Blog do Bruno Voloch

Arquivo : outubro 2014

Europa novamente
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Bruno Voloch

A Europa deve sediar novamente o campeonato mundial masculino.

O presidente da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, Ary Graça, disse em entrevista que a Rússia é a favorita e que tem 50% de cahnaces de receber o evento.

Uma reunião nas próximas semanas entre Stanislav Shevchenko, presidente da federação russa, e o corpo executivo da FIVB deve definir a questão.

A Rússia decepcionou e caiu antes das semifinais nas duas categorias.

A Polônia, assim que venceu o mundial, manifestou desejo de sediar novamente a competição. O Qatar e a Espanha idem.

O mundial feminino será no Japoão.

Ambos acontecerão em 2018.

Russian Volleyball Federation


Novo cenário
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Bruno Voloch

A derrota para os Estados Unidos na semifinal fez o Brasil perder a liderança no ranking mundial.

O título conquistado colocou as norte-americanas em primeiro lugar.

Os Estados Unidos somaram 100 pontos e chegaram aos 345. O Brasil ficou com 310, somados os 80 ganhos com o bronze na Itália.

Medalha de prata, a China se manteve em terceiro no ranking.

Japão e Itália, apesar da boa campanha, caíram uma posição.

Quem deu um enorme foi salto no ranking foi a República Dominicana. A seleção comandada pelo brasileiro Marcos Kwiek saiu do décimo para o sexto lugar com 181 pontos e deixou a Rússia, 180, em sétimo.

Sérvia, Alemanha e Coreia completam os 10 primeiros.

O novo ranking foi divulgado pela FIVB, Federação Internacional de Vôlei.

 

 


Resposta dentro de quadra
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Bruno Voloch

Milão ( Itália ).

Hall do NH Hotel.

Karch Kiraly distribui sorrisos. Entre uma conversa e outra não deixa de dar atenção aos familiares que acompanharam o treinador desde a chegada aqui na Itália.

Melhor jogador do século, o técnico já havia saboreado o título mundial como jogador há 28 no mundial da França.

Kiraly dispensa apresentações.

O tempo é curto.

O que se vê é uma incrível correria entre as jogadoras para arrumar as malas e voltar para casa, afinal são mais de 40 dias entre o mundial e a fase de preparação.

Muito gentil e educado, responde duas perguntas de forma rápida e objetiva.

Quero saber qual a sensação de ser campeão pela primeira vez como treinador. Ele surpreende:

‘Era pra fazer história. Fizemos. Escrevemos nossos nomes e o dos Estados Unidos. Quando chegamos aqui nesse mesmo local na quarta-feira depois da derrota para a Itália ouvimos algumas piadas do tipo ‘podem arrumar as malas’, ‘acabou’ e isso mexeu com nosso time. A resposta foi dentro de quadra. Como deve ser. Agora preciso mesmo arrumar as malas’, e ri.

Termino falando do trabalho de renovação e de Hooker.

‘Hooker só retorna se mudar muito sua postura. Hoje não. Fico feliz em ver nomes como Murphy, Dixon e Robinson correspondendo. Isso é que me dá mais satisfação’.

Você poupou Larson e Harmotto ? Elas estavam 100% ?

‘Dê uma olhada nos números delas. Depois me fala ….’

Kiraly se despede educadamente e deixa o local.

 

 

 


Nem sempre unânime
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Bruno Voloch

Milão ( Itália ).

Kimberly Hill ou Ting Zhu.

O título de MVP do mundial seria da seleção campeã do mundo.

É lei.

Foi sempre assim e agora não seria diferente.

Não deu outra.

Estados Unidos campeão, Hill escolhida.

Justa escolha.

Pelo que jogou na semifinal, Zhu passou perto.

 

A chinesa não sai daqui da Itália sem ser reconhecida.

Zhu, além da prata, recebeu prêmio de melhor ponteira ao lado justamente de Hill.

Thaísa e Junjing Yang ganharam como centrais. Primeiro erro.

Deixar Harmotto não convence.

Yang não é melhor que Harmotto nem aqui, nem na China.

A escolha de Alisha Glass foi perfeita.

Sheilla fez um mundial regular.

A política prevaleceu na indicação da líbero De Genaro. Seleção da casa.

Camila Brait e Brenda Castillo foram muito melhores. Até mesmo a líbero Banwarth, dos Estados Unidos, jogou mais bola que De Genaro.

As ausências de Kosheleva e De la Cruz foram sentidas. Ambas poderiam ter sido lembradas.

Por fim, o fair play foi dado ao técnico José Roberto Guimarães.

Uma surpresa.

Inovação interessante da FIVB.

Serve de incentivo para o bom relacionamento entre técnicos e árbitros.

 

 

 


Arrancada na reta final
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Bruno Voloch

Milão ( Itália ).

É difícil contestar a conquista dos Estados Unidos.

Os números dessa vez foram vencidos e não prevaleceram.

As norte-americanas venceram o bom time da China por 3 a 1 e ganharam pela primeira vez na história o título mundial.

O Brasil, bronze, teve melhor campanha.

Como pode ?

Simples.

Os Estados Unidos perderam quando podiam. O Brasil não.

O regulamento permite.

Foram duas derrotas. Uma ainda em Verona com o time reserva para a seleção brasileira e a outra na abertura do final six contra a Itália.

Ali, naquele momento, muita gente dava os Estados Unidos como mortos. Não.

Ali, naquele momento, se fortaleceram.

Rússia, Brasil e China caíram. Um a um.

Larson, Harmotto e Kimberly Hill foram decisivas.

Fundamentais.

Larson resolveu contra o Brasil.

Harmotto, 15 pontos, e Hill, 20, resolveram contra a China.

Akinradewo e Murphy foram extremamente regulares na reta final.

Kiraly achou a líbero ideal:

Banwarth foi muito eficiente na reta final do campeonato.

Alisha Glass não foi eleita por acaso a melhor do mundial. Não mesmo.

Kiraly fechou o grupo. Poupou quem deveria quando precisou, ‘rodou’ as jogadoras e soube tirar de cada uma delas o melhor no momento chave do campeonato.

O time teve equilíbrio emocional para superar as adversidades. E não foram poucas.

O título, o primeiro na história do vôlei feminino dos Estados Unidos, está em boas mãos.

 

 

 

 

 


Bronze amargo
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Bruno Voloch

Milão ( Itália ).

Seria um enorme castigo.

Se ficar fora da final já foi uma grande injustiça, especialmente pela campanha realizada, deixar o mundial sem conquistar uma medalha seria um castigo.

Ao abrir 2 a o com incrível facilidade a seleção brasileira deu impressão que venceria fácil.

Não foi assim.

A Itália reagiu, venceu o teceiro set e o emocionante quarto set.

Com surpreendente equilíbrio emocional, o Brasil passeou no tie-break e não deu chances a Itália.

O bronze é pouco ?

Depende do ponto de vista.

Por um lado sim, afinal a seleção venceu todos os jogos até a semifinal e caiu quando não poderia, justamente na semifinal.

A expectativa de título foi criada justamente por causa do desempenho apresentado até a partida contra os Estados Unidos. E não poderia ser diferente. Por isso a decepção. O gosto amargo.

Por outro lado não.

O bronze acaba deixando uma imagem positiva.

Sensação de superação e dever (quase) cumprido.

Era o máximo e ao mesmo tempo o mínimo que a seleção poderia conseguir.

E conseguiu.


Diferenciada
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Bruno Voloch

Milão ( Itália )

Gamova, quebrou o silêncio.

Via facebook, a jogadora, bicampeã mundial, escreveu mensagem direcionada aos fãs.

Eis:

‘Amigos, obrigado pelo apoio. Reconheço que a minha decisão de retornar à seleção em agosto talvez tenha sido precipitada. Eu temia não ser capaz de atingir o condicionamento físico e técnico. O meu desejo de ajudar a equipe porém falou mais alto. Foi forte demais. Mais uma vez quero agradecer a todas as meninas e a comissão técnica. Estamos começando uma nova temporada nos clubes. A luta continua’.

É isso.

 


Vai e vem no banco
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Bruno Voloch

Milão ( Itália )

Está explicado.

Uma conversa de 5 minutos com José Roberto Guimarães foi o suficiente.

Uma situação, até certo ponto normal, vinha chamando atenção.

Fabiana e Thaísa são titulares absolutas isso ninguém discute. Ponto.

A questão era saber qual critério usado para deixar Adenízia de fora do banco em determinadas partidas.

O técnico foi direto.

O adversário, hipótese mais justificável, não é levado em consideração. O treinador considera as duas exatamente no mesmo estágio técnico.

Então nesse caso, segundo ele, nada mais justo que revezar as jogadoras. Jogo sim, jogo não.

Adenízia será opção na disputa do bronze contra a Itália.

Carol se depediu contra os Estados Unidos.

 

 

 

 


Derrota em tempo real
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Bruno Voloch

Milão ( Itália )

O Brasil não jogou.

Essa foi a frase que mais se ouviu no Mediolanum Forum.

Pode até ser.

Mas não entendo a necessidade de se encontrar sempre desculpas para se justificar uma derrota.

O time bicampeão olímpico, por mais experiente que seja, sentiu sim a pressão e não resistiu.

Jogou mal.

O saque, fundamento tão eficiente em jogos anteriores, não entrou.

Alisha trabalhou com o passe na mão e facilitou as ações das atacantes.

E que jogou Hill ?

E Larson, até então, ‘poupada’ ?

Isso sem entrar na parte tática, leia-se relação bloqueio e defesa, outro ponto de desequílibrio.

Nosso meio não rodou.

Não por culpa de Thaísa ou Fabiana, muito menos de Dani Lins, e sim por causa do passe.

O Brasil perdeu a possibilidade de entrar no jogo quando Jaqueline errou sozinha o ataque que poderia fechar o segundo set. Aliás, ali as norte-americanas já haviam eliminado a seleção.

A derrota estava anunciada e era questão de tempo. No terceiro set, derrubado emocionalmente, o Brasil foi presa fácil.

Zé Roberto tentou de tudo.

Fabíola, Tandara e Natália, pressionadas, não resolveram como de costume. Gabi idem. Nem de longe porém podem ser responsabilizadas.

Não foram poucas as vezes que as duas primeiras entraram e mudaram o jogo a favor do Brasil. Gabi também. Como esquecer a passagem maravilhosa dela pelo saque nos 20 a 11 a favor da Rússia em Verona.

A comissão técnica exagerou e mostrou nervosismo acima da média com a arbitragem. Era preciso maior controle emocional que pode até ter contagiado o time dentro de quadra.

Não duvido.

Os Estados Unidos perderam para o Brasil na segunda fase, no amistoso entre as reservas e teve seu ‘dia de cão’ contra a Itália na abertura do final 6.

Mostrou enorme equilíbrio ao vencer no dia seguinte a Rússia.

Esperou.

Dois dias depois reecontrou o Brasil e ganhou quando precisava.

A seleção perdeu quando não podia, verdade seja dita.

Triste e cruel realidade.

 

 

 


Sem discussão
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Bruno Voloch

Milão ( Itália ).

Defintivamente não.

Responsabilizar a arbitragem pela derrota para os Estados Unidos não convence.

O resultado foi de fato decepcionante, muito frustrante e de certa maneira surpreendente.

Os árbitros erraram para os dois lados e não foram determinantes para o placar.

Quando se perde por 3 a 0 não existe discussão.

Não mesmo.

O melhor a fazer é simplesmente reconhecer a superiodade do adversário.

Ponto.