Blog do Bruno Voloch

Alívio

Bruno Voloch

Enfim, um teste de verdade para a seleção brasileira.

Sem desmerecer as vitórias contra Coreia e Rússia em São Paulo e sem esquecer dos resultados positivos contra China e Itália na semana passada, o jogo contra os Estados Unidos foi o mais difícil e complicado até agora no Grand Prix.

É bem verdade que os últimos 4 resultados negativos para os Estados Unidos foram em amistosos disputados no mês passado quando o time ainda não contava com Jaqueline. Mas conta e como. E estava incomodando.

A rivalidade é grande entre brasileiras e norte-americanas. O respeito idem.

Por mais que se fale em Rússia e China, existe uma enorme preocupação com o time dos Estados Unidos. Preocupação essa justificável.

É uma equipe aplicada taticamente, renovada pelas mãos Karch Kiraly e em nítida ascensão.

Kiraly não trouxe para São Paulo o que tem de melhor, ou seja, a obrigação de quebrar esse pequeno tabu era ainda maior.

E foi assim.

Apesar do placar de 3 a 0 e principalmente diante do que Rússia e Coreia apresentaram, os Estados Unidos foram os que mais exigiram da seleção.

O Brasil sacou com muita eficiência e as norte-americanas abusaram dos erros. Larson, Akinradewo, no bloqueio, e Murphy, maior pontuadora do jogo, fizeram os Estados Unidos resistirem no jogo.

A entradas de Nixon e Kelsey no terceiro deram nova cara aos Estados Unidos. Do lado brasileiro, o banco fazia diferença com Fabíola e Tandara naquele que acabaria sendo o mais disputado da partida.

O saque e os erros dos Estados Unidos determinaram a vitória do Brasil.

Os números mostraram enorme equilíbrio no bloqueio e uma leve superioridade norte-americana no ataque.

Foi a vitória acima de tudo do conjunto. Não houve, assim como aconteceu contra Rússia e Coreia, nenhum destaque individual.

Thaísa, para variar, foi a mais efetiva e Camila Brait fez sua melhor partida no Grand Prix.

Enfim, um teste pra valer.