Blog do Bruno Voloch

Arquivo : maio 2014

Problema ou solução ?
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Bruno Voloch

Destinee Hooker quer voltar ao vôlei brasileiro.

A jogadora se ofereceu para jogar em Osasco e faz campanha nas redes sociais para ganhar os torcedores e convencer os dirigentes brasileiros.

A atacante traz ótimas recordações ao clube. Foi com ela como oposta que Osasco ganhou seu útlimo título da superliga na temporada 2011/12.

Hooker foi substituída por Sheilla e o time amargou um vice-campeonato e ficou de fora da final da competição após 10 anos.

Pesa a favor da norte-americana a identificação com a torcida. E só.

A comissão técnica é reticente a vinda da atleta considerada solução dentro de quadra e problema fora.

Quando atuava por Osasco, Hooker ficou afastada por cerca de um mês das quadras. Durante uma discussão por telefone com o então namorado, a jogadora deu um soco na mesa de sua casa e acabou lesionando a mão direita. Após os exames, foi diagnosticado um trauma no local.

Hooker acabou se transferindo para a Rússia e atuou pelo Dinamo Krasnodar sem muito sucesso. Em maio de 2013, anunciou que estava grávida. O Dinamo fracassara nas quartas de final do campeonato nacional.

Quase 1 ano depois e já acompanhada da filha Keitany Coulter, de 4 meses, Hooker tentou a sorte em Porto Rico no mês passado. Não deu certo. A atleta foi dispensada do Criollas Caguas após 4 jogos. O clube alegou que a jogadora tinha um problema no tornozelo e não reunia as condições físicas necessárias para a prática do esporte.

Hooker voltou a usar as redes sociais para criticar os dirigentes justificando ‘que não é fácil voltar a jogar após uma gravidez e que não desistiria’.

A jogadora não aparece na lista de Karch Kiraly, técnico da seleção, para os treinamentos da seleção em Colorado Springs.

 

 


O mundo se rende à Rússia
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Bruno Voloch

O Belgorie Belgorod, de Muserskiy e o Dinamo Kazan, de Gamova, mostraram ao mudo no fim de semana o que pouca gente ainda ousava questionar.

A Rússia é hoje a maior potência do vôlei mundial.

Ambas as equipes simplesmente ignoraram seus adversários no mundial de clubes e conquistaram o título de maneira invicta.

Muserskiy, carrasco do Brasil, se consagrou em terras brasileiras e Gamova fez história na Suíça sendo eleita a melhor jogadora do mundo.

Gigantes na acepção da palavra.

2014 é ano de mundial de seleções. O masculino na Polônia, o feminino na Itália.

Entre elas, a Rússia domina o mundo desde 2006 e é a atual bicampeã. São 7 títulos no total. Ninguém ganhou mais do que elas.

Entre eles, o domínio é do Brasil que lutará pelo inédito tetracampeonato do mundo. A Rússia, através da extinta União Soviética, ainda é dona da hegemonia com 6 títulos mundiais.

A rivalidade nos dois casos é enorme.

Entre elas, apesar do passado sofrido e de derrotas marcantes, ganhamos as quartas de final na olimpíada de Londres.

Entre eles, fracassamos na final na inesquecível virada russa na decisão olímpica.

Quando o tema é Liga Mundial, fica ainda mais evidente a ascensão da Rússia desde o último título mundial do Brasil em 2010. Os russos derrotaram a seleção brasileira nas finais da liga em 2011 e 2013.

A última decisão, jogada na Argentina, o Brasil perdeu de 3 a 0, resultado que fez Bruno Rezende admitir publicamente a superioridade russa:

‘A gente tem que entender que o time deles hoje é melhor que o nosso, não só que o nosso. Hoje, o melhor time do mundo é a Rússia’.

Quase um ano mais tarde, o cenário não mudou, pelo contrário, a Rússia na atualidade é dona do mundo.

 


Chupita em Taubaté
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Bruno Voloch

Luiz Felipe Fonteles, o Chupita, só não será jogador de Taubaté se não quiser.

O clube paulista chegou aos valores exigidos pelo atleta e o acerto está próximo.

Chupita passou as duas últimas temporadas fora do Brasil atuando na Polônia e na Turquia e foi campeão nos dois países.

Perto de completar 30 anos, está novamente convocado para a seleção brasileira.

Taubaté acena com time de primeira linha e já trouxe o levantador Rapha e os atacantes Lorena e Dante. Maurício e Sidão, que rompeu com o Sesi, serão os centrais.

O líbero será Felipe, ex-São Bernardo, e que também treina com a seleção em Saquarema.

 


Sofrimento à vista
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Bruno Voloch

A vitória na decisão do terceiro lugar teve sabor especial para Dani Lins. O Sesi derrotou o Volero Zurich por 3 sets a 2 e ficou com a inédita medalha de bronze.

A jogadora, conforme noticiado pelo blog em primeira mão, acertou sua transferência para Osasco.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/04/30/dani-lins-rompe-contrato-deixa-o-sesi-e-vai-para-osasco/

A negociação foi concluída antes mesmo da disputa da competição.

Se Dani Lins está saindo, Claudinha está chegando.

A ex-levantadora de Campinas será confirmada em breve como novo reforço do Sesi para a temporada 2014/15.

Claudinha chega indicada por Talmo de Oliveira.

 

 

 


Despedida amarga
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Bruno Voloch

A derrota na final do mundial de clubes marcou a despedida de Sheilla e Fabíola de Osasco.

Sheilla, conforme o blog noticiou desde o mês passado, irá para o Vakifbank, da Turquia.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/04/22/mundial-de-clubes-pode-marcar-despedida-de-sheilla-turquia-sera-o-destino/

Aos 30 anos, a jogadora chega para substituir Brakocevic que irá jogar no Azerbaijão.

Após 8 anos no Brasil onde defendeu São Caetano, Rio e Osasco, Sheilla retorna ao vôlei europeu e irá viver sua primeira experiência na Turquia.

Entre 2004 e 2008, Sheilla atuou pelo Pesaro, da Itália.

Fabíola acabou sendo preterida.

Osasco optou em liberar a levantadora e trouxe Dani Lins, ex-Sesi. A Rússia pode ser o destino de Fabíola. Seria a primeira oportunidade da jogadora fora do país.

 

 


Surra histórica e lição inesquecível
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Bruno Voloch

Uma verdadeira aula de vôlei.

Assim foi a final do mundial entre Dinamo Kazan e Osasco na Suíça.

O Dínamo, de Gamova, simplesmente atropelou Osasco, aplicou uma surra histórica no time brasileiro e conquistou o título pela primeira vez na história.

3 a 0 com sobras nos dois primeiros sets, 25/11, 25/16, e 27/25 no terceiro.

Em apenas uma hora e quinze de jogo, o Dínamo mostrou muita superioridade e ignorou o adversário do outro lado da quadra.

Era de se esperar mais resistência de Osasco. Era. O terceiro set rendeu mais especialmente em função da acomodação do Dinamo do que por mérito de Osasco.

Os números, se comparados, chegam a ser humilhantes. O Dinamo fez 16 pontos de bloqueio. Osasco saiu de quadra com apenas 2 pontos no fundamento sendo que o primeiro foi conquistado na metade do terceiro set.

Inacreditável.

Luizomar de Moura, técnico de Osasco, era a própria imagem da desolação. Tentou de tudo, mas não teve jeito.

As gringas dessa vez nem podem ser responsabilizadas, afinal era querer demais que Caterina e Sanja jogassem na decisão o que não fizeram durante toda a temporada. Sanja deu menos prejuízo. Gabi, tímida, não resolveu. As inversões também não deram certo. Lia parecia apavorada.

A verdade é que Sheilla e Thaisa só conseguiram jogar em parte do terceiro set quando o jogo em tese estava resolvido.

Nem elas, nem ninguém. Osasco foi anulado. Fabíola, que novamente errou quando não poderia, se viu obrigada a pensar e ficou sem alternativas.

Do lado de lá, a levantadora Starsteva usou Gamova quando precisou. Dessa vez a craque russa foi modesta, fez ‘apenas’ 24 pontos, mas decidiu o jogo quando derrubou as últimas duas bolas do Dinamo.

Larson teve atuação impecável. Malkova no bloqueio e Del Core no ataque foram efetivas e regulares.

O Dinamo mostrou atitude e aproveitamento de quase 100% nos contra-ataques. Agressivo do início ao fim, o Dinamo foi quase perfeito em todos os fundamentos.

Jogou com autoridade de campeão e provou ser o melhor time do mundo na atualidade.

Nada mais a declarar.

 

 


‘Carrasco’ faz festa em terras brasileiras
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Bruno Voloch

Seleção ou clube, a Rússia segue dominando o vôlei mundial.

A temporada efetivamente é do Belgorie Belgorod. Após conquistar a Copa da Rússia, a Supercopa e a Champions League, o time ganhou o mundial de clubes no ginásio do Mineirinho.

Na final, os russos derrotaram o Al-Rayyan, do Qatar, por 3 sets a 1.

Dessa vez, diferente da partida contra o Cruzeiro, o quarteto formado por Rapha, Simon, Sanchez e Kaziyski não resolveu.

Na decisão, assim como na maioria dos jogos, o time ‘estudou’ o adversário no primeiro set, reagiu, fez prevalecer a incrível superioridade física e técnica e virou o placar com facilidade com 25/21, 25/21 e 25/15.

O alemão Grozer marcou 18 pontos, mesmo número do carrasco brasileiro Muserskiy.

O Belgorod teve 100% de aproveitamento e venceu os 5 jogos que disputou. Título incontestável que passou pelo habilidoso levantador Travica e o experiente Tetyukhin.

Ninguém porém jogou mais bola que Grozer.

Ninguém chamou mais atenção que Muserskiy.

Os dois foram os grandes heróis da inédita conquista russa em terras brasileira. Em 10 anos de mundial, essa foi a primeira vez que um clube da Rússia foi campeão.

A taça está em ótimas mãos.

 

 

 


Choro injustificável
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Bruno Voloch

Decepcionante.

O Cruzeiro fracassou no mundial de clubes e terminou a competição na modestíssima quarta colocação e fora do pódio. O time que defendia o titulo ficou devendo e muito.

O choro é injustificável.

O regulamento da competição previa a contratação de jogadores para a disputa do mundial e foi exatamente o que o Al-Rayyan fez. Trouxe Rapha, Kaziyski, Sanchez e Simon, além do líbero Allan. Nada, rigorosamente nada além disso.

Competência nas contratações.

Se é bonito ou correto, é outra situação, mas o Al-Rayyan não burlou a regra e somente alguém muito mal informado poderia achar que o time seria punido pela escalação de a ou b. Óbvio que não.

O Cruzeiro fez feio.

Jogou 5 jogos e ganhou apenas as duas primeiras partidas. Foram 3 derrotas consecutivas. Depois do tropeço para o Belgorie Belgorod, o time não venceu mais.

Não dá para alegar cansaço e qualquer outro argumento soa como desculpa. Não tem desculpa. A equipe não rendeu o esperado e fracassou.

É claro, antes que aqueles fanáticos torcedores enchem a caixa postal, que a campanha ruim não apaga o passado vitorioso do clube. E nem poderia. Mas a sensação é de frustração. Por sinal, o público no mundial foi bem abaixo do esperado.

A derrota na semifinal foi inesperada e ‘matou’ o Cruzeiro na disputa pelo terceiro lugar. Algo previsível em se tratando da cultura brasileira. Os argentinos comemoram o bronze com sabor de ouro.

O Cruzeiro, pelo elenco que montou e por jogar em casa, tinha bola e obrigação de ir mais longe.


Dia de comemoração
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Bruno Voloch

Osasco deve estar respirando aliviado.

O fato de estar na decisão do mundial de clubes apaga em parte a enorme frustração da inacreditável eliminação para o Sesi nas semifinais da superliga. A cicatrização será demorada.

A vitória contra o Volero foi justa e merecida.

O adversário dependeu exclusivamente de Carcaces, uma vez que Rykhliuk esteve apagadíssima no ataque.

Osasco teve controle emocional, errou menos e ganhou com méritos. Adenízia, suportou bem a pressão e os gritos de Carcaces, fez boa partida e foi a melhor jogadora do time brasileiro em quadra.

Sheilla e Thaísa foram importantes no ataque. As gringas dessa vez não deram prejuízo o que já é uma enorme vantagem.

Osasco agradece o convite e disputa a final contra o Dinamo Kazan.

Dia de comemoração.

Osasco fez sua parte e ainda viu de camarote o rival Sesi ser eliminado da mundial.

 


Zebra fica pelo caminho na Suíça
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Bruno Voloch

Acabou o sonho do Sesi.

O saldo porém foi altamente positivo.

O time, verdade seja dita, foi além do limite e chegou onde ninguém no clube imaginava. Nem mesmo o mais otimista previa disputar o mundial de clubes. Participar da competição era algo inimaginável no início da temporada.

E foi exatamente o que o Sesi fez. Participar.

O desempenho ficou dentro do previsto.

Uma campanha fraca e com apenas uma vitória, já sem o ‘nervosismo’ da estreia, diante do inexpressivo Petroliers, da Argélia.

O tão esperado encontro entre Osasco e Sesi não aconteceu. Uma pena.

Um está na final, o outro disputará a medalha de bronze e graças a presença do time africano no campeonato. Caso contrário, se jogasse contra os times do grupo B, o Sesi certamente encontraria bem mais dificuldades.

O mais inacreditável nessa semifinal foi ver as jogadoras do Sesi em determinado momento acreditando mesmo na possibilidade de vitória contra o Dinamo Kazan, atual campeão europeu.

Pura ilusão.

O time até que resistiu bem. Lutou bravamente no primeiro set, chegou a vencer o segundo set, mas até Gamova esquentar e desequilibrar.

Sem dó nem piedade, a fantástica atacante russa marcou com 34 pontos, chamou a responsabilidade e em algumas situações assustou pela violência nos golpes. Nos dois últimos sets, o Dinamo ganhou com folga e Gamova desfilou todo seu talento.

Dá para enaltecer a coragem de Ivna que jogou contra as russas tudo que não fez contra a Unilever na decisão da superliga. Com muito boa vontade dá para livrar a cara ainda de Fabiana. E só.

O resto teve o desempenho habitual de altos e baixos, casos de Suelle, Bia e Dayse.

Suellen foi que surpreendeu. Conseguiu sair de quadra intacta e com ferimentos leves depois de cruzar tanto com Gamova. A líbero deve ter se sentido desconfortável ao ver do outro lado da quadra o estado físico de Ulanova.

Nem Dani escapou. Startseva foi melhor. Mas o caso de Dani é justificável.

Fato é que a ‘zebra’ dessa vez ficou pelo caminho. Não vingou.