Desmanche, dois pesos e duas medidas
Bruno Voloch
O Rio de Janeiro está por um triz.
A saída de Bruno deve abrir literalmente as portas no clube carioca.
Ninguém acredita mais nas promessas daqueles que dirigem o time e montaram o projeto. A comissão técnica se desdobra para tentar evitar o desmanche, mas sabe que será inevitável.
Thiago Alves e Leandro Vissoto serão os próximos. Turquia e Rússia aparecem como prováveis destinos. Um cenário desanimador de uma crônica anunciada faz tempo.
Em conversa reservada, o companheiro de redação, Luiz Paulo Montes, me lembra da situação curiosa e a postura da CBV, entidade máxima do vôlei no país, nesse caso do Rio.
E ele tem inteira razão.
O pobre Volta Redonda foi ameaçado de ficar da fora da superliga justamente pelo mesmo motivo, ou seja, atraso de salários, e no entanto a CBV nada fez, se cala e não se pronuncia no caso Rio de Janeiro.
Montes Claros dizem viver situação semelhante, sem o alcance de mídia dos cariocas.
É o caso conhecido do primo rico e primo pobre no esporte.
Mexer no Rio não seria aconselhável. Gente ligada diretamente a seleção masculina montou e coordenou todo o projeto do extinto RJX.
Em recente entrevista ao próprio Luiz Paulo garantiu que tudo estava sob controle. Erro de cálculo. Acontece.
O que não pode, não deveria acontecer, mas será assim, por causa de terceiros interessados, é a CBV e seus dirigentes tratarem com tamanho descaso a crise no Rio e atacar somente os clubes pequenos e de menor investimento.
Caso claro de dois pesos e duas medidas.