Desequilíbrio
Bruno Voloch
E o Brasil caiu.
E logo diante da fanática torcida polonesa que fez um lindo espetáculo na Atlas Arena em Lodz.
Prevaleceu o controle emocional. Prevaleceu a frieza da Polônia.
A seleção brasileira não soube controlar os nervos, aceitou as provocações do outro lado da rede e inflamou o time da Polônia.
Era tudo que os poloneses, inferiores tecnicamente, precisavam. A bola ficava em segundo plano.
Se bem que não dá para ignorar a ótima atuação de Wlazly com incríveis 31 pontos e a boa cabeça de Kubiak, capaz de desestabilizar o lado brasileiro.
Isso sem falar nas alterações de Antiga.
Nem mesmo a comissão técnica brasileira, experiente em todos os sentidos e acostumada com pressão, conseguiu segurar a onda e protagonizou cenas desnecessárias ao fim do quinto set.
O ataque polonês de fato desviou em Sidão. Ponto. Se o lance não foi mostrado no telão é uma outra questão.
Dentro de quadra o que se viu foi muito bate-boca a partir especialmente do quarto set e uma arbitragem frouxa.
Curiosamente, o Brasil tinha o controle do jogo após abrir 2 a 1 com uma vitória tranquila e surpreendente no terceiro set.
O resultado deu a sensação de que a Polônia não teria forças para reagir. Ledo engano.
A Polônia não só reagiu como passou as dominar as ações.
Atropelou o Brasil no fim do quarto set e não perdeu o ritmo no quinto. Chegou a estar vencendo por 7 a 2 no tie-break.
O Brasil lutou, foi corajoso, mas se perdeu nos nervos.
Reagiu, chegou a ter o ponto do jogo, mas não resistiu a pressão.
E sem essa de citar ausência de a, b ou c.
Lipe e Vissoto não comprometeram, pelo contrário, foram os maiores pontuadores da seleção.