Oswaldo agiu bem, mas Botafogo não tem o que comemorar
Bruno Voloch
Coerente a decisão de Oswaldo de Oliveira.
A decisão de escalar um time recheado de reservas para enfrentar o Vasco foi surpreendente, mas plenamente compreensível. O adversário não era lá essas coisas, fraco tecnicamente e o jogo do meio de semana contra o Flamengo pela Copa do Brasil é uma autêntica decisão.
Alguns jogadores estão esgotados fisicamente, casos de Seedorf, Marcelo Mattos, Rafael Marques e Júlio Cesar. O time jogou quinta passada em Salvador e teve pouco tempo de descanso.
Os 2 a 0 de cara deram a falsa impressão de que o Botafogo poderia conseguir uma goleada histórica diante de um Vasco fragilizado emocionalmente. O time correu poucos riscos no primeiro tempo e poderia ter feito mais gols se tivesse tido mais precisão.
A entrada de Juninho no segundo tempo mudou o Vasco. O jogador transformou o modo do Vasco jogar, deu personalidade aos companheiros e o Botafogo acusou o golpe. 1, 2 gols e Juninho no fim quase virou a partida se não fosse Jefferson. É bem verdade que Daniel e Gegê também tiveram suas oportunidades.
No fim, apesar dos riscos previstos e da aposta num time de misto, o Botafogo teve pouco que comemorar. Ganhando de 2 a 0 e permitindo o empate do Vasco, o time deixou o campo com a sensação de derrota e resultado amargo.
O Goiás se aproxima perigosamente e a vantagem que já foi de 9 pontos, hoje é de apenas 4.
Só o tempo e o jogo contra o Flamengo vão poder dizer de Oswaldo fez a escolha certa. Aparentemente sim.