Blog do Bruno Voloch

Arquivo : maio 2014

Vitória sem parâmetro
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Bruno Voloch

A seleção brasileira feminina abriu a temporada com uma vitória tranquila diante da inexpressiva Suíça.

O adversário não ofereceu nenhuma resistência e é preciso uma certa dose de cautela após o primeiro jogo pela tradicional Montreux Volley Masters.

Os números alcançados individualmente devem ser deixados de lado. É claro que servem como fator motivacional, mas rigorosamente nada além disso. Nada.

A Suíça, se disputasse a superliga, dificilmente chegaria entre os 8 primeiros. É uma seleção limitadíssima em todos os sentidos.

O jogo serviu apenas para saber que escalação José Roberto Guimarães usaria após o curto período de treinos em Saquarema e sem as intocáveis.

A expectativa era poder ver Jaqueline em ação. A atacante porém apareceu somente no terceiro set com o jogo absolutamente definido, ou seja, fica para a próxima.

A vitória de 3 a o não serve como parâmetro algum.

Nos demais jogos da rodada, os Estados Unidos fizeram 3 a 1 na Alemanha e a China venceu a Rússia por 3 a 2.

 

 


Desculpas desencontradas
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Bruno Voloch

O Brasil ainda busca explicações.

O início desastroso de Liga Mundial gera preocupações e incertezas. Talvez tenha sido o pior começo de competição desde que Bernardinho assumiu a seleção.

Entre as mais variadas desculpas para os dois resultados negativos estão o desgaste da temporada e o fato da Itália estar classificada para as finais.

Não colam. Não nesse caso.

As finais do campeonato italiano foram fortíssimas, jogos arrastados, playoffs longos e mesmo assim os italianos estavam muito acima da média.

Voando.

Diferente do que foi dito pelos 4 cantos, estar classificada para as finais apenas aumenta a responsabilidade da Itália. É mais pressão por decidir em casa e quebrar o longo jejum sem títulos.

A comissão técnica da seleção deixa claro que a prioridade é o mundial da Polônia. Faz sentido.

Hoje porém o cenário é preocupante.

A seleção brasileira parece mal fisicamente, perdeu a confiança e não tem líbero.

Serginho, do Sesi, é simplesmente insubstituível. Mario Jr é inseguro e não tem postura de líder. Felipe uma promessa. Apenas isso.

O entra e sai no time nos dois jogos deixa claro que Bernardinho ainda não tem a formação ideal. Nem mesmo Bruno, tido como intocável, rendeu o que se esperava.

A chegada de Rapha incomoda.

Rapha porém deveria ter mais oportunidades e a competição seria a ocasião ideal para deixar o levantador de Taubaté mostrar seu verdadeiro potencial.

O assunto porém é delicado.

E Murilo ?

Será que ele voltará a ser o que era antes ?

Sem Murilo, Maurício é a solução ?

Não creio.

É responsabilidade demais nas mãos de um garoto, caso de Lucarelli.

Lucão é outro.

Talentoso ao extremo, esteve muito abaixo da média. É inaceitável tantos erros de saque. Não ele. Falta no mínimo concentração.

Sidão não foi diferente.

Na saída de rede atuamos com Vissoto e Theo, mas em tese Wallace deve assumir a posição em breve.

O próximo fim de semana será da Polônia e novamente em casa.

O Brasil tem obrigação de reagir. O Brasil tem obrigação de jogar mais.

 

 

 

 


Ilusão sérvia
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Bruno Voloch

A Polônia será o destino de Sanja Malagurski.

A jogadora sérvia que defendeu o Osasco na última temporada assinou com o Police Chemik, da Polônia.

Sanja terá como companheiras de time as compatriotas Ana Bjelica e Maja Ognjenovic.

O clube se classificou para a disputa da Champions League 2014/15.

Ao site oficial do Chemik, Sanja disse que fez um ‘temporada fantástica’ no Brasil e que a presença das companheiras de seleção acabou pesando na transferência.

Pela equipe brasileira, a atleta conquistou foi campeã paulista, ganhou a Copa Brasil, acabou terceira colocada na superliga e vice no mundial de clubes.

Sanja deixou o país iludida.

 

 

 

 

 


Itália sobra contra Brasil
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Bruno Voloch

Decepcionante.

Assim foi a passagem da seleção por Jaraguá do Sul.

As vitórias da Itália na sexta-feira e no sábado foram merecidas e incontestáveis.

Poderia parecer precipitado falar apenas da primeira partida e tirar conclusões precipitadas. Mas não.

A história se repetiu no segundo jogo. Placar e tudo. Raríssimos foram os momentos de superioridade da seleção brasileira no fim de semana.

A Itália foi muito superior em todos os fundamentos. Berruto evoluiu, trouxe jogadores muito fortes fisicamente e habilidosos.

O Brasil está mal no aspecto físico, sem líbero e incrivelmente sem confiança, algo inacreditável quando se trata de seleção masculina.

Os 10 a 1 do primeiro set foram vergonhosos. Não me lembro de algo semelhante.

Bernardinho fez o que podia. Usou todos os 12 jogadores relacionados. O time também, ou seja, não tinha jeito.

Berruto mudou a maneira da Itália jogar e Zaytsev está numa forma exuberante. Mas a Itália não é só ele.

Os italianos apresentaram Kovar e Parodi e o levantador Travica deitou e rolou com o passe na mão.

A seleção brasileira abusou dos erros.

A Itália taticamente foi quase perfeita e só não fez 3 a 0 no segundo jogo por causa de um leve descuido no segundo set. Mas não seria nenhuma injustiça.

Foram 14 pontos de bloqueio, contra apenas 6 do Brasil. Números absurdos e preocupantes para a seleção de Bernardinho.

Piano fez 8 e sozinho marcou mais pontos do que todo time do Brasil que só teve Sidão e Théo pontuando no fundamento. Não dá.

Foi impressionante a dificuldade que nossos ponteiros tiveram para rodar. A má fase de Murilo agrava a situação. Maurício vive de altos e baixos e não é solução. Um bom banco com boa vontade.

O início de preparação não serve como desculpa, afinal todas as seleções enfrentam o mesmo problema.

Aliás, não existe desculpa.

O correto é reconhecer que a Itália mudou e para melhor.

 

 

 


Kristin e Milena Rašić na Turquia
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Bruno Voloch

O mercado internacional segue agitado e a Turquia investindo pesado.

A norte-americana Kristin Richards, ex-Campinas, é o novo reforço do Fenerbahçe. Kristin assinou contrato por uma temporada.

A jogadora será uma das cinco estrangeiras do clube ao lado da coreana Kim, da colombiana Montanõ e das italianas Lo Bianco e Lucia Bosetti.

Após apresentar Sheilla, o Vakifbank anunciou oficialmente a chegada da sérvia Milena Rašić.

A atleta é meio e jogava no Cannes, da França.

O Vakifbank já havia anunciado a holandesa Robin de Kruif.


Aposta interessante
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Bruno Voloch

Ivna está definitivamente fora dos planos do Sesi.

O clube, que já havia acertado a contratação da oposta Monique, trouxe do Maranhão a atacante Liz.

Pouco conhecida do público brasileiro, a jogadora foi um dos poucos destaques do time na última superliga.

Aos 30 anos, Liz terá a maior oportunidade da carreira.

Apesar de ter sido formada nas divisões de base do extinto BCN, a atleta não se firmou, atuou pouco no Brasil e rodou o mundo.

Liz passou pela Indonésia, Espanha, França, Alemanha e Turquia, onde defendeu o Galatasaray na temporada 20o7/08.

É uma boa aposta. Confesso ter visto pouco a jogadora em ação na superliga.

Liz porém se encaixa perfeitamente na política BBB do Sesi.

Bom, bonito e barato.

 


Pressão e família em xeque
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Bruno Voloch

É fato. A foto é marcante.

Retrato da tristeza dos jogadores brasileiros no pódio em Londres 2012.

Faz tempo. Quase 2 anos.

Assim como faz tempo também que o Brasil não ganha a Liga Mundial. A seleção brasileira masculina amarga um jejum de 3 anos sem título.

O período pode não ser assustador assim, mas quando se trata de Brasil, maior vencedor da história da competição, os números são sim alarmantes.

A última vez que a seleção venceu foi apenas 2010, na Argentina.

É bem verdade que fomos finalistas em 2011 e 2013, mas perdemos nas duas ocasiões para a Rússia, hoje a número 1 do mundo.

Os russos, sempre eles …

São 17 medalhas, 9 de ouro, 4 de prata e 4 de bronze em 23 anos de Liga Mundial.

A prioridade de Bernardinho em 2014 é o campeonato mundial na Polônia quando o Brasil irá tentar o inédito tetracampeonato.

A liga porém será ou seria importante para avaliar o potencial de alguns estreantes e testar efetivamente vários jogadores. Acontece que a cultura do esporte aqui no país não dá muita margem para erros e derrotas.

A cobrança é e será sempre muito grande. Assim fomos acostumados, assim nos acostumaram.

A família Bernardinho está em xeque.

O treinador deixou ou foi obrigado a deixar de fora alguns membros e frequentadores assíduos como Giba, Dante, Rodrigão e Thiago Alves.

Perdeu Serginho e manteve o intocável Mario Jr, algo inexplicável, entre outros.

Trouxe gente nova como o central Gustavão, talvez maior aposta da comissão técnica.

Todo início de temporada se questiona a titularidade de Bruno. A princípio e com certo mérito, ele começa 2014 como titular. Mas dessa vez, tomara, que tenha a sombra de Rapha.

Bruno e Rapha, se tivessem o mesmo tratamento, fariam bom duelo pela posição.  Se assim for, Rapha pode finalmente desencantar.

Seria muito interessante ver os melhores em quadra.

Tomara.

A derrota na olimpíada de Londres deve ter servido de lição. Não pode e nem existe mais espaço para privilégios ou ‘tempo de casa’.

A Itália é o primeiro obstáculo. É um clássico cercado de muita rivalidade e sempre interessante de ser assistido.

Se a Itália, como cansam de frisar, não é a mesma dos anos 90, o Brasil está longe de ser potência dos anos 2000.

O grupo em tese é equilibrado com Itália, Polônia e Irã. A classificação é provável e o Brasil não corre riscos já que os italianos irão sediar as finais da competição e estão automaticamente classificados.

Se chegar lá, Bernardinho e Ary Graça vão se encontrar …

Se chegar …

 

 

 

 

 

 

 

 


Ary Graça e a Liga Mundial inédita
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Bruno Voloch

A Liga Mundial 2014 abre oficialmente a temporada.

O torneio esse ano terá nova fórmula e regulamento diferente.

Ary Graça, presidente da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, acertou a mão. Inteligente, inovou, abriu portas para seleções sem tradição e os grandes não perderam prestígio.

Aparentemente será uma liga menos cansativa que as anteriores.

A seleção brasileira está no grupo A com Itália, Polônia e Irã. O grupo B terá a Rússia, os Estados Unidos, Bulgária e Sérvia.

No C jogarão Bélgica, Canadá, Austrália e Finlândia e o D contará com Argentina, Alemanha, França e Japão.

Holanda, Coreia do Sul, Portugal e República Checa formam o grupo E.

Todos esses grupos formam o que se chama de ‘primeira divisão’.

Os grupos F e G contam com seleções da ‘segunda divisão’. Lá estão Cuba, Tunísia, Turquia, México, Porto Rico, China, Espanha e Eslováquia.

Para a fase final, marcada para acontecer entre 16 e 20 de julho na Itália, irão se classificar os dois primeiros dos grupos A e B e a melhor seleção classificada entre os grupos C, D e E. A Itália, país sede, tem vaga assegurada.

Na ‘segundona’, vão ser apenas dois finais de semana de jogos por grupo.

O campeão será conhecido em 29 de junho após um quadrangular.

 


Craque de bola
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Bruno Voloch

Evgenya Viktorovna Estes é uma lenda do esporte.

Craque de bola e completa nos fundamentos.

Aos 38 anos e recordista de participações em olimpíadas, Artamonova, como é conhecida no mundo do vôlei, assinou contrato e jogará mais uma temporada pelo Uralochka, da Rússia, dirigido por Nikolay Karpol.

Artamonova é considerada uma das melhores jogadoras russas de todos os tempos.

Representou o país em seis edições de jogos olímpicos. A atleta esteve em Barcelona 1992, passou por Atlanta 96, Sidney 2000, Atenas 2004, Pequim em 2008 e Londres 2012.

Artamonova conquistou 3 medalhas de prata. Pela seleção, ganhou também em 3 oportunidades o campeonato europeu e o Grand Prix. Ainda tem no currículo 10 títulos nacionais e venceu duas vezes a Champions League.

Passou pelo vôlei do Japão, Suíça  e Turquia e Itália.

Artamonova chegou a anunciar aposentadoria em janeiro de 2013.

 

 

 

 


Garay de saída
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Bruno Voloch

Ainda não é oficial, mas Fernanda Garay não ficará no Fenerbahçe para a próxima temporada.

O clube confirmou a contratação da italiana Lucia Bosetti. A jogadora atua na mesma posição de Garay.

Bosetti estava no Piacenza e vai jogar pela primeira vez na Turquia.

O Fenerbahçe já havia renovado com a coreana Kim e a trouxe ainda a colombiana Montanõ.

Sendo assim, Garay fica sem espaço.

Além de Bosetti, o time terá outra italiana no elenco. Trata-se da levantadora Lo Biano que atuava no Galatasaray.

Garay, conforme o blog antecipou, deve jogar no Dinamo Krasnodar, da Rússia.