Blog do Bruno Voloch

Categoria : Vôlei

Sheilla desequilibra, Rio vence velho freguês e escolhe destino na superliga
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Bruno Voloch

O Rio confirmou diante do Pinheiros a primeira colocação na fase de classificação da superliga feminina. Nenhuma novidade.

O blog bancou essa liderança há quase dois meses, ou seja, desde quando o Rio derrotou Osasco em casa por 3 a 1 na última rodada do turno. O resultado negativo diante do Macaé trouxe desconfiança, mas a gente seguiu afirmando que o Rio seria, como de fato foi, o líder geral na fase de classificação.

Vencer o Pinheiros não é novidade para os cariocas. A história desses confrontos mostra jogos equilibrados, muito disputados, mas a vitória sempre fica com o Rio. Na penúltima rodada em São Paulo não foi diferente.

Poder enfrentar o Pinheiros nas semifinais agrada a comissão técnica do Rio. O Pinheiros sente muita pressão e respeita demais o Rio, talvez mais até do que deveria.

Continuo achando o Rio de Janeiro favorito para vencer a superliga, mas o time não conseguiu nos últimos jogos, especialmente depois da derrota para o Vôlei Futuro, resgatar o bom voleibol apresentado no início do primeiro turno e em boa parte do segundo.

A oposta Sheilla foi o grande destaque na vitória contra o Pinheiros. 31 pontos e uma atuação decisiva no tie-break. Sheilla marcou mais pontos do que Regiane e Mari juntas. O Rio venceu na camisa, na tradição, nos erros do Pinheiros, mas precisa de ajustes.

É difícil acreditar de que esse time possa ser campeão com Regiane de ponta. Essa menina é insegura, não passa, está sempre mal posicionada para defender e aparenta estar sempre assustada. É o ponto fraco do Rio.

O Pinheiros tem uma história conhecida do grande público. Em termos de superliga, chega, faz bons jogos, mas não leva nada. Dessa vez não será diferente. Conseguir levar o jogo para o quarto set foi um prêmio para as jogadoras. O Pinheiros as vezes perde para ele mesmo. Erra quando não pode e demonstra fragilidade emocional.

Em mais uma derrota para o Rio, Fabíola e Soninha destoaram das demais jogadoras. Fabíola é esforçada, mas erra sempre quando não pode. Jú Costa foi a melhor do time, Carol uma grata surpresa e Ivna corajosa, mudando o panorama da partida.  Lia é aquilo de sempre com altos e baixos e prefiro por questão de respeito não falar da líbero Suelen. Pode parecer pessoal e preconceituoso de minha parte, mas uma jogadora profissional não pode atuar nas condições físicas apresentadas pela líbero do Pinheiros. É simples.

Rio e Pinheiros fizeram novamente um bom jogo e com vencedor de sempre. 

O Rio joga um simples amistoso contra Osasco no sábado, aguarda pelo adversário a ser batido nas quartas de final e espera o Pinheiros novamente na semifinal. Era tudo que o Rio esperava. O caminho para a decisão está aberto.


Japão decide terminar V-League, declara campeão e brasileiras são premiadas
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Bruno Voloch

Comovidos com a situação do país, os membros da federação de vôlei do Japão decidiram terminar o campeonato da temporada 2010/2011.

Mesmo ainda faltando algumas rodadas da fase de classificação e todo o playoff para ser disputado, a federação optou em encerrar a competição.

Segundo os dirigentes da V-League, não existe clima no país e muito menos interesse da população nos eventos esportivos em função da grave crise que tomou conta do Japão.

O JT Marvelous foi declarado campeão da temporada. O time da levantadora Takeshita somou 20 vitórias, uma a mais que o Toray Arrows, vice-campeão.

O Hisamitsu da brasileira Elisângela terminou o campeonato na terceira posição com 16 vitórias. Elisângela ganhou ainda o prêmio de melhor saque.

Em sua primeira temporada no Japão, Fernanda Garay amargou o quarto lugar com o NEC. Assim como Elisângela, Fernanda Garay foi destaque em temos individuais e terminou como a maior pontuadora de campeonato com 620 pontos.

A norte-americana Foluke Akinradewo foi escolhida melhor jogadora da temporada.


Na bola e com quadra seca, Macaé ignorou favoritismo e provocações do Vôlei Futuro
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Bruno Voloch

Após vencer de forma convincente o Rio por 3 a 0 no Maracanãzinho, o Vôlei Futuro voltou ao normal.

Favorito absoluto, o Vôlei Futuro tropeçou e acabou perdendo para o Macaé por 3 sets 2. O resultado deixa claro que a equipe ainda não atingiu a regularidade necessária na competição e que ainda está bem longe de ser um time confiável.

A derrota traz o Vôlei Futuro de volta à dura realidade. 

O jogo foi tenso e marcado por provocações. A levantador Luiza brilhou, colocou Camila Adão no banco e comandou a vitória do time de Macaé. Gabriela fez uma bela partida e as jogadoras do Macaé atuaram com uma garra impressionante, visivelmente ‘mordidas’ pelas declarações dadas pelo técnico William Carvalho na véspera.

O treinador do Vôlei Futuro, inconformado com o adiamento da partida de domingo para segunda-feira e com as condições da quadra, disse que seu time ganharia com piso seco ou molhado.

Pois bem.

O Vôlei Futuro fez um jogo regular e sentiu demais a ‘ausência’ de Tandara. A ponteira rendeu muito abaixo do esperado e Elis não resolveu a situação. Joycinha segue evoluindo, o mesmo acontecendo com Paula e Fabiana.

E as lições ?

Bem, William deve ter aprendido, aliás pensei que já tivesse tido essa lição, que não se ganha nenhum jogo de véspera. No vôlei, de uma maneira geral, as coisas se resolvem na bola e foi na bola que Macaé venceu.

Macaé teve uma virtude que definitivamente não deve fazer parte do dia a dia do Vôlei Futuro:  a humildade.

William deveria desembarcar em Araçatuba com os 2 pontos na bagagem e uma vitória de 3 a 0.  Agora terá que guardar a empáfia, abrir o dicionário, procurar o significado de ‘humildade’ e tentar aprender a conviver com as críticas.


Rússia confirma participação da seleção feminina do Brasil na tradicional Yeltsin Cup
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Bruno Voloch

A seleção feminina vai participar pela primeira vez da tradicional Yeltsin Cup na Rússia.

A competição acontecerá entre os dias 5 e 10 de julho na cidade de Yekaterinburg. Além de Rússia e Brasil, jogarão a Yeltsin Cup as seleções da Holanda, Polônia, China e Ucrânia.

A federação russa confirmou ainda que a seleção atual campeã mundial não jogará a Montreux Volley Masters.

Alguns jogos amistosos entre Rússia e Brasil estavam sendo programados para junho, mas o treinador russo, Vladimir Kuzyutkin, pediu o cancelamento das partidas.

Depois de ficar de fora no ano passado, a Rússia jogará o Grand Prix de 2011.


CBV usou bom senso e após os tristes episódios, Vôlei Futuro tem obrigação de vencer o Macaé
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Bruno Voloch

Absolutamente sensata a decisão da CBV.

O campeonato não poderia continuar e seria incoerente realizar as duas rodadas restantes antes de conhecer o resultado do jogo entre Macaé e Vôlei Futuro.

Confesso que fiquei temeroso e achei que os responsáveis seguiriam esse caminho.

Bernardinho, Luizomar, Paulo Coco e até Jarbas Ferreira seriam os maiores prejudicados com Rio, Osasco, Pinheiros e Minas. A partida interessa diretamente a todos os times citados e deixar Macaé e Vôlei Futuro para ser jogado após a nona rodada daria margem a possíveis armações e interesses em resultados ou escolhas de adversários nos playoffs.

Melhor assim ou melhor, menos mal assim.

O bom senso na realização do jogo prevaleceu, mas o profisionalismo passou longe dessa gente.

Macaé e Vôlei Futuro jogam hoje, dizem os dirigentes, mas não se sabe ainda o local e o horário. Pode isso ?

Pode. O pobre do torcedor, sempre ele coitado, que arrume uma maneira de se informar. 

O clima para esse jogo não é bom, pelo contrário. As declarações de William Carvalho de que sua equipe vencerá com quadra limpa ou suja não foram muito bem recebidas pelo Macaé. O time do norte fluminense luta ainda pelo quinto lugar com chances reais de ficar à frente do Minas na tabela. Para o modesto Macaé, seria uma espécie de conquista.

Diante do que foi dito, falado e comentado, o Vôlei Futuro tem obrigação de vencer por 3 a 0, entrar no ônibus e voltar para Araçatuba com o terceiro lugar garantido na bagagem.


William Carvalho, técnico do Vôlei Futuro, comanda comédia pastelão em Macaé
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Bruno Voloch

Uma vergonha.

O que foi aquilo em Macaé ?

Não entendo como pode uma superliga que se diz profissional apresentar um ginásio com o piso naquelas condições.

Todos os profissionais envolvidos no jogo foram expostos ao ridículo, desde a emissora que detém os direitos de transmissão do evento até as jogadoras.

Pobre do delegado da partida, Carlos Alberto.

Levou dedo na cara do treinador William Carvalho, um dos protagonistas do espetáculo, estava sem ação, não tinha iniciativa e só tomou alguma atitude após conversar com o gerente da superliga, Sérgio Negrão.

Como ex-técnico, Sérgio deveria saber melhor do que o coitado do delegado, que a partida não poderia ser realizada. Não por imposição do dono da verdade, William, mas sim porque as jogadoras iriam se recusar a jogar. Elas sabiam do risco que estariam correndo e da humilhação que seriam obrigadas a passar caso aceitassem compactuar com esse absurdo.

Aquele aquecimento de rede foi horroroso com as jogadoras visivelmente se poupando. Fizeram muito bem. Aliás, foram longe até demais. O aquecimento não era necessário diante da decisão que elas já tinham tomado em conjunto.  

Ana Cristina e Luiza, capitãs das equipes, simplesmente comunicaram ao primeiro árbitro o que todos já sabiam e muitos insistiam em não querer entender.   

O responsável ?

Bem o presidente do Macaé, Rogério de Oliveira, nos deve explicações, sem dúvida. Será que ele só foi informado das condições da quadra na hora em quem chegou ao ginásio ?

Lógico que não.

Logo o Macaé. Time revalação do campeonato e que poderia fazer uma partida de igual para igual com o Vôlei Futuro.  

Não tiro a razão do treinador William quando ele diz que faltou um plano B. Mas esse plano B não existe nem em Macaé, talvez não exista em Araçatuba e em vários outras cidades do Brasil.

William deveria perder a mania de se sentir o perseguido, manter a humildade e deixar de querer ser o centro das atenções. Com tantos anos de estrada, ele ainda não entendeu que as críticas podem existir e querendo ou não será obrigado a conviver com elas.

Quando as pessoas procuravam achar uma solução para o piso, eis que William aparece querendo brigar com um torcedor do Macaé. Isso é exemplo que se dê ?

Novamente querendo ganhar no grito ? E logo Araçatuba, recordista de confusão na superliga. Sinceramente, não me parece o time ideal para ditar normas e regras.

A imagem com dedo em riste do delegado da partida, na teoria autoridade máxima no ginásio, foi deprimente. William tinha razão em não querer jogo, mas sua atitude para cima do pobre delegado é inaceitável. William perde a razão.

Após o fictício aquecimento, na preleção ‘mentirosa’ William provoca o adversário e sem um pingo de humildade diz que seu time vai ganhar seja na quadra seca ou molhada, porque é muito melhor. Ele deve mesmo sempre acreditar no seu grupo e passar confiança para as jogadoras, mas existem maneiras diferentes de se motivas um time. Essa é a dele.

Tomara que ele esteja preparado para aguentar a presão, ou melhor, que pressão ?

Esqueci que no Vôlei Futuro não existe pressão por títulos. Mas então para que tanto nervosismo se é irrelevante ser campeão ?

Não dá para entender, William. 

A superliga definitivamente não merecia um domingo como esse. Um domingo de comédia tipo pastelão em Macaé com direito a jogo cancelado por causa do piso.


Dispensado pelo Pinheiros, Marcelinho dá a volta por cima e conquista Copa da Europa pelo Sisley Treviso
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Bruno Voloch

Há pouco mais de dois meses, Marcelinho foi dispensado pelo Pinheiros no início da superliga.

Marcelinho, medalha de prata com a seleção brasileira na olimpíada de Pequim em 2008, disse na ocasião que não entendia os motivos da sua dispensa. Mas com certeza, não foi por deficiência técnica. 

Nesse fim de semana, enquanto seu ex-time amargava mais uma derrota na competição, Marcelinho vivia momentos completamente opostos na europa.

O Sisley Treviso, equipe do levantador brasileiro, conquistou a Copa da Europa ao derrotar fora de casa o Zaksa Kedsierzyn-Kozle da Polônia por 3 sets 1. Na partida de ida em Treviso, o Sisley havia sido derrotado por 3 a 2.

Pelo regulamento da competição, a decisão aconteceu no golden set e o Sisley Treviso venceu o set extra por 15/11. O time conquistou pela quinta vez a Copa da Europa. 

O último título do Sisley tinha sido em 2003.


Humilde, William foi fundamental na vitória do Vôlei Futuro. Bernardinho dessa vez, errou
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Bruno Voloch

O duelo entre William e Bernardinho foi uma atração à parte no jogo entre Rio e Vôlei Futuro.

Os dois dizem se respeitar, conviveram juntos por anos na seleção, mas a rivalidade jamais deixou de existir. É pura demagogia dizer o contrário.

William e Bernardinho vivem papéis opostos hoje em dia. Um é consagrado, tido como intocável e colecionador de títulos. O outro ainda busca seu espaço, já venceu o adversário em decisão, mas ainda é uma incógnita e longe de ser uma referência.

Se perdeu o jogo de ida em casa, William deu o troco no Rio. Sua postura de acompanhar o jogo ao lado da quadra, ponto a ponto com as jogadoras e não deixando Bernardinho apitar o jogo foi decisiva. William bateu boca com Bernardinho, com a arbitragem, mas se impôs. Parou o jogo sempre na hora certa, passou tranquilidade para as jogadoras e foi sutíl com Ana Cristina.

O trabalho da comissão técnica de Araçatuba foi perfeito. As jogadoras tinham tudo decorado do Rio e cumpriram à risca todo o planejamento tático acertado e treinado na semana.   

No fim do jogo, ‘humilde’ e com uma pitada de ironia, William se rendeu à Bernardinho. Disse ser ‘uma honra’ poder vencê-lo e que são grandes amigos.

Tá bom.

São amigos da mesma forma que William não brigou com Paula Pequeno. Aliás, soube que William disse que não brigou com Paula Pequeno e que foi maldade de quem ‘inventou’ essa história.

Pois é. Somos cegos então.

Admita, caro William, com a mesma ‘humildade’ que reverenciou Bernardinho, o que todos viram e presenciaram diante das câmeras de televisão. Naquela partida contra o Mackenzie, não foi uma simples discussão de jogo. 

William deveria aproveitar esse raro momento de vitória contra um grande para enaltecer as qualidades de seu time ao invés de ficar fazendo papel de bom moço e desmentir o que se tornou público e notório. 

Cuidado, eterno capitão.   

E Bernardinho ?

Bem, tem dia que nem ele consegue dar jeito. Mas Bernardinho errou. Demorou demais para perceber que Dani Lins estava completamente fora de jogo. Jogou dois sets com Dani e insistiu boa parte do terceiro set com a jogadora. Quando colocou Roberta foi tarde demais. Mesmo assim com a presença de Roberta, o Rio ainda esboçou uma pequena reação no terceiro set.

Bernardinho não conseguiu fazer o time entender que Mari precisava jogar também e que Sheilla estava sobrecarregada. Rifou cedo demais Regiane e as centrais pareciam perdidas.

Entendo a irritação dele com a arbitragem horrorosa do tal de Anderson Caçador. A CBV se superou dessa vez e o ótimo Josebel Palmerin nos deve explicações. Cara sem critério, inseguro e medroso.

Nada porém que possa justificar o resultado negativo do Rio. O tal caçador errou para os dois lados.  

Bernardinho novamente não deu entrevistas após a partida alegando que precisava respirar. Seria apenas falta de ar mesmo ?

Já escrevi diversas vezes e repito. Quando perde, dificilmente Bernardinho fala com a imprensa e não entendo os motivos, embora desconfie.


Vôlei Futuro não teve folga e trocou a folia por trabalho. Deu certo. Rio não viu a cor da bola.
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Bruno Voloch

Nem o mais otimista torcedor do Vôlei Futuro poderia prever algo semelhante.

Ganhar do líder Rio por 3 a 0 e no Maracanãzinho era uma situação inimaginável, mas aconteceu.

O Vôlei Futuro finalmente teve uma atuação digna de time grande e venceu com méritos por 3 a 0. 

Esse resultado positivo diante do Rio teve início antes do carnaval. Diferente das jogadoras cariocas, o Vôlei Futuro não deu folga para as atletas que treinaram todos os dias de carnaval.

Não posso afirmar que esse fato tenha sido determinante para a vitória, mas certamente teve uma contribuição enorme. E o time tinha mesmo que treinar. Estava devendo faz tempo uma atuação convincente.

Vencer os dois primeiros colocados em sequência motiva as jogadoras e dá confiança ao grupo que é tido como problemático e desacreditado por muitos, inclusive por mim.

Internamente dizem extamente o contrário. Afirmam que o ambiente é o melhor possível e que nunca existiu crise. Imagine.  

Sinceramente, não acho que o Vôlei Futuro seja favorito para vencer a superliga depois dessas vitórias. O Rio segue favorito e o Vôlei Futuro ainda uma equipe imprevisível. Não duvido nada que tenha dificuldades para vencer o Macaé ou que perca a partida. 

William tinha que tomar uma atitude e no mínimo fazer prevalecer o profissionalismo. Parece ter conseguido. Parece. Mas como a equipe não tem obrigação de conquistar o título, segundo os próprios dirigentes, a pressão em cima das atletas é relativa.

Discordo. O Vôlei Futuro investiu e foi montado para ser campeão e tem no papel time para isso.

Contra o Rio destaco mais uma vez o belo jogo de Ana Cristina e a eficiência e a regularidade de Fabiana no ataque e principalmente no saque. Seria injusto não citar a boa participação de Paula no bloqueio em determinadas passagens de rede.

Sykora ganhou o duelo com Fabi. Seus passes foram todos A e a líbero norte-americana defendeu como de hábito. É disparada a melhor do mundo na função.

Tandara e Joycinha mantiveram o nível de suas companheiras e não sentiram a suposta pressão que o Rio imaginou que poderia acontecer com o Vôlei Futuro.

Até Andressa, outra central, conseguiu virar suas bolas.

Taticamente, o time teve uma atuação que beirou a perfeição. 

O Vôlei Futuro deixou para cair na folia e fazer a festa depois da quarta-feira de cinzas. O Rio assistiu de camarote o desfile das escolas de samba, mas não viu o bloco de Araçatuba passar.

O Vôlei Futuro no entanto não deve se iludir. O time teve uma noite de Beija- Flor, mas o presente ainda tem cara de escolas menos credenciadas.


Após tragédia no Japão, jogadores da seleção confirmam cancelamento da V-League
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Bruno Voloch

3 atletas brasileiros atuam no vôlei do Japão: Elisângela, Fernanda Garay e Théo.

Théo, campeão mundial com a seleção ano passado na Itália, fez questão de tranquilizar os familiares. O jogador mora em Osaka, distante de Sendai, e disse não ter sido afetado. Théo mora no Japão desde 2009 e relatou já ter passado por situações complicadas em Osaka:

“Onde moro já senti a terra tremer por 3 vezes. O primeiro terremoto eu não esqueço, mas vou seguir minha vida normalmente por aqui e não vejo motivo para deixar o Japão”.

Théo joga pelo Suntory Sunbirds.

Fernanda Garay defende o NEC com sede em Tóquio. A jogadora estava na cidade de Okayama onde disputaria uma partida pela V-League. Através do Facebook, Fernanda mandou seu recado:

“Estou bem dentro do possível. A coisa foi muito feia e os jogos foram todos cancelados.”  

Fernanda lembrou ainda que já passou por uma situação parecida quando estava com a seleção:

“Foram 15 segundos, coisa leve. Quando vim para o Japão sabia dos riscos, mas jamais poderia imaginar algo assim”.