Falar o quê ?
Bruno Voloch
Difícil.
Muito difícil analisar o desempenho da seleção brasileira nas últimas partidas.
É impressionante a diferença técnica entre o Brasil e as seleções de Camarões e do Canadá.
Mas como em qualquer competição internacional, esbarrar com esses adversários faz parte do script.
Se no futebol vimos por exemplo a Argélia evoluir na última Copa do Mundo e acabar sendo uma das gratas surpresas, no vôlei é mais complicado.
É claro que existem aqueles que defendem a tese de que o Irã seguiu mesmo roteiro.
Concordo em parte.
É inegável a evolução dos iranianos no masculino onde foram muito bem especialmente nas categorias de base e campeonatos mundiais juvenil e infanto.
Hoje estão na elite do vôlei mundial, mas os otimistas exagerados e analistas de plantão não devem se iludir e achar que o Irã irá além.
Sem chances. É aquilo mesmo que vimos no mundial da Polônia. Só disputaram a terceira fase porque os norte-americanos perderam para a Argentina por 3 a 2. Caso contrário era casa na certa.
Enfim.
No feminino não.
Camarões e Canadá são pífios.
Qualquer time que disputa a superliga, repito, qualquer time ganharia esses jogos e por 3 a 0.
Portanto, o Brasil mostrou seriedade, concentração, Zé deu ritmo (dentro das possibilidades) para as reservas e cumpriu sua obrigação.
Analisar o que aconteceu dentro de quadra e falar em números seria duvidar da capacidade dos leitores e seus conhecimentos no esporte.
Não mesmo.
Idem para as entrevistas pós-jogo.