Federação de vôlei impede menor de idade de jogar no Rio de Janeiro
Bruno Voloch
Presidentes de federações continuam desafiando as leis pelo Brasil afora.
A Federação de Vôlei do Rio de Janeiro, por meio de seu presidente Carlos Reinaldo Souto, cobra R$ 3 mil para as transferências de crianças de 12 anos de idade de um clube para outro.
A norma administrativa adotada por Souto impede jovens de exercer um direito constitucionalmente assegurado da prática esportiva.
O regulamento fere diretamente a Constituição Federal e afeta o direito indisponível da criança de praticar esporte, fundamental na formação do jovem.
A última vítima foi Manuela, filha de Alexey, ex-jogador da seleção brasileira de basquete, e Luisa Parente, ginasta vitoriosa e que representou o país em duas olimpíadas.
O pai, revoltado, falou ao blog em tom de desabafo:
'Há muitos meses estamos travando uma 'batalha' na esfera do judiciário e que ainda não terminou. Tenho obtido a solidariedade de várias pessoas e profissionais ligados ao esporte', com0 Siro Darlan, ex-juiz de menores e desembargador', disse Alexey.
O casal informou o caso também ao COB, Comitê Olímpico Brasileiro, e à CBV, Confederação Brasileira de Vôlei:
'Estive no COB conversando com a Adriana Behar. Ela ficou estarrecida e extremamente surpreendida, mas disse que não tem como intervir nessa situação já que a atribuição do COB está ligada as confederações e não as federações. A CBV tem ciência dos fatos que foram relatos e documentados por e-mail, mas até agora não se pronunciou'.
Carlos Souto, que preside a federação desde 1992, foi procurado para falar sobre o tema, mas não respondeu as ligações.