Blog do Bruno Voloch

Categoria : Esporte

Deu a lógica
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Bruno Voloch

Verona ( Itália ).

A Rússia passou.

Deu a lógica.

Yuri Marichev, o ‘gênio’ que deixou Gamova no banco contra o Brasil, se rendeu.

O técnico, confirmando as expectativas, escalou a jogadora de início na vitória por 3 a 0 contra a Sérvia.

Não que Gamova tenha desequilibrado, pelo contrário, A atacante foi até discreta e pontuou menos que Kosheleva e Goncharaova.

A simples presença dela em quadra porém muda o jeito da Rússia atuar.

O time ganha personalidade, confiança, respeito do adversário e obviamente mais opções de ataque.

Marichev foi objetivo na zona mista.

‘São apenas 20 dias treinando com o grupo desde que decidiu voltar. É uma jogadora que merece tratamento diferenciado. Vai estar bem no momento que nosso time mais precisar e resolver. Tinha gente que achava que a Rússia não se classificaria. Eu não’.

 

 

 

 

 

 

 


‘Nova CBV’ ataca em Verona
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Bruno Voloch

Verona (Itália ).

Bastidores.

A cena aconteceu no PalaOlimpia, em Verona, após a vitória dos Estados Unidos diante da Sérvia.

Na zona mista, área destinada em tese a imprensa, a cúpula da CBV aguardava a passagem das jogadoras norte-americanas.

A sala vip, improvisada e próxima ao local, servia como base.

Sem a menor cerimônia, os dirigentes entraram na fila e fizeram selfie com algumas atletas, entre elas a ponteira Robinson.

Gosto, como diriam os antigos, não se discute.

Mas seria esse o papel de Neuri, Toroca e convidados ?

Isso sem falar no fato de que minutos depois a seleção brasileira enfrentaria a Rússia.

É a ‘nova era’ da CBV inovando em terras italianas.

 

 


Amistoso de luxo
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Bruno Voloch

Verona ( Itália ).

José Roberto Guimarães faz mistério.

Diz que precisa conversar com a comissão técnica, analisar caso a caso e ver as condições físicas de cada jogadora para o jogo contra os Estados Unidos.

O técnico é do ramo,

Ele já definiu. Só não vai comunicar antecipadamente.

Irá poupar sim algumas titulares e dar ritmo as demais na partida contra as norte-americanas,

Faz sentido.

O campeonato é desgastante e vencer ou não os Estados Unidos não vai fazer a menor diferença na terceira fase,

Karch Kiraly foi mais audacioso e jogou com 3 reservas contra a Sérvia. Mesmo assim fez 3 a 0.

Sinal de que vai repetir a estratégia diante do Brasil.

O jogo mais esperado do mundial virou um amistoso de luxo,


Do lado do avesso
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Bruno Voloch

Verona ( Itália ).

Era para ser 3 a 0.

Poderia ter virado um 3 a 2 para qualquer um dos lados.

Terminou 3 a 1.

Brasil e Rússia de fato é um jogo diferente.

Normalmente atípico e dessa vez não foi diferente.

A seleção brasileira teve em parte sua tarefa facilitada pela ‘inovação’ do técnico Marichev que preferiu ‘poupar’ Gamova e colocar sua estrela no banco.

Tudo bem que o desempenho de Gamova durante a partida acabaria em parte explicando a decisão dele, mas abrir mão da experiência e do talento da jogadora exatamente na hora em que a Rússia mais precisava e de início é algo realmente discutível.

Melhor para o Brasil.

O saque foi o fundamento que decidiu a primeira parcial a favor da seleção e que lá na frente decidiria também a partida, A irregularidade no fundamento ‘matou’ a Rússia.

O segundo set tinha o mesmo roteiro.

Tinha.

Até Gamova entrar em quadra e sacar. A rede brasileira empacou. Travou. A Rússia entrou no jogo, reagiu de maneira incrível saindo de um 10 a 2 e com Goncharova inspirada empatou o jogo.

O ‘gênio’ Marichev achou por bem voltar com Gamova para o banco. Sábia decisão.

A seleção reencontrou o ritmo do primeiro set e ganhou com relativa facilidade o terceiro set.

Relaxado e já classificado para a terceira fase com o ponto conquistado, o Brasil esteve irreconhecível no início do quarto set. O ‘gênio’ Marichev tinha optado por usar Gamova de início, mas foram Goncharova e principalmente Kosheleva que rodavam a maioria das bolas. Por sinal que jogadora espetacular essa Kosheleva.

Zé já havia tentado usar Natália e Tandara sem sucesso.

Decidiu então, com o set praticamente perdido, arriscar, como já fizera em sets anteriores, com Gabi no saque.

Eis que a mais jovem jogadora da seleção brasileira mudou a história da partida. O Brasil perdia por 20.11 e já se preparava para jogar o tie-break, algo natural naquele momento do jogo.

Gabi não deixou.

Gabi não errou.

A Rússia, com Gamova na rede, parou, extamente como o Brasill no segundo set.

Numa virada espetacular e curiosamente cada vez mais rotineira no feminino, a seleçao virou o jogo e fechou a partida exatamente como começou, ou seja, num erro de passe da Rússia.

 

 

 

 


Matando a curiosidade
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Bruno Voloch

Verona ( Itália ).

Fim de jogo na Arena PalaOlimpia.

A Rússia, apesar do resultado negativo, o terceiro nos últimos 4 jogos, ainda respira no mundial.

Para se classificar ainda depende de seus próprios resultados. Basta vencer a Sérvia.

A levantadora Startseva foi a única jogadora a aparecer na área de imprensa. Ninguém mais.

Pouco depois surge o técnico Yuri Marichev.

Atende os jornalistas russos, poucos é verdade, e aguardo pacientemente o treinador terminar. A curiosidade é grande para saber o que o ‘gênio’ irá dizer sobre a ausência de Gamova entre as titulares.

Nosso diálogo é curto e grosso.

Dura menos de 2 minutos, mas extremamente curioso.

Pergunto ao técnico porque Gamova começou o jogo como reserva.

Ele me observa e pergunta minha nacionalidade.

Não respondo.

Devolvo e pergunto o que minha ‘possível nacionalidade’ teria a ver com a resposta.

Ele balança a cabeça negativamente e sai dizendo que a decisão para a Rússia não era contra o Brasil e que Gamova irá aparecer na hora certa.

Então tá …


Papel de coadjuvante
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Bruno Voloch

Quando o assunto é Brasil e Rússia, o nome de Gamova surge na pauta.

É inevitável.

Ela foi a responsável direta pelas recentes derrotas da seleção em mundiais. Foi assim em 2006 e 2010. Nas duas ocasiões o Brasil caiu na decisão,

Gamova era a estrela principal.

Era.

Tempo passado.

Não que a jogadora deixe de merecer cuidados especiais, pelo contrário, afinal cresce quando vê a seleção do outro lado da quadra.

Não acredito que a recente discussão com Zé Roberto sirva de motivação, Jogar contra o Brasil por si só já é motivante para Gamova. Pode ter criado no máximo um tempero.

Acontece que nesse mundial Gamova não tem sido a jogadora espetacular, ou seja, não tem desequilibrado com em versões anteriores. Pelo menos até agora.

A Rússia hoje é muito mais Tatiana Kosheleva, Essa sim, roubou o status de estrela da seleção.

Kosheleva é disparada a melhor jogadora da Rússia no campeonato. Completa, vive o ápice da forma física e técnica.

É evidente que isso não siginifca dizer que Gamova ‘possa jogar solta’. Não, longe disso.

Kosheleva porém  é a primeira opção da Rússia.

Hoje é a ‘Gamova da Rússia’.

 

 

 

 

 

 

 

 


Sem direito a armação
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Bruno Voloch

Verona ( Itália ).

Dois grupos, duas cidades e duas realidades distintas marcam o sábado do mundial feminino na Itália.

Em Bari, a surpreendente República Dominicana pode se garantir na fase final se derrotar a China, ainda invicta na competição. Seria muito interessante ver as dominicanas do competente Marcos Kwiek na terceira fase.

Itália e Japão jogam na sequência.

A rivalidade entre China e Japão poderia até sugerir uma ‘entregada’ das chinesas diante da República Dominicana.

Não creio.

A China, se for primeira, se livra do sorteio.

Se’entregar’ o jogo e a Itália derrotar o Japão as chinesas dificilmente terminarão na primeira colocação. Baseado nisso e na formação de Lang Ping, aposto que a China jogará pra valer, como manda a regra.

A Itália terá um teste de verdade.

O Japão joga a vida no mundial.

Se perder estará fora.

Para muita gente a Itália só pegou moleza até aqui.

China e Itália, virtualmente classificadas, não podem tirar o pé.

Em Verona, Brasil, Rússia, Sérvia e Estados Unidos sabem quem um vai sobrar.

Em tese sobraria a Sérvia. Em tese.

Na prática as sérvias dependem apenas dos resultados em quadra para seguirem no mundial. Não é simples.

A Rússia é que corre risco se perder para o Brasil, mas uma vitória simples diante da Sérvia porém classificaria as russas no domingo. Tudo isso se a Sérvia não vencer os Estados Unidos.

Fato é que o regulamento, duramente criticado pela seleção masculina, aprovou. E como.

Ninguém pode tirar o pé.

 

 

 

 

 

 

 


Drama polonês
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Bruno Voloch

A Polônia está em choque.

O país, que viveu dias inesquecíveis com a conquista do campeonato mundial após 40 anos de jejum, recebeu a notícia de que o jogador da seleção Bociek está com câncer.

O próprio atleta anunciou que passará por quimioterapia.

O câncer é no sistema linfático.

Grzeegorz Bociek tem apenas 23 anos e atuou na última temporada pelo Zaksa Kędzierzyn-Koźle.

 


Dois vice-campeonatos e prêmio de consolação
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Bruno Voloch

O ano de 2014 chegou ao fim para a a seleção masculina.

Apesar do time de Bernardinho não ter conquistado nenhum título, o Brasil se manteve em primeiro lugar no ranking divulgado pela FIVB, Federação Internacional de Vôlei.

O vice-campeonato da Liga Mundial, derrota para os Estados Unidos, e a medalha de prata no mundial da Polônia, mantiveram o país no topo.

A Rússia, que também passou 2014 em branco, é a segunda colocada.

A Polônia subiu duas posições e é terceira.

Itália e Estados Unidos completam a lista dos 5 melhores.

Argentina e Alemanha ganharam 3 posições cada e ocupam a sexta e sétima posições respectivamente.

A França, semifinalista do mundial da Polônia, tem a decima segunda colocação.

 


Stacy detona Vôlei Futuro
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Bruno Voloch

Verona ( Itália ).

Stacy Sykora está de volta.

Convidada pela FIVB, Federação Internacional de Vôlei, a jogarora tem feito entrevistas com algumas das estrelas do mundial.

Centro das atenções por onde passa, a ex-líbero da seleção dos Estados Unidos tira fotos e atende aos ínumeros pedidos de autógrafos dos fãs, afinal foram 7 tempordas atuando no vôlei italiano.

Quando pode, faz questão de falar português.

Stacy lembra com carinho das amizades que fez no país quando defendeu o extinto Vôlei Futuro de Araçatuba.

As amizades trazem boas recordações, mas quando o assunto é a diretoria, Stacy reage com um sonoro palavrâo:

‘Fuck them’.

Ela repete pra não ficar dúvida:

‘Fuck them’.

Com problemas de visão como sequela do acidente do ônibus do Vôlei Futuro em abril de 2011, ela enfrentou problemas em sua readaptação ao esporte e anunciou sua aposentadoria antes mesmo de completar a temporada com o Urbino, da Itália em dezembro de 2012.

Stacy foi a principal vítima de um acidente com a equipe do Vôlei Futuro. Com traumatismo crânio-encefálico, a norte-americana ficou uma semana na UTI.

Hoje Stacy sorri.

Está viva, como faz questão de dizer quando fala sobre o tema,

‘Aproveitei o máximo minha carreira de atleta. Joguei em alto nível, defendi meu país nas principais competições e ganhei prêmios individuais. Sou uma vitoriosa no esporte. Quis o destino que não poudesse dar sequência dentro de quadra. Mas sou uma pessoa muito feliz, afinal estou viva e sou muito nova ainda. Tenho objetivos na vida’.