O brilho de Monique e vitória da bola contra a malandragem
Bruno Voloch
Monique deu sobrevida ao Praia Clube na Superliga.
A oposta de Uberlândia arrebentou com a partida, gastou a bola e foi fundamental na vitória do time por 3 sets a 1. O Praia devolve o placar do primeiro jogo e merecidamente terá o direito de jogar o terceiro jogo em São Paulo.
Conhecendo o histórico do Sesi era fácil prever que o time paulista dificilmente resistiria ao Praia jogando em casa e com o apoio da torcida. Não deu outra.
Fabiana com 19 pontos foi a única que escapou. Dani Lins jogou muito abaixo da média e as atacantes decepcionaram, especialmente Ivna, que vinha brilhando nos últimos jogos. Dayse, Suelle e Pri Daroit não compareceram.
Bia fez muita falta.
O Praia foi muito mais time. Além de Monique ter desequilibrado, Natália virou bolas decisivas no quarto set, Mayhara teve ótimo aproveitamento no bloqueio e até Mari mostrou relativa evolução. Relativa apenas, sem entusiasmar.
A levantadora Juliana, apesar de pressionada pelo péssimo jogo em São Paulo, reagiu e mostrou personalidade.
O Praia teve muita coragem, foi mais agressivo, não tinha bola perdida e fez o jogo da vida.
O Sesi entrou em quadra para mais um jogo e cauteloso demais. Algumas jogadoras sentiram nitidamente a pressão. Quando quis jogar, era tarde.
No fim, ainda acabou pagando pelo excesso de malandragem do técnico Talmo. O treinador já tinha usado os dois tempos e paralisou a partida sabendo que não teria o direito de conversar com as jogadoras novamente. Atitude feia, desnecessária e usada com certa frequência por boa parte dos técnicos.
Devidamente alertado por Spencer Lee, o árbitro puniu o Sesi com cartão amarelo e pela reincidência com vermelho em seguida.
Castigo merecido e vigésimo primeiro ponto atípico
Prevaleceu o 'sorriso amarelo' e o time que efetivamente se propôs a jogar bola.