Filipe admite “gosto especial’ por conquista e sonha com seleção brasileira
Bruno Voloch
Sofrimento, alegria e esperança.
Filipe brilhou na decisão entre Sada/Cruzeiro e Sesi e conquistou mais um título pelo clube mineiro.
O jogador conversou rapidamente com o blog e disse que pretende permanecer, mas o assédio tem sido grande:
'Estou estudando algumas ainda, mas posso dizer que as mais concretas são da Polônia e Rússia. Aqui no Brasil fizeram alguns contatos, porém nada oficial'.
Aos 34 anos e na quarta temporada no Cruzeiro, Filipe falou da emoção que sentiu ao ganhar o campeonato no Mineirinho pela primeira vez:
'Realmente sensacional. É uma sensação de mais um ano de trabalho árduo e de muita dedicação e entrega. É o título que faltava para a gente, em casa e com ginásio do Mineirinho lotado. Foi muito especial mesmo, poder trazer alegria para 8 milhões de apaixonados pelo Cruzeiro, alegria para meus familiares e uma realização pessoal mesmo, de ter jogado bem, de ter já feito história nesse time.'
Perguntado se ainda pensa em ser convocado para a seleção, o jogador mostrou otimismo e confessa não ter mágoa por nunca ter tido oportunidade:
'Mágoa não, pois eu ainda sinto que é possível fazer parte desse grupo. Eu acho que eu posso estar lá.
Penso nisso até hoje. Trabalho todos esses anos para ter uma oportunidade e ainda não desisti. E com todo o respeito aos atletas que lá estão, vejo que eu não decepcionaria ninguém. É um sonho mesmo e sinto que está próximo. É como eu falei. Nesses últimos 4 anos de conquistas aqui no Sada/Cruzeiro, meu vôlei também cresceu e acompanhando toda a seleção, sinto que poderia estar junto daquele grupo. Penso que nunca é tarde para ter uma oportunidade'.
O atleta contou ao blog como comemorou o título brasileiro:
'Comemorei muito com a minha família, com minha esposa e filhos. Meu pai que sempre está do meu lado juntamente com meus irmãos. Infelizmente a minha mãe não pode comparecer por problemas de saúde, mas dediquei muito a ela essa vitória. É uma guerreira pois está enfrentando uma batalha contra um câncer'.
Rodado e com passagens por Sesi, Campinas e a extinta Cimed, Filipe não esconde que essa conquista teve um sabor especial:
'Claro que sim. Para mim teve um gosto muito especial mesmo, justamente por vencer uma equipe com tantos jogadores de seleção brasileira.' O atacante voltou a falar em superação, do drama familiar e contou detalhes da semifinal contra o Minas:
'A semifinal foi barra. Minha mãe em casa, eu ajudando a levar em médicos, ficando em hospital, enfim, cabeça estava a mil, mas graças a Deus, juntamente com minha família, consegui superar e me motivar ainda mais para a conquista desse título. Superação mesmo'.
Filipe comentou a diferença do Cruzeiro para os demais clubes:
'É um time que parece não conhecer ainda seus limites. E o Filipe também não'.