O mundo se rende à Rússia
Bruno Voloch
O Belgorie Belgorod, de Muserskiy e o Dinamo Kazan, de Gamova, mostraram ao mudo no fim de semana o que pouca gente ainda ousava questionar.
A Rússia é hoje a maior potência do vôlei mundial.
Ambas as equipes simplesmente ignoraram seus adversários no mundial de clubes e conquistaram o título de maneira invicta.
Muserskiy, carrasco do Brasil, se consagrou em terras brasileiras e Gamova fez história na Suíça sendo eleita a melhor jogadora do mundo.
Gigantes na acepção da palavra.
2014 é ano de mundial de seleções. O masculino na Polônia, o feminino na Itália.
Entre elas, a Rússia domina o mundo desde 2006 e é a atual bicampeã. São 7 títulos no total. Ninguém ganhou mais do que elas.
Entre eles, o domínio é do Brasil que lutará pelo inédito tetracampeonato do mundo. A Rússia, através da extinta União Soviética, ainda é dona da hegemonia com 6 títulos mundiais.
A rivalidade nos dois casos é enorme.
Entre elas, apesar do passado sofrido e de derrotas marcantes, ganhamos as quartas de final na olimpíada de Londres.
Entre eles, fracassamos na final na inesquecível virada russa na decisão olímpica.
Quando o tema é Liga Mundial, fica ainda mais evidente a ascensão da Rússia desde o último título mundial do Brasil em 2010. Os russos derrotaram a seleção brasileira nas finais da liga em 2011 e 2013.
A última decisão, jogada na Argentina, o Brasil perdeu de 3 a 0, resultado que fez Bruno Rezende admitir publicamente a superioridade russa:
'A gente tem que entender que o time deles hoje é melhor que o nosso, não só que o nosso. Hoje, o melhor time do mundo é a Rússia'.
Quase um ano mais tarde, o cenário não mudou, pelo contrário, a Rússia na atualidade é dona do mundo.