. Preterida, Mari acabou cortada dos jogos de Londres 2012 e viu Sheilla comemorar o bicampeonato.
Pelo passado recente de insucessos, ver Mari e Sheilla juntas novamente, parecia improvável, mas o Sesi está disposto a quebrar esse tabu.