Orientação seguida a risca
Bruno Voloch
Ela foi um dos destaques do Rio na campanha do bicampeonato da superliga.
Mineira, Ana Carolina da Silva, a Carol, ganhou como recompensa a convocação para a seleção brasileira. Segundo o blog apurou desde Saquarema, Carol está ‘voando’ e surpreendendo nos treinos. E mudou.
É nome certo para a Montreux Volley Masters, primeiro torneio oficial do Brasil em 2014.
Wagão e Paulo Coco, assistentes de José Roberto Guimarães na seleção, foram fundamentais para o crescimento e a evolução da jogadora em diferentes fases da carreira. Isso tudo no Pinheiros, de São Paulo, onde efetivamente ela ganhou maturidade e aprendizado.
Aos 23 anos, chegou ao Rio pronta, diferente de 2012 quando quase não foi aproveitada.
O bom rendimento no Pinheiros na temporada 2012/13 foi decisivo. O olho clínico de Bernardinho falou mais alto e Carol foi novamente convidada para jogar na Unilever.
Veio.
Não só veio como barrou uma das principais e mais experientes atletas do elenco. Valeskinha acabou sendo atropelada pela ‘saúde’ de Carol, esbanjando vigor físico e explodindo tecnicamente.
Mas Carol não deve se iludir.
O ideal seria não perder a humildade e o jeito simples. O esporte está cheio de exemplos de gente que apareceu na seleção e sumiu sem deixar saudades.
Carol não fala e segue a risca a determinação ‘caseira’.
É um caminho.
Ela parece segura, firme. Que bom. E preparada para as cobranças.
Jogar em clube é diferente de seleção.