Juliana Carrijo e Pri Heldes: acaso ou coincidência ?
Bruno Voloch
Juliana Carrijo, habilidosa levantadora, atuou os dois jogos do Brasil no mundial sub-23 no México como titular. Vitória contra Cuba e derrotas para a China ambos por 3 a 1.
Eis que Claudio Pinheiro, técnico da seleção, resolve mudar a escalação do time para enfrentar o 'poderoso' Quênia na terceira rodada. O resultado de 3 a 0 já era esperado e seria alcançado mesmo que o Brasil entrasse em quadra representado pelo time infanto-juvenil.
O que causa certa estranheza é a ausência de Juliana no time titular, direito de escolha do treinador, diga-se de passagem.
Não tenho acompanhado os treinamentos, mas me parece no mínimo incoerente a decisão do treinador. Barrar Juliana, se foi efetivamente o caso, é jogar nos ombros dela a responsabilidade pela derrota diante da China. Só existe essa leitura.
Pri Heldes tem lá suas qualidades e é uma boa jogadora, mas não jogou mais bola que Juliana na última superliga. Pri joga em Campinas e Juliana defende Uberlândia. Prefiro honestamente acreditar numa alternativa tática ou mera opção de Claudinho para dar ritmo de jogo a levantadora reserva. Tomara.
Falar em favorecimento pelo fato de Pri Heldes jogar em Campinas, clube que Claudinho exerce a função de assistente técnico de José Roberto Guimarães, é prematuro, mas essa hipótese, que nem deveria ser ventilada, infelizmente não pode ser descartada.
Acaso ou coincidência ?
O jogo contra a Alemanha irá responder.