Sami foi e será sempre inigualável
Bruno Voloch
A foto tem Sami (quase) sorrindo.
É essa a imagem que guardo dele, eterno guru de tanta gente no esporte.
Supervisor da seleção masculina campeã olímpica em 1992.
Os mais jovens, que têm a obrigação de saber quem foi e o que Sami representou, podem vê-lo ao lado de Pampa, abaixo de José Roberto Guimarães e Nuzman.
O vôlei brasileiro está de luto.
Aos 88 anos, Sami Mehlinsky nos deixou essa madrugada. Foram 70 anos de dedicados ao esporte. Uma vida.
Primeiro e mais antigo treinador de vôlei do Brasil.
Falar dele é fácil. Esse sim era unanimidade.
Quantos não passaram nas mãos dele ?
Quantos não foram formados por ele ?
Tive a honra e o prazer de conviver com Sami.
Cidadão simples, humilde, ser humano espetacular e profundo conhecedor da matéria.
Caráter irretocável.
Me recordo perfeitamente dos nossos dias de convívio na Hebraica, no Rio de Janeiro, quando ainda adolescente. Ensaiava meus primeiros passos no esporte sob olhar atento e inigualável de Sami.
Como aprendi. Aliás, como espero ter aprendido e correspondido.
Que saudade vai deixar.
O inesquecível 'porra caralho', marca registrada. Nossa … como ouvi isso.
Era para o meu bem, sei disso Sami.
Você fez escola.
Deixa agora seus alunos órfãos.
Sami acaba partindo num dia sagrado para nós judeus.
Logo agora …