Blog do Bruno Voloch

Categoria : Esporte

‘Carrasco’ faz festa em terras brasileiras
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Bruno Voloch

Seleção ou clube, a Rússia segue dominando o vôlei mundial.

A temporada efetivamente é do Belgorie Belgorod. Após conquistar a Copa da Rússia, a Supercopa e a Champions League, o time ganhou o mundial de clubes no ginásio do Mineirinho.

Na final, os russos derrotaram o Al-Rayyan, do Qatar, por 3 sets a 1.

Dessa vez, diferente da partida contra o Cruzeiro, o quarteto formado por Rapha, Simon, Sanchez e Kaziyski não resolveu.

Na decisão, assim como na maioria dos jogos, o time ‘estudou’ o adversário no primeiro set, reagiu, fez prevalecer a incrível superioridade física e técnica e virou o placar com facilidade com 25/21, 25/21 e 25/15.

O alemão Grozer marcou 18 pontos, mesmo número do carrasco brasileiro Muserskiy.

O Belgorod teve 100% de aproveitamento e venceu os 5 jogos que disputou. Título incontestável que passou pelo habilidoso levantador Travica e o experiente Tetyukhin.

Ninguém porém jogou mais bola que Grozer.

Ninguém chamou mais atenção que Muserskiy.

Os dois foram os grandes heróis da inédita conquista russa em terras brasileira. Em 10 anos de mundial, essa foi a primeira vez que um clube da Rússia foi campeão.

A taça está em ótimas mãos.

 

 

 


Choro injustificável
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Bruno Voloch

Decepcionante.

O Cruzeiro fracassou no mundial de clubes e terminou a competição na modestíssima quarta colocação e fora do pódio. O time que defendia o titulo ficou devendo e muito.

O choro é injustificável.

O regulamento da competição previa a contratação de jogadores para a disputa do mundial e foi exatamente o que o Al-Rayyan fez. Trouxe Rapha, Kaziyski, Sanchez e Simon, além do líbero Allan. Nada, rigorosamente nada além disso.

Competência nas contratações.

Se é bonito ou correto, é outra situação, mas o Al-Rayyan não burlou a regra e somente alguém muito mal informado poderia achar que o time seria punido pela escalação de a ou b. Óbvio que não.

O Cruzeiro fez feio.

Jogou 5 jogos e ganhou apenas as duas primeiras partidas. Foram 3 derrotas consecutivas. Depois do tropeço para o Belgorie Belgorod, o time não venceu mais.

Não dá para alegar cansaço e qualquer outro argumento soa como desculpa. Não tem desculpa. A equipe não rendeu o esperado e fracassou.

É claro, antes que aqueles fanáticos torcedores enchem a caixa postal, que a campanha ruim não apaga o passado vitorioso do clube. E nem poderia. Mas a sensação é de frustração. Por sinal, o público no mundial foi bem abaixo do esperado.

A derrota na semifinal foi inesperada e ‘matou’ o Cruzeiro na disputa pelo terceiro lugar. Algo previsível em se tratando da cultura brasileira. Os argentinos comemoram o bronze com sabor de ouro.

O Cruzeiro, pelo elenco que montou e por jogar em casa, tinha bola e obrigação de ir mais longe.


Dia de comemoração
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Bruno Voloch

Osasco deve estar respirando aliviado.

O fato de estar na decisão do mundial de clubes apaga em parte a enorme frustração da inacreditável eliminação para o Sesi nas semifinais da superliga. A cicatrização será demorada.

A vitória contra o Volero foi justa e merecida.

O adversário dependeu exclusivamente de Carcaces, uma vez que Rykhliuk esteve apagadíssima no ataque.

Osasco teve controle emocional, errou menos e ganhou com méritos. Adenízia, suportou bem a pressão e os gritos de Carcaces, fez boa partida e foi a melhor jogadora do time brasileiro em quadra.

Sheilla e Thaísa foram importantes no ataque. As gringas dessa vez não deram prejuízo o que já é uma enorme vantagem.

Osasco agradece o convite e disputa a final contra o Dinamo Kazan.

Dia de comemoração.

Osasco fez sua parte e ainda viu de camarote o rival Sesi ser eliminado da mundial.

 


Zebra fica pelo caminho na Suíça
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Bruno Voloch

Acabou o sonho do Sesi.

O saldo porém foi altamente positivo.

O time, verdade seja dita, foi além do limite e chegou onde ninguém no clube imaginava. Nem mesmo o mais otimista previa disputar o mundial de clubes. Participar da competição era algo inimaginável no início da temporada.

E foi exatamente o que o Sesi fez. Participar.

O desempenho ficou dentro do previsto.

Uma campanha fraca e com apenas uma vitória, já sem o ‘nervosismo’ da estreia, diante do inexpressivo Petroliers, da Argélia.

O tão esperado encontro entre Osasco e Sesi não aconteceu. Uma pena.

Um está na final, o outro disputará a medalha de bronze e graças a presença do time africano no campeonato. Caso contrário, se jogasse contra os times do grupo B, o Sesi certamente encontraria bem mais dificuldades.

O mais inacreditável nessa semifinal foi ver as jogadoras do Sesi em determinado momento acreditando mesmo na possibilidade de vitória contra o Dinamo Kazan, atual campeão europeu.

Pura ilusão.

O time até que resistiu bem. Lutou bravamente no primeiro set, chegou a vencer o segundo set, mas até Gamova esquentar e desequilibrar.

Sem dó nem piedade, a fantástica atacante russa marcou com 34 pontos, chamou a responsabilidade e em algumas situações assustou pela violência nos golpes. Nos dois últimos sets, o Dinamo ganhou com folga e Gamova desfilou todo seu talento.

Dá para enaltecer a coragem de Ivna que jogou contra as russas tudo que não fez contra a Unilever na decisão da superliga. Com muito boa vontade dá para livrar a cara ainda de Fabiana. E só.

O resto teve o desempenho habitual de altos e baixos, casos de Suelle, Bia e Dayse.

Suellen foi que surpreendeu. Conseguiu sair de quadra intacta e com ferimentos leves depois de cruzar tanto com Gamova. A líbero deve ter se sentido desconfortável ao ver do outro lado da quadra o estado físico de Ulanova.

Nem Dani escapou. Startseva foi melhor. Mas o caso de Dani é justificável.

Fato é que a ‘zebra’ dessa vez ficou pelo caminho. Não vingou.

 

 

 


Rio mantém filosofia e duplas campeãs
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Bruno Voloch

Prevaleceu a velha máxima na Unilever: Em time que se ganha não se mexe.

Sendo assim, o clube optou em renovar os contratos das jogadoras Fofão e Roberta. As levantadoras permanecem no Rio para a temporada 2014/2015.

A filosofia será basicamente a mesma já que Fofão completará 45 anos durante o andamento da próxima superliga.

As duas devem se revezar. Roberta sendo mais utilizada e Fofão tendo tratamento diferenciado e sendo preparada e utilizada por Bernardinho nos jogos mais importantes do clube.

Será a terceira temporada consecutiva de Fofão no Rio.

Conforme o blog divulgou no início do mês, a Unilever fechou com Natália e as duas vão reeditar a dupla campeã brasileira em 2012/13.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/05/01/bicampea-unilever-acerta-retorno-de-natalia/

Gabi e Carol, convocadas para a seleção brasileira, também renovaram e a central Mayhara, contratada ao Praia Clube, chega para compor o elenco.

 


Kim renova até 2016 com Fenerbahçe e Lucia Bosetti substitui Garay
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Bruno Voloch

Kim Yeon-Koung é do Fenerbahçe até 2016.

O clube turco correu, resolveu não correr riscos e renovou o contrato da jogadora por mais duas temporadas.

Completa, Kim é hoje uma das atletas mais valorizadas do vôlei mundial.

O Fenerbahçe, vice-campeão turco, assinou com Eda Erdem até 2017 e vai manter Christina Bauer por mais um ano no elenco.

Lucia Bosetti chega do Piacenza, da Itália. Com isso a saída de Fernanda Garay deve ser oficializada. É  provável que a brasileira acerte a transferência para o Dinamo Krasnodar, da Rússia.

O Fenerbahçe também tem interesse em Kristin Hildebrand, norte-americana que jogou no extinto Campinas.

O Azeryol, do Azerbaijão, deve levar a sérvia Jovana Brakocevic. O Galatasaray corre por fora.

O clube perdeu ainda Nikolic e Fürst. A primeira vai para o Azerbaijão.

 

 


Números incontestáveis e amarga lembrança de Muserskiy
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Bruno Voloch

Incontestável a vitória do Belogorie Belgorod, da Rússia.

O Cruzeiro lutou, fez um bom terceiro set, mas não resistiu e sofreu a primeira derrota no mundial.

O Belgorod foi bem superior nos dois primeiros sets e abriu 2 a 0 até com relativa tranquilidade com 25/20 2 25/18. O Cruzeiro esboçou uma reação no terceiro set, mas foi derrotado no apertado quarto set por 33/31.

Muserskiy e Grozer desequilibravam no ataque.

O bloqueio brasileiro até que conseguiu acompanhar os números russos, mas a diferença do jogo foi especificamente no ataque e no saque.

O alemão Grozer esteve inspiradíssimo.

Muserskiy, carrasco brasileiro, apareceu pouco no bloqueio apenas com 3 pontos. Em compensação fez 15  de ataque e não foi incomodado na rede. Isso sem falar nos 2 aces. Aliás, foram 8 no total dos russos, ou seja, números impressionantes.

Pantekeymonenk desequilibrou no saque e sozinho fez 3 pontos, mesmo saldo de todo o time do Cruzeiro no fundamento em 4 sets.

O resto é queimar texto, gastar teclado e justificativa tola. É querer encontrar desculpa onde não existe.

Venceu o melhor.

A equipe russa é fria, não sente pressão, foi agressiva a maior parte do jogo e intimidou o Cruzeiro dentro de casa.

Para ter a possibilidade de jogar contra eles na final, o Cruzeiro primeiro terá que passar provavelmente pelo imprevisível time do Al-Rayyan, isso se o UPCN, da Argentina não aprontar, o que seria ótimo para os brasileiros.

O Belgorod pelo que jogou e mostrou diante do Cruzeiro não precisa se preocupar. A expectativa é apenas saber contra quem será a decisão do mundial.

 

 


‘Nervoso’, Sesi perde o encanto e volta ao normal na estreia no mundial
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Bruno Voloch

Acabou o encanto.

O Sesi, atual campeão sul-americano, decepcionou e perdeu na estreia do mundial de clubes para o Volero Zurich, da Suíça, por 3 sets a 2.

E era para ser pior.

O time suíço fez 2 a o com facilidade, 25/12 e 25/18, mas caiu de rendimento e permitiu a reação brasileira. No tie-break porém, o Volero com autoridade fez 15/10.

O Sesi simplesmente voltou ao normal. Dura constatação.

Mostrou a insegurança habitual e foi inconstante, marcas registradas do time na superliga, exceção feita aos jogos atípicos contra Osasco nos playoffs.

O Sesi conheceu ainda Rykhliuk Olesia, oposta ucraniana forte, habilidosa e que marcou incríveis 25 pontos. A cubana Carcaces só precisou fazer 13.

O Volero teve mais ataque e saque. O Sesi se limitou ao bom aproveitamento de bloqueio, insuficiente para vencer o jogo.

O entra e sai interminável entre Ivna, Dayse, Mariana e Pri Daroit reapareceu. Essa, marca registrada não do time e sim de Talmo, que com a temporada quase no fim não teve a capacidade de definir as titulares.

O ‘nervosismo’, segundo o técnico, foi o responsável pelo desempenho ruim. É verdade. Deve ter isso …

A exceção, justiça seja feita, foi Suelle. Essa não estava ‘nervosa’, fez 11 pontos e apresentou regularidade nos 5 sets. Fabiana contribuiu pouco no bloqueio, embora tenha feito 14 pontos de ataque.

Assim foi o ‘nervoso’ Sesi.

Mas nem tudo está perdido. A sorte é que o glorioso Petroliers, da Argélia, vai dar sobrevida ao time no campeonato. Aí, certamente o time já terá deixado de lado o nervosismo da estreia e render o mesmo vôlei apresentado diante de Osasco.

Dever ser isso …

 

 

 

 


Marcelinho é garantia de qualidade ao Sesi
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Bruno Voloch

Marcelinho será o maestro do Sesi para a temporada 2014/15.

Aos 39 anos, o levantador deixou o Minas e chega para assumir o lugar de Sandro.

O jogador vai atuar no vôlei paulista pela quarta vez na carreira. O atleta defendeu o Suzano entre 1992 e 1998, voltou em 2001 e em 2009 passou sem sucesso pelo Pinheiros.

Tricampeão da superliga, o levantador andou pela Itália e Grécia e atuou os dois últimos anos no Minas.

Foram mais de 10 anos de seleção brasileira, 5 títulos da Liga Mundial, duas vezes campeão da Copa do Mundo, medalha de ouro no Pan de 2007 e prata nos jogos olímpicos de Pequim em 2008.

Marcelinho fica no Sesi até maio de 2015.

 


Gabi, enfim, titular de Osasco
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Bruno Voloch

Osasco confirmou o favoritismo e venceu na estreia do mundial de clubes na Suíça.

O time brasileiro fez 3 a 1 no Hisamitsu, do Japão, com parciais de 25/12, 20/25, 25/18 e 25/22.

A vitória era absolutamente previsível, mas foi importante no aspecto emocional, especialmente após a traumática eliminação nas semifinais da superliga.

O que para muitos deveria ter acontecido ainda no Brasil, surgiu como solução diante das japonesas.

Gabi foi a novidade na equipe.

A jogadora atuou como titular no lugar da sérvia Sanja.

Luizomar de Moura, que sabe trabalhar a base como poucos, enxergou o óbvio. Gabi, embora seja baixa para os padrões exigidos para uma ponteira, é segura e passa mais que Sanja. A jogadora não comprometeu.

Uma coisa porém é enfrentar o Japão, outra bem diferente é a Rússia. Hisamitsu e Dinamo Kazan são escolas bem distintas.

Sheilla e Thaísa, sempre elas, foram as melhores jogadoras em quadra. Vale destacar também o bom aproveitamento de Adenízia no bloqueio.

O Hisamitsu só apresentou de interessante a atacante Nagaoka.

O Dinamo irá apresentar bem mais.