Vitória pelo meio
Bruno Voloch
Foi um Brasil e Rússia diferente.
Nem tanto pelo placar de 3 a o para a seleção brasileira, resultado previsível diante dos desfalques e da importância dada a competição pelo adversário.
O que se viu dentro de quadra não chega a ser uma novidade mas começa a virar rotina na seleção.
Sheilla não é mais a primeira opção. Aliás, tem sido assim desde o início do Grand Prix.
Com o passe na mão, mérito de Garay, Camila e Jaqueline, Dani Lins abusa das jogadas com Fabiana e Thaísa pelo meio, situação inimaginável tempos atrás. Hoje nossas centrais são a bola de segurança da levantadora.
Embora Sheilla tenha pontuado bastante no terceiro set, Thaisa e Fabiana, não por acaso, terminaram o jogo como maiores pontuadoras.
Foi um Brasil e Rússia diferente.
Nem tanto pelo placar de 3 a 0.
A Rússia, tradicional paredão na rede, se rendeu ao bloqueio brasileiro. Foram 14 pontos do Brasil contra apenas 7 das russas.
Foi um Brasil e Rússia diferente onde Thaísa fez quase o mesmo número de pontos da Rússia no bloqueio, algo absolutamente atípico.
No primeiro e terceiro sets a seleção dominou completamente e não foi ameaçada. O segundo set foi mais equilibrado e participação de Natália no saque acabou sendo decisiva.
A Rússia foi instável, insegura e nem de longe mostrou a cara do time que jogará o mundial da Itália.
O Brasil não.
Já tem identidade definida desde a entrada de Jaqueline.
Foi definitivamente um Brasil e Rússia diferente.