Sem ‘pilha’, Brasil será tetra em Katowice
Bruno Voloch
Katowice (Polônia).
O clima que se vê pelas ruas de Katowice é contagiante.
Incrível.
Por onde se anda, nos bares, restaurantes, o assunto é a seleção nacional.
Fato é que aqui nem o mais otimista torcedor polonês poderia imaginar ver sua seleção chegando tão longe num mundial.
Pois chegou.
E como.
E por méritos.
O destino assim determinou.
De um lado os donos da casa, campeões uma única vez há 40 anos.
Do outro o Brasil, maior vencedor da década e atrás de um tetracampeonato jamais visto na história dos mundiais.
Duas seleções com campanhas iguais. 1 derrota em todo o campeonato.
Chegam para decidir o mundial os dois melhores times do torneio.
O Brasil é mais equipe. Tem tradição, mais técnica e individualmente superior.
A Polônia foi além do que esperava. Uma equipe que alcança a final carregada por uma torcida sem igual capaz sim de fazer a diferença.
Diante da Alemanha foram 12 mil pessoas aqui dentro do ginásio e mais 12 mil fora acompanhando o jogo no telão.
Espetáculo inigualável.
Não tem essa se achar que a Polônia está satisfeita com a medalha de prata.
Não.
O Brasil não deve cair nessa armadilha.
Agora os poloneses acreditam que podem vencer a seleção brasileira novamente.
Existe respeito de ambos os lados.
Os poloneses são jovens, mas malandros.
A seleção não deve cair 'na pilha' novamente e aceitar as famosas provocações na rede.
É a única maneira que a Polônia tem de igualar o jogo em termos técnicos,
Não.
O Brasil deve jogar bola.
Bernardinho deve manter os nervos no lugar, esquecer fatores extra-quadra e se 'limitar' a dirigir o time, o que sabe fazer com maestria.
Se assim acontecer, será tetracampeão do mundo aqui em Katowice.