Paulo Coco faz apelo: ‘Projeto não pode terminar. É um pecado’
Bruno Voloch
Durou menos de uma semana.
Paulo Coco chegou a ser anunciado como novo técnico de Campinas e poucos dias depois, a Amil, empresa que patrocinava o vôlei feminino, anunciou a saída do projeto.
A notícia ainda não foi digerida pelo treinador:
'Fomos todos pegos mesmo de surpresa. Tandara e Natália iriam continuar com a gente e nós já estávamos planejando mais renovações e contratações no mercado. A Monique era uma delas. O torcedor de Campinas não merece pois foi nosso aliado todo o campeonato. Ginásio lotado era algo normal. O projeto não pode terminar. É um pecado'.
Paulo Coco, auxiliar de José Roberto Guimarães na seleção feminina, tem acompanhado o movimento de jogadoras como Carol Gattaz e Claudinha nas redes sociais. Ambas dizem que o vôlei está de 'luto' e pedem apoio aos investidores.
'É uma linda atitude. Realmente algo precisa ser feito. Tivemos o exemplo de Campinas no masculino no ano passado. Perdeu o patrocinador, mas o Mauríci0 ( diretor do time ) foi buscar outras empresas e conseguiu manter o time de pé. Podemos fazer o mesmo. E não estamos parados. Tenho esperança'.
O técnico reconhece que não pode exigir muito das jogadoras nesse cenário atual, mas pede paciência:
'Não é hora de fazer loucura. Vamos correr atrás. Espero que aquelas jogadoras que tenha sido procuradas, não se precipitem. A gente está tentando buscar alternativas. Tenho convicção de que algo bom ainda pode acontecer. Não sei se conseguiremos manter o projeto e muito menos o nível do time que terminou a superliga em quarto lugar, mas estamos lutando e o objetivo é não deixar o vôlei feminino da cidade morrer'.
Campinas já perdeu Natália para a Unilever e Tandara para o Praia Clube.