Pois na realidade é um grande campeão
Bruno Voloch
O Cruzeiro deu um belo exemplo de como se deve planejar uma temporada.
Primeiro o clube se candidatou e ganhou o direito de receber o mundial em Betim. Ponto1. A partir de então, manteve os principais jogadores, fez contratações pontuais e priorizou a competição.
A superliga serviu como treinamento para o mundial, o campeonato mineiro manteve o elenco em atividade e assim o grupo chegou praticamente inteiro, com raras exceções, para o torneio.
A derrota na fase de classificação para o Lokomotiv serviu de motivação para o que seria a grande final do mundial.
O Cruzeiro beirou a perfeição e jogou uma partida impecável. William foi o maestro de uma orquestra afinadíssima. O time brasileiro foi melhor em todos os fundamentos e teve Leal inspirado no saque.
A conquista passa pela superação de Isac, a incrível regularidade de Filipe e o crescimento de Éder. Douglas Cordeiro apresentou o ótimo rendimento de sempre. Ninguém porém jogou mais bola que Wallace.
A conquista apaga de certa maneira as frustrações e recentes decepções de William e Wallace com a camisa da seleção brasileira. Existe um leve exagero quando se fala em vingança. São circunstâncias completamente distintas.
O Cruzeiro escreveu seu nome na história como o primeiro time brasileiro a conquistar um título mundial.
Seleção é outro departamento. Rússia e Brasil é outro papo.