José Roberto Guimarães e a possível despedida de Fofão das quadras
Bruno Voloch
O destino escreve páginas curiosas na vida.
Fofão conquistou sua maior glória no esporte sendo comandada por José Roberto Guimarães. Na Olimpíada de Pequim em 2008, a jogadora ganhava a tão sonhada medalha de ouro.
4 anos mais tarde, em Londres 2012, o técnico repetiria o feito, mas já sem Fofão e com Dani Lins e Fernandinha como levantadoras.
O treinador nunca escondeu o carinho que sente pela levantadora, lançada por ele no começo dos anos 90 no extinto time da Colgate, em São Caetano.
A recíproca é verdadeira.
Não é segredo no meio do esporte a admiração de Fofão por José Roberto Guimarães.
Fofão está com 44 anos e resiste o quanto pode dentro de quadra. Com a bola nas mãos, seu talento é indiscutível. Humilde ao extremo, tem o respeito da mídia e das companheiras de profissão.
Serena, não fala abertamente em aposentadoria, mas sabe que seu corpo deve aguentar por pouco tempo.
Essa temporada passou mais tempo no departamento médico do que em quadra. Apesar das dificuldades, cumpriu todas as obrigações contratuais e não poderia ser diferente. Não com Fofão.
Campinas e Rio se encontram nas semifinais da Superliga nos dias 8 e 11 de abril.
Fofão, sem as condições físicas ideias, deve assistir os jogos do banco e entrar para fazer algumas passagens. É pouco, muito pouco para Fofão. As chances do Rio, hoje reduzidas, seriam infinitamente maiores caso ela pudesse atuar.
A jogadora evita dar declarações sobre seu futuro, mas existe a possibilidade dos jogos contra Campinas, se o Rio cair, marcarem a despedida da levantadora das quadras.
Se acontecer, será justamente diante daquele que transformou Fofão numa autentica campeã olímpica.
Coisas do destino.