Osasco conhece ‘caça às bruxas’ após eliminação para o Sesi na Superliga
Bruno Voloch
A zebra fez estragos em Osasco.
É absolutamente compreensível a decepção dos torcedores e dirigentes de Osasco após a eliminação surpreendente do time nas semifinais da superliga.
O inconformismo é ainda maior por causa da ótima campanha e a invencibilidade de 28 jogos durante a fase de classificação e as quartas de final da competição.
Foram 12 finais consecutivas, 5 títulos de superliga, 10 estaduais e Osasco ganhou o mundial de clubes em 2012 entre tantas conquistas sem o mesmo peso.
O que tem se vê nas redes sociais é uma chuva de críticas e ninguém escapa.
É natural que o sentimento seja de frustração, agora o famoso 'caça às bruxas' e o termo fracasso me parecem exagerados. Mas assim funciona a cultura do esporte no Brasil.
Alguns defendem a tese de que o time alcançou o ápice da forma antes do tempo, as estrangeiras fracassaram, pode ter faltado comando e levantadora.
Acontece que nesse caso específico não me parece que exista um culpado e nem seria justo jogar a responsabilidade do suposto fracasso nos ombros de apenas um profissional, isso se fracasso for o termos mais apropriado. Para o fanático torcedor, talvez sim.
Normalmente o treinador é o mais cobrado, afinal ele indica e o clube contrata. Luizomar tem sua cota de contribuição.
É preciso porém ter coerência e inteligência e lembrar que Osasco terá pouco tempo de descanso.
Convidado pela FIVB, Federação Internacional de Vôlei, o clube irá representar o Brasil no mundial de clubes no início de maio na Suíça.
A competição marcará o fim da temporada 2013/14 mas pode ser decisiva para várias jogadoras.
O que não dá para fugir é de determinadas evidências. Quem teve Fernanda Garay há pouco tempo, deve ter sido duro digerir Sanja e Caterina.
É claro que as estrangeiras não aprovaram. As duas foram instáveis, irregulares e não renderam o esperado. Se não fosse Gabi, talvez Osasco não tivesse chegado invicto até as semifinais. Essa sim deve ser valorizada.
Sheilla e Thaísa são referências, intocáveis e o time dependerá muito delas no mundial.
Fabíola segue como incógnita.
Adenízia pode render mais e a comissão técnica de Osasco precisa recuperar a jogadora. Adenízia era uma das mais abaladas em termos emocionais.
Camila Brait é realidade e jamais comprometeu.
Fato é que a comissão técnica tem um elenco na conta do chá e tirando Gabi, não dá para contar com o banco.
Assim Osasco irá jogar o mundial.
O que o torcedor deve entender é que o time precisa de carinho e apoio. Caça às bruxas agora é absurdo, inexplicável e seria como 'jogar contra'.