Sonho adiado e choro injustificável
Bruno Voloch
O choro da Unilever é injustificável.
O calendário da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, agendou o mundial de clubes para outubro, período considerado inadequado em função da maioria dos times ainda estarem em formação e sem ritmo de jogo ideal. Faz sentido.
O Evergrande, da China, terceiro colocado, também poderia ter rendido mais. O Vakifbank, apesar de toda superioridade, sofre o mesmo problema.
O que não faz sentido é jogar a responsabilidade no calendário, ou seja, todos os times jogaram o mundial nas mesmas condições e com as principais jogadoras voltando de suas respectivas seleções nacionais.
Mesmo assim, o time turco venceu duas vezes o Rio na competição, sendo que na final fez 3 a 0, ou seja, placar incontestável. Ganhou o melhor. Simples.
Na final, o Rio teve Sarah Pavan e Mihajlovic bem abaixo da forma física. Sarah principalmente. A Unilever sofreu para colocar a bola no chão. Gabi e Fabi se salvaram na defesa e Carol foi uma gratíssima revelação.
O rival Osasco ri à toa. Coisas do esporte.
O patriotismo não resistiu a rivalidade entre as duas equipes. E vice-versa. Foi assim em 2012 quando Osasco ganhou o mundial.
Bernardinho afirma que o time não volta triste. Será que não ?
Tenho lá minhas dúvidas. O objetivo era o título e todo o planejamento foi montado em cima da partida contra o Vakifbank. Tempo para estudar o adversário não faltou. Antes e inclusive durante a competição. Saber reconhecer a superioridade do adversário não é mais do que obrigação.
O sonho do mundial fica adiado, isso se Osasco e Campinas não atravessarem o caminho na superliga 2013/14.
O Rio, curiosamente, deve se espelhar em Osasco que bateu na trave em 2010 para o Fenerbahçe, na época comandado por José Roberto Guimarães, e dois anos depois alcançou a glória.