Brasil respira. Pelo menos por enquanto
Bruno Voloch
E o tiro saiu pela culatra.
O objetivo de Mauro Berruto, técnico da Itália, não saiu conforme planejado.
Pelo menos por enquanto.
A ideia de poupar os titulares nas últimas semanas e paralelamente prejudicar o Brasil com as derrotas para Polônia e Irã não deu resultado.
Pelo menos por enquanto.
O que se viu diante do Brasil em Bolonha foi uma Itália sem ritmo de jogo e muito distante do vôlei envolvente apresentado no início da liga mundial.
Se Berruto errou na estratégia, só o tempo responderá.
Pelo menos por enquanto.
Domingo, em Milão, Itália terá que responder.
A seleção italiana foi presa fácil para o Brasil. O time caiu de rendimento, sobreviveu apenas de Zaytsev e perdeu a agressividade.
É cedo para comemorar até porque a seleção brasileira vive de altos e baixos. Foi nítida porém a evolução no passe, fundamento que arrebentou com a equipe na maioria dos jogos.
Pelo menos por enquanto.
É o mesmo caso da Itália.
Só o tempo irá responder se o time voltou a ser confiável. É evidente que uma vitória diante da poderosa Itália fora de casa traz a confiança de volta. É o que se imagina.
Wallace e Lucão foram os melhores em quadra. Tudo porém funcionou através de um bom sistema de recepção que permitiu Bruno usar os centrais.
Aliás, Bruno mereceu mesmo ser chamado atenção. Mostrou imaturidade ao aceitar as provocações vindas do banco da Itália quando o Brasil era melhor, tinha vantagem e dominava o jogo.
O Brasil respira.
Pelo menos por enquanto.