Troco na mesma moeda
Bruno Voloch
Muita gente se iludiu.
A gente alertava e escrevia após o primeiro jogo entre Brasil e Polônia que o resultado tinha sido mentiroso. Os 3 a 0 não mostraram a realidade vista em quadra.
Eis que no segundo encontro entre as duas seleções, a Polônia trouxe a verdade dos fatos de volta. Os poloneses não só venceram, como devolveram os 3 a 0.
Bernardinho se viu 'obrigado' a manter Chupita entre os titulares, manteve Theo de oposto e inovou escalando Gustavão na vaga de Sidão no meio. Murilo, estranhamente, foi poupado.
Diferente do que se imaginava, a Polônia não se abateu com a derrota no dia anterior e foi extremamente agressiva. O saque fez a diferença e foi o fundamento determinante. Enquanto o Brasil abusava dos erros e sacava apenas taticamente, os adversários 'sentavam a mão' no saque e destruíam nosso passe. O Brasil saiu de quadra zerado, contra 6 pontos da Polônia.
Lipe não brilhou como na véspera, mas não dá para jogar na conta do atacante a derrota. Muito menos de Gustavão que fazia sua estreia na seleção adulta.
Lucarelli e Lucão foram os mais equilibrados, mas nossos opostos não vingaram. Nem Theo, nem Vissoto.
Buszek do outro lado fazia 16 pontos na mesma função.
É um período de testes ?
Sim.
3 derrotas em 4 jogos e apenas 3 pontos somados dentro de casa refletem a mediocridade da campanha brasileira.
E assim caminha o Brasil em ano de mundial.
Haja paciência de Bernardinho.
O Brasil não evoluiu e voltou a ser a mesmo das derrotas para a Itália há uma semana.
A esperança é que a seleção masculina sempre se caracterizou em responder nos momentos mais adversos e de dificuldades sob comando de Bernardinho.
Verdade. Boa época.
Saudades dos tempos em que a seleção tinha padrão de jogo, confiança e era respeitada.
Saudades dos tempos em que a seleção tinha um time titular definido e jogadores no banco capazes de mudar o resultado de um jogo.
Saudades dos tempos em que jogavam os melhores …
Aliás, Rapha ficou novamente no banco, fez seu papel tradicional e cansativo de entrar nas inversões e ganhou oportunidade quando o time perdia por 2 a 0, ou seja, sempre no sufoco.